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20/10/2013

A Transição de Matéria Inorgânica Para Vida Orgânica Foi Baseada Em Informação, e Não Química

O artigo diz: em dezembro de 2012, uma nova abordagem radical à questão da origem da vida foi proposta por dois cientista da Universidade Estadual do Arizona (Arizona State University, EUA), a qual procura dramaticamente redefinir o problema.

Este link mostra a localização exata da universidade - citada acima (Arizona State University)

Os pesquisadores que propuseram a idéia foram Paul Davies, um Professor da ASU Regent e diretor do Beyond Center for Fundamental Concepts in Science, e Sara Walker, membro pós doutorado da NASA, associada ao Beyond Center.

Propomos que a transição de não-vida para vida é única e definível”, disse Davies. “Sugerimos que a vida possa ser caracterizada pelo seu uso distinto e ativo da informação, assim fornecendo um roteiro para identificar os critérios rigorosos de sua emergência. Este é um grande contraste para um século de pensamento, no qual a transição da vida tem sido apresentada como um problema de química, com a meta de identificar caminhos de reações plausíveis das misturas químicas para a entidade viva.

Em resumo, os autores mudam a atenção do “hardware” (a base química da vida), para o “software” (seu conteúdo de informação). Para usar uma analogia ao computador, a química explica a substância material da máquina, mas ela não funciona sem um programa e dados. Davies e Walker sugerem que uma distinção crucial entre não-vida e vida está na forma que os organismos vivos gerenciam a informação que flui através do sistema.

Quando descrevemos os processos biológicos, tipicamente usamos as narrativas informacionais- as células transmitem sinais, programas de desenvolvimento são executados, instruções codificadas são lidas, dados referentes ao genoma são transmitidos entre as geração e assim por diante”, disse Walker. “Assim, a identificação da origem da vida na forma de informação é processada e gerenciada, podendo abrir novas vias para pesquisa.

Um dos grandes mistérios da vida é como ela começou. Que processo físico transformou uma mistura não viva de químicos em algo tão complexo como uma célula viva? Por mais de um século os cientistas lutaram para reconstruir os primeiros passos chave sobre a estrada da vida. Até recentemente, seus focos eram treinados sobre como os simples blocos de construção da vida poderiam ter sido sintetizados sobre a Terra antiga, ou talvez no espaço. Mas devido ao fato disso ter acontecido há tanto tempo, todos os traços químicos foram apagados, deixando muito espaço para especulação e desacordo. Focar no desenvolvimento informacional ajuda a mover o foco para longe de algumas das desvantagens inerentes de se tentar forçar o início da vida química.

As abordagens baseadas na química”, disse Walker, “tem se estagnado bem no estágio inicial da complexidade química - muito longe de qualquer coisa que consideraríamos ‘viva’. Mais grave ainda, elas sofrem de desvantagens conceituais, pelo fato de que falham na distinção entre química e biologia”.

Para um físico ou químico, a vida se parece como ‘matéria mágica”, explicou Davies. “Ela se comporta de formas extraordinárias que não são comparadas com qualquer outro sistema complexo físico ou químico. Tais propriedades similares à vida incluem a anatomia, a adaptabilidade e o comportamento orientado a metas - a habilidade de coletar reações químicas para rodar uma agenda pré-programada, ao invés de ser um escravo dessas reações.

Acreditamos que a transição da arquitetura informacional das redes químicas seja similar à base de transição em física, e colocamos uma ênfase especial no fluxo de informação de cima para baixo, no qual o sistema, como um todo, ganha uma compra casual sobre seus componentes”, adicionou Davies.

Esta abordagem revelará como a organização lógica dos replicadores biológicos são crucialmente diferentes da replicação trivial associada com cristais (não-vida). Dirigindo-nos diretamente ao papel casual da informação, muitas das qualidades confusas da vida são explicadas.

Os autores esperam que, através da reformatação do cenário conceitual nesta forma fundamental, não somente a origem da vida, mas também outras importante transições serão explicadas, como por exemplo, o salto de uma célula única para a multicelularidade.

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