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01/06/2013

Quem São As Quimeras Humanas Com Dois Tipos de DNA?

A notícia é um pouco antiga do dia 25 de maio de 2013, encontrada no site voz da Rússia do brasil, de acordo com ela: há alguns indivídeos que compartilham "a sorte ou não sei se o azar" de contér não apenas um, mas sim "dois tipos de DNA".

Quem são as Quimeras humanas com dois tipos de DNA?
Crédito: © Flickr.com/EMSL/cc-by-nc-sa 3.0
Que para uns seria o que seria normal contér um tipo, enquanto é algo totalmente diferente do para os demais. Abaixo segue a notícia completa, leia:

Essas pessoas são as "felizes contempladas" com dois tipos de DNA no organismo em vez de um. Elas podem transportar genes alheios durante anos, até o acaso revelar essa estranha mutação.

Porque é que eles são chamados de quimeras humanas? Até que ponto isso poderá influenciar a sua própria saúde e a saúde dos seus filhos? E de que forma eles poderão ser a chave que pode abrir as portas para o estudo de muitas doenças graves?

Assim, são chamadas de quimeras os organismos animais ou vegetais compostos de tecidos geneticamente diferentes. São conhecidos em todo o mundo os experimentos do grande pesquisador russo, pomólogo e geneticista, Ivan Michurin, que foi praticamente o primeiro a criar artificialmente quimeras vegetais por cruzamento de umas com outras para obter maiores colheitas e uma maior resistência aos fatores climatéricos adversos.

No entanto, o quimerismo acontece muito mais nas plantas do que entre os mamíferos. Nestes últimos isso é muito raro. Tanto mais interessante é a história de a norte-americana Lydia Fairchild que, depois de acabar com o namorado, resolveu exigir-lhe uma pensão de alimentos. O pai dos seus filhos teve de entregar uma amostra de DNA para o teste de paternidade, assim como a própria Lydia Fairchild teve de o fazer. Foi quando ela teve uma grande surpresa:

Se verificou que ela não era mãe dos seus próprios dois filhos, assim como do terceiro do qual estava grávida nesse momento. No princípio, os médicos supuseram que isso se deveria a uma transfusão de sangue ou a um transplante de órgãos, só que Lydia nunca foi submetida a processos desse tipo.

As autoridades locais queriam mesmo proceder criminalmente contra ela por fraude, mas o seu advogado apresentou ao tribunal um artigo da New England Journal Of Medicine (Revista Médica de Nova Inglaterra) acerca do quimerismo. Foi então decidido realizar mais algumas pesquisas médicas, os quais revelaram que o DNA dos filhos de Missis Fairchild só confirmava o seu parentesco com a sua avó e mãe de Lydia.

Só se conseguiu esclarecer o mistério depois de analisar cabelos e pelos púbicos da mulher. Se verificou que eles continham material genético diferente. O que se tinha passado foi que Lydia, no estado de embrião, tinha absorvido a sua irmã gêmea, ficando as células desta no seu corpo. Assim, ainda antes de ter nascido, Lydia se tornou numa quimera. Depois de realizadas as análises, todas as acusações contra ela foram retiradas e a sua história foi mostrada na televisão num programa com o nome "O gêmeo dentro de mim".

Até este momento, foram registados cerca de cinquenta casos de quimerismo humano. Os números reais desse tipo de casos podem ser bastante maiores.

A bióloga Svetlana Kasatkina explicou à Voz da Rússia como pode um ser humano adquirir dois tipos de genes e se transformar em quimera:

"O quimerismo se pode desenvolver nas pessoas devido a vários fatores, tanto naturais como artificiais. Os primeiros são os processos que ocorrem no embrião durante a gestação. Dois óvulos fecundados podem se fundir numa só, como foi o caso de Lydia Fairchild, e fornecer ao seu detentor dois tipos de DNA. Depois existe o quimerismo de gêmeos, que é quando gêmeos heterozigóticos trocam células entre si devido à fusão de vasos sanguíneos. O último tipo de quimerismo natural é o microquimerismo fetal-materno. Este ocorre quando as células do feto se introduzem no sistema sanguíneo materno aí se adaptando. Além disso, quando isto ocorre, a mãe do bebé pode se livrar de muitas doenças.

Quanto ao quimerismo artificial, neste caso referimo-nos à transplantologia. No transplante de órgãos às vezes é vital que o organismo se torne numa espécie de quimera para não começar a rejeitar o órgão transplantado. Houve um caso muito curioso quando um homem, portador de HIV e doente com um linfoma, fez um transplante de medula óssea para curar uma das suas doenças, mas de uma forma inesperada ficou também curado dessas duas. O seu dador era portador do gene da imunidade a essas doenças e transmitiu-o juntamente com a medula óssea. O quimerismo é uma tendência na medicina cujo potencial deve ser explorado ao máximo porque tem um potencial simplesmente inesgotável
".

Assim, as quimeras humanas podem realmente influenciar em muito o nosso futuro. Os médicos não têm dúvidas que o estudo desse fenômeno vai ajudar a curar muitas doenças que hoje parecem incuráveis.

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