Enquanto no brasil, os ufólogos esperam uma resposta das Forças Armadas, sobre os documentos que iriam desclassificar para liberar ao público em dúvidas. Já na Argentina, estão acostumados a debater e saem na frente no assunto dos OVNIs.
Eles realizaram uma reunião por lá. Afim de dar legitimidade aos objetos voadores que cruzam os céus da argentina “transformando os estudos dos OVNIs em coisa séria e que mereça o respeito de ciência” (o que já deveria ter acontecido a tempo, inclusive aqui no Brasil também). Porque não?.
Veja o que aconteceu numa cidade daquele país:
Veja o que aconteceu numa cidade daquele país:
Credito da ilustração: blog ETseetc |
A Prefeitura da cidade argentina de Rosario foi palco recentemente de um fórum no qual não se debateram leis nem orçamentos: os OVNIs protagonizaram uma audiência pública com o objetivo de abrir caminho para que estes fenômenos de ficção científica sejam matéria de ciência real.
Para que os objetos de natureza desconhecida que o céu argentino esconde possam ser investigados é necessário, primeiro, que a informação que as autoridades possuem sobre eles seja desclassificada e posta à disposição de todos os cidadãos.
A Comissão de Estudos do Fenômeno OVNI da República Argentina (Cefora), que patrocinou o debate em Rosario (província de Santa Fé), reivindica desde sua criação no ano de 2009 a desclassificação dos relatórios aeroespaciais em virtude do direito à informação que todos os cidadãos têm.
“O que queremos é estudar os fenômenos aéreos anormais, não queremos nos circunscrever ao que as pessoas normalmente chamam de OVNIs e relaciona com naves e vida extraterrestre”, especificou em declarações à Agência EFE Raúl Avellaneda, membro fundador da Cefora.
Esta comissão quer reunir forças com o público para “conseguir entre todos a desclassificação dos arquivos OVNI que estão em poder das organizações governamentais”, explicou Avellaneda.
A de Rosario é a primeira audiência deste tipo realizada na Argentina, e nela houve espaço para os especialistas e pesquisadores, mas sobretudo para a participação do cidadão comum.
“O que estamos pedindo é a desclassificação de todos os fenômenos anômalos. Todos temos a necessidade de saber o que é que está violando nosso espaço aéreo”, disse o membro da Cefora.
“É importante sobretudo porque os cidadãos precisam conhecer a verdade, não o fenômeno óvni em si, nem se trata de algo que justifique uma atividade extraterrestre”, acrescentou Avellaneda.
Há mais de 20 de países no mundo todo que já apostaram na desclassificação deste tipo de arquivos. Entre eles o Brasil, mas também Estados Unidos, Espanha e França estão na lista de países que divulgaram informação sobre este tipo de casos. Em outros como Chile e Uruguai existem inclusive comissões específicas que estudam estes fenômenos, por isso que a Cefora tenta fazer com que a Argentina “não fique atrás”.
A meta final da associação consiste em reunir um total de 100 mil assinaturas e o aval de um congressista para poder apresentar um projeto de declaração na Câmara dos Deputados argentina. A organização planeja apresentar já em 2014 aos membros da Legislatura dois relatórios com fenômenos e testemunhos analisados por especialistas.
Por enquanto, em Rosario, cidade que declarou esta atividade de interesse municipal, fez-se uma apresentação de casos e se divulgou o trabalho da Comissão de Estudos do Fenômeno OVNI no fórum em questão. Fatos anômalos desconhecidos foram expostos neste debate e além disso se apresentou documentação inédita de casos considerados “emblemáticos”.
Avellaneda destacou como exemplo uma foto de um OVNI do ano de 1963, capturada por um membro das Forças Aéreas argentinas na província de Córdoba. Também se estudou um relatório da Gendarmaria que é o primeiro expediente desclassificado sobre um acontecimento anômalo ocorrido nos anos 70 sobre o céu de Campo de Mayo, na província de Buenos Aires.
Os OVNIs argentinos vão continuar sendo, por enquanto, mais material de ficção científica para boa parte da opinião pública, embora talvez em Rosario tenha se iniciado o caminho para conseguir que os mitos e preconceitos abram passagem para o estudo baseado em fatos e dados.
Fonte: http://www.etseetc.com
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