Os astrofísico Paola Caselli da Universidade de Leeds e Jeremy Yates, da Universidade College London, ambos na Grã-Bretanha. Fizeram uma descoberta interessante sobre presença de água dentro de núcleo pré-estelar antes de forma estrela.
Esta matéria é antiga, foi publicanda no site Cosmos Magazine, em “12 Outubro de 2012”, vale a pena disponibiliza-la. Já que novos estudos realizados indicaram que estrela possibilitou o surgimento do Sistema Solar.
Vapor de água, em volume igual a 2000 vezes os oceanos da Terra foi detectado em um núcleo pré-estelar que está prestes a entrar em colapso e formar uma nova estrela, anunciaram astrônomos.
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| Visão infravermelha de parte da Nuvem Molecular de Touro. A nuvem molecular Touro é cerca de 450 anos-luz da Terra e é a grande região de formação estelar mais próximo. Crédito: ESA/Herschel/ HIFI |
Londres: O vapor de água, em volume igual a 2000 vezes os oceanos da Terra foi detectado em um núcleo pré-estelar que está prestes a entrar em colapso e formar uma nova estrela, anunciaram astrônomos.
Núcleos pré-estelares são vastas nuvens de poeira e gás que fornecem a matéria-prima a partir da qual são criados novos sóis e sistemas planetários. Usando o Observatório Espacial Herschel, da Agência Espacial Europeia, uma equipe de cientistas detectaram a água em um núcleo pré-estelar dentro da constelação de Touro.
A descoberta, publicada no The Astrophysical Journal Letters, vem após 10 anos de tentativas fracassadas e é a chave para a compreensão das origens do nosso próprio Sistema Solar.
“Pela primeira vez nós podemos realmente medir a quantidade de água em uma nuvem no alvorecer da estrela e formação do planeta”, disse o astrofísico Paola Caselli da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha, que liderou a pesquisa.
Mais água do que nunca previram
Até agora, a estimativa dos valores potenciais de água e oxigênio em núcleos pré-estelares foi puramente teórica. Quase toda a água foi pensado estar congelada sobre a superfície de partículas de pó no interior da nuvem enquanto as temperaturas eram muito baixos para existir na forma de vapor, de modo que não podiam ser detectados.
No entanto, poderosos raios cósmicos viajam através da nuvem dar uma proporção das moléculas de água suficiente energia para evaporar a partir da superfície do pó e formar um vapor, que pode ser medido.
Caselli e sua equipe observaram ordens de magnitude mais vapor de água do que quaisquer teorias anteriormente previstas.
“Nossas medições mostram que processos como o campo UV produzida por raios cósmicos é mais eficiente do que se pensava”, disse ela. “Isto tem outras conseqüências na evolução e composição química dos gelados que irá eventualmente ser incorporados planetésimos e então planetas.”
O Observatório Espacial Herschel permitiu aos cientistas observar em detalhe a parte do infravermelho distante do espectro dentro do núcleo pré-estelar. Isso não é possível com o equipamento no solo, como a atmosfera da Terra contém muita água. O grande aumento da sensibilidade forneceu dados muito necessários para as simulações em computador que mostram o que está acontecendo dentro do núcleo antes de seu colapso.
“O objetivo final será a desvendar nossas origens”
Caselli disse que quer compreender a química e os processos físicos associados com a descoberta, e as suas implicações. “O próximo passo será tentar observações semelhantes em diferentes partes da nossa galáxia, para entender como os diferentes ambientes afetam a química da água”, disse ela.
“o papel de Paola é muito interessante na medida em que nos mostra a água fria que está presente no centro 2000 AU [uma AU é a distância entre a Terra e o Sol] de uma nuvem passando por colapso gravitacional”, comentou o astrofísico Jeremy Yates, da Universidade College London, que não estava envolvido com o estudo.
“Estes resultados são muito dependendo do modelo e ilustram bem a necessidade de simulações computacionais complexas para nos dizer o que os nossos resultados observacionais realmente significam”, disse ele.
Água libertada na forma de vapor irá produzir moléculas quimicamente interessantes, disse Yates. “Mas, mais importante, a água é um refrigerante muito importante que ajuda a tirar o calor para fora do sistema de contratação, isso permite que mais contração ocorra”, acrescentou.
“O objetivo final é desvendar nossas origens”, disse Caselli.
“Qualquer pequeno passo que nos permite avançar nessa direção é importante.” Para fazer isso Caselli e sua equipe devem investigar as interações entre o oxigênio, água e outras moléculas orgânicas dentro desses núcleos pré-estelares que estes são os “blocos de construção da vida”, disse ela.
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