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01/12/2013

Agência ESA Optou a Favor da Astrofísica

A Agência Espacial Europeia definiu os temas das futuras missões da classe L (de largo) que serão enviadas para o espaço em 2028 e 2034. Trata-se de um “observatório de alta energia” e de um “observatório de registro de ondas gravitacionais”.

Foto: AFP
Nos finais de outubro, Álvaro Giménez, diretor dos programas científicos da agência revelou as recomendações sobre a escolha de missões para o Comité da ESA no plano científico, que devia fazer a escolha final entre as propostas apresentadas a concurso. Na opinião pública, isso foi recebido como uma decisão praticamente tomada.

E não aconteceram surpresas: na sessão de 28-29 de novembro, o comitê aprovou os temas “Universo Quente e Enérgico” (um projeto de observatório de alta energia da nova geração) e “Universo Gravitacional” (observatório para registo de ondas gravitacionais).

Mais, o protocolo prevê a recolha de propostas para projetos no quadro desses dois temas. Ela será aberta em 2014. Considera-se que também aqui não haverá surpresas e as equipas que propuseram os temas receberão luz verde.

Trata-se dos projetos ATHENA+ (the Advanced Telescope for High Energy Astrophysics) e eLISA (evolved Laser Interferometer Space Antenna). O primeiro é proposto pelo Instituto de Física Extraterrestre e o segundo pelo Instituto de Física Gravitacional, ambos da Sociedade Max Planck (Alemanha).

Os criadores do observatório de astrofísica de alta energia ATHENA+ querem encontrar respostas a duas perguntas: como é que a matéria visível se juntou em grandes estruturas (aglomeração e super-aglomeraçã o de galáxias), como aumentaram os buracos negros e que influência exerceram no Universo.

O projeto eLISA é também interessante do ponto de vista técnico. Planeja-se instalar no Espaço três aparelhos a uma distância de cerca de um milhão de quilômetros entre cada uma delas. Os aparelhos, equipados com laser, irão medir a distância entre si à medida que se movimentam na órbitra e, dependendo da mudança, poderá ser calculada as perturbações gravitacionais que vêm de corpos massivos distantes, em primeiro lugar, dos buracos negros gigantes.

Os cientistas astrofísicos consideram que a opção da ATHENA+ é importante para manter a continuidade dos observatórios de alta energia. Hoje, a ESA possui dois instrumentos orbitais de alta energia (XMM-Newton e Integral), mas ambos têm mais de vinte anos, por isso é tempo de pensar na sua substituição.

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