O planeta vermelho vem recebendo tantas missões espaciais nos últimos anos, que não teria um resultado maior “se não fosse as ambições de algumas nações sobre outras neste mundo”. Os primeiros que chegarem ditarão suas regras aos últimos.
As primeiras nações que enviarem seus instrumentos e fixarem terreno: exercerá um papel maior de dominação e controle sobre o que puderem descobrir para o avanço científico e tecnologico terrestre); desde que permaneça em seus domínios, tais descobertas em Marte.
Nesta terça-feira, a Índia lançou, a partir da base espacial de Sriharikota, uma sonda interplanetária com destino a Marte. Assim, mais um país aderiu à "corrida marciana". Não obstante os tradicionais argumentos científicos, o papel de Marte na política mundial merece uma meticulosa avaliação.
Crédito: EPA |
A Índia colocou em órbita o seu primeiro engenho espacial marciano. A Missão Orbital Marciana, designada de Mangalyaan, partiu para o espaço a bordo do foguete PSLV, sendo esse o 40º lançamento orbital efetuado pela Índia. A sonda chegará ao destino em finais de setembro de 2014. O aparelho espacial irá trabalhar aproximadamente seis meses próximo de Marte, estudando o Planeta Vermelho a partir da órbita do satélite artificial.
No entanto, o projeto em causa tem sido qualificado de “aventureiro”: pela primeira vez, a informação sobre a missão foi divulgada em 2009, mas o anúncio sobre o lançamento da sonda em novembro terá sido feito passado um ano e meio. Outros denominam o projeto de “prestigioso”.
No entanto, o projeto em causa tem sido qualificado de “aventureiro”: pela primeira vez, a informação sobre a missão foi divulgada em 2009, mas o anúncio sobre o lançamento da sonda em novembro terá sido feito passado um ano e meio. Outros denominam o projeto de “prestigioso”.
Os especialistas da Organização de Pesquisa Espacial Indiana (ISRO, na sigla em inglês) não têm escondido que a principal tarefa da missão é puramente tecnológica, consistindo na preparação para um voo rumo a Marte. Tal afirmação causa perplexidade: a Grã-Bretanha manifestou-se descontente pelo fato de o governo indiano, não obstante a pobreza generalizada, ter disponibilizado mais de 70 milhões de dólares para construir uma sonda dessas. A mídia não deixa de ressaltar que tal decisão precipitada foi engendrada pela progressiva competição entre a Índia e a China.
Em benefício do projeto marciano, a Índia adiou a sua segunda missão à Lua, Chandrayaan-2, ligada estreitamente ao projeto russo-indiano Luna-Resurs. Assim, a missão conjunta foi cancelada, já que a Índia optou pela pesquisa de um planeta mais distante da Terra.
As tarefas científicas da missão indiana, divulgadas e destinadas à opinião pública, não são uma novidade: acentua-se a necessidade de estudar sinais da vida em Marte e condições de seu eventual surgimento. Além disso, cientistas indianos esperam localizar vestígios de metano que não foram detetados pelo veículo explorador marciano Curiosity, bem como medir a correlação entre o deutério e o hidrogênio na atmosfera marciana. Em resumo, nada de extraordinário, se bem que qualquer informação nova nesse domínio seja útil. Mas seria ingênuo esperar sensações científicas.
Uma verdadeira sensação será o êxito da missão, que entrou em fase de preparação ativa apenas no ano passado. Além disso, este “arranque” em direção a Marte tem vindo a fomentar a corrida pelo domínio no Planeta Vermelho. O ideal seria um futuro desembarque na superfície de Marte, visto, contudo, como inexequível por razões técnicas nos próximos dez anos. Em vez disso, para o primeiro plano passa a tarefa de trazer amostras do solo marciano.
As tarefas científicas da missão indiana, divulgadas e destinadas à opinião pública, não são uma novidade: acentua-se a necessidade de estudar sinais da vida em Marte e condições de seu eventual surgimento. Além disso, cientistas indianos esperam localizar vestígios de metano que não foram detetados pelo veículo explorador marciano Curiosity, bem como medir a correlação entre o deutério e o hidrogênio na atmosfera marciana. Em resumo, nada de extraordinário, se bem que qualquer informação nova nesse domínio seja útil. Mas seria ingênuo esperar sensações científicas.
Uma verdadeira sensação será o êxito da missão, que entrou em fase de preparação ativa apenas no ano passado. Além disso, este “arranque” em direção a Marte tem vindo a fomentar a corrida pelo domínio no Planeta Vermelho. O ideal seria um futuro desembarque na superfície de Marte, visto, contudo, como inexequível por razões técnicas nos próximos dez anos. Em vez disso, para o primeiro plano passa a tarefa de trazer amostras do solo marciano.
A Agência Espacial Europeia anunciou sobre testes de um contentor que possa cumprir tal missão. A Rússia também poderá participar nesse projeto, se o ExoMars e o programa lunar russo forem bem-sucedidos. Os peritos dizem que as amostras poderão ser trazidas para a Terra apenas em 2020 ou mais tarde ainda. É um prazo viável, se Marte permanecer na mira de outras potências espaciais, como a China.
Ninguém sabe se a Índia atingirá Marte já na primeira tentativa. Mas a tendência está à vista: desembarcar em Marte depois de adiar programas de estudo da Lua. Se a vitória na “corrida lunar” dos anos 60 marcou a supremacia de uma das superpotências, o desfecho da competição marciana atual ainda é difícil de prever.
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru
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