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28/12/2013

Observatório Planck Continua Vigiando Corpos Celestes no Universo

A missão Planck foi estabelecido pela Agência Espacial Europeia. O projeto visa mapear as regiões mais distantes do cosmo; tentando criar o mais detalhado mapa, através dos dados obtidos. Pois, o estudo busca compreender o início do universo.

Os resultados do projeto Planck, a cargo da Agência Espacial Europeia (ESA), foram analisados no decurso de uma conferência científica em Moscou, dedicada aos problemas atuais de Astrofísica. A referida missão conta com a participação de cientistas russos.

Foto: EPA
Em particular, foram observados pelo telescópio russo-turco RTT-150114, situado na Turquia, e pelo Observatório Astrofísico Especial junto da Academia de Ciências, corpos celestes de um novo grupo de galáxias, no âmbito de um programa de apoio do Planck.

Um dos destaques do ano passado na área de Astrofísica foi uma apresentação de dados obtidos pelo Planck. Trinta artigos científicos da autoria de mais de 100 peritos abrangem todos os aspetos do trabalho do observatório: desde as suas características técnicas até os resultados espaciais preliminares.

Estes últimos têm despertado enorme interesse já que o Planck se dedica, sobretudo, à busca sistemática de aglomerados galácticos segundo o efeito Sunyaev-Zeldovich (efeito SZ). É assim que designa a interação de fótons da radiação cósmica de fundo em micro-ondas com o gás quente nos cúmulos de galáxias. Nos respectivos mapas, em função de comprimento de ondas, o fenômeno tem a imagem de um “fosso” ou “brilho” na zona de eventual aglomerado. O volume de efeito depende da massa de cúmulo e não da distância.

Vale acrescentar que os cúmulos de galáxias, ou seja, os objetos mais maciços do Universo, vão guardando informações sobre a sua evolução, inclusive sobre um papel da energia escura que se revela apenas em grandes distâncias.

O catálogo de aglomerados sob o efeito SZ contem 1227 corpos celestes, dos quais 861 foram identificados, incluindo 178 corpos novos. Os demais pertencem ainda à categoria de “candidatos”. As distâncias em que se situam correspondem a 7 bilhões anos-luz, ou seja, a metade da idade do Universo. A massa de cúmulos varia entre 1 e 16 mil trilhões de massas solares.

No entanto, o efeito CZ não constitui somente um “sinal” de um aglomerado. Para não haver enganos nos cálculos seria desejável observá-lo num diapasão visível e determinar, em simultâneo, a distância que nos interessa.

Um apoio ótico tem sido dispensado por telescópios em vários pontos do planeta, inclusive pelo RTT-150 russo-turco.

As observações se iniciaram em 2011. Em 2012-2013, foram-lhes dedicadas 100 noites. Além disso, o grupo científico russo pedira que fossem observados, antes de mais, os aglomerados distantes mediante o telescópio russo BTA de seis metros, localizado na República da Carachai-Cherquéssia. Em geral, os cientistas da Rússia se responsabilizam pela quarta parte das observações realizadas no âmbito do Planck, que serão concluídas dentro de alguns anos.

Deste modo, apesar de o Planck ter terminado as pesquisas, os seus dados podem servir de base para novas descobertas. Como é evidente, nas próximas décadas, não deixará de ser atual a busca de novos aglomerados e super-aglomerados.

Futuras pesquisas irão requerer um vastíssimo arsenal de meios astrofísicos modernos desde os telescópios terrestres modernos a micro-ondas (como, por exemplo, o Atacama Cosmology Telescope e o South Pole Telescope) até os dispositivos espaciais sofisticados. Trata-se, em primeiro lugar, do observatório russo-germânico Spectr-RG, cujo lançamento está agendado para 2015. Este aparelho deverá executar uma missão de grande envergadura - procurar os maiores aglomerados, dez vezes mais leves do que um cúmulo médio descoberto pelo Planck.

Outro corpo celeste, visando o estudo das estruturas espaciais de grande vulto, está a cargo do observatório Euclid, responsável pelo programa Cosmic Visionque será lançado em 2020 em diapasões visível e infravermelho.

A fim de prosseguir as pesquisas, para o mesmo programa está sendo elaborado o conceito do projeto Prism (a missão de classe pesada ou de classe L) o qual, em certa medida, será a repetição do Planck, destacando-se pela maior sensibilidade necessária para acompanhar processos mais tênues, ocorridos no período de formação do Universo. Apesar de a ESA ter aprovado outros temas para missões de classe L, a ideia do Prism não será esquecida. Resta esclarecer quem e em que formato vai pô-lo em prática.

Clique no link:

A missão revelam detalhes surpreendentes sobre a idade, a origem e o conteúdo de matéria no Universo: http://blog.cienctec.com.br/imagens/resultados-da-missao-planck-revelam-detalhes-surpreendetes-sobre-a-idade-a-origem-e-o-conteudo-de-materia-no-universo

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