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11/10/2013

Água Encontrada Em Asteroide Indica Existência de Exoplanetas

Os cientistas dos últimos anos para cá, tem nos bombardeados a cada instante com novas notícias “vinda do espaço” que podemos considerar como reveladoras? Para quem não tinha novidades, agora é sobre a substância importante a vida; a água.

Cientistas afirmam que essa é a primeira “evidência confiável” de material planetário rochoso contendo água fora do nosso Sistema Solar

Impressão artística mostra asteroide rico em pedras e água sendo
despedaçado pela forte gravidade da estrela anã branca GD 61: essa
é a primeira vez que água é encontrada além do Sistema Solar. Foto:
Mark A. Garlick, space-art.co.uk, Universidade de Warwick e
Universidade de Cambridge/Divulgação
Astrônomos anunciaram a descoberta da primeira evidência de água em um corpo celeste rochoso vindo de fora do Sistema Solar. Através dos destroços de um asteroide que orbitava uma estrela exaurida - ou anã branca -, os cientistas determinaram que a estrela GD 61 e seu sistema planetário, localizado a aproximadamente 150 anos-luz do nosso planeta e em seus últimos momentos de vida, têm o potencial de abrigar exoplanetas semelhantes à Terra.

Essa é a primeira vez que tanto água quanto uma superfície rochosa - dois aspectos considerados fundamentais para a existência de planetas habitáveis e, portanto, vida - foram encontrados juntos além do nosso sistema solar.

A Terra é essencialmente um planeta “seco”, com apenas 0.02% de sua massa contendo água de superfície, o que significa que oceanos surgiram depois que o planeta tinha se formado: provavelmente quando asteroides cheios de água vindos do Sistema Solar colidiram contra o nosso planeta. Pesquisadores das universidades de Cambridge e Warwick que publicaram o estudo na revista Science acreditam que o mesmo “sistema de entrega” de água possa ter ocorrido no distante sistema solar dessa estrela.

Evidências obtidas com base em análises do telescópio espacial Hubble e do observatório astronômico Keck, no Havaí, sugerem que esse sistema continha um tipo similar de asteroide rico em água - o mesmo que teria trazido o elemento pela primeira vez à Terra. O corpo celeste analisado é composto por 26% de água em sua massa, quantidade bastante parecida à de Ceres, outrora considerado o maior asteroide do Sistema Solar e hoje um planeta anão. Ambos têm muita mais água em sua composição do que a Terra.

A descoberta de água em um grande asteroide significa que a ‘pedra fundamental’ de planetas habitáveis existiu - e talvez ainda exista - no sistema da GD 61, e provavelmente também ao redor de um número significativo de estrelas similares”, afirmou Jay Farihi, do Instituto de Astronomia de Cambridge, um dos autores da pesquisa.

Os astrônomos descrevem a descoberta como “um olhar para o nosso futuro” já que, daqui a seis bilhões de anos, talvez, astrônomos de outros planetas estudando os destroços ao redor do Sol - então extinto, sem hidrogênio - poderão chegar à mesma conclusão: que os planetas terrestres uma vez orbitaram a nossa estrela-mãe.

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