Este artigo foi divulgado no site fromquarkstoquasars.com, em matéria sobre como o homem deverá em breve ou quem sabe num futuro próxima conseguir habitar o nosso satélite. A Lua sempre cativou o ser humano, no velho sonho para conquista-la.
Antes, será preciso elevar a nossa tecnologia para tal feito, mesmo sabendo que há uma tecnologia acima daquela que nos é mostrada, e que poucos tem conhecimento dela - já que continua retida nas mãos de uns cidadãos da alta esfera global...
Veja:
Depois da Apollo 12 deixar a órbita lunar esta imagem da Lua foi tirada do módulo de comando 24/11/1969. Crédito: NASA |
Sendo o mais brilhante e proeminente objeto celeste do céu noturno, a Lua da Terra tem sido fonte de relaxamento, inspiração e admiração. Romantizada através da poesia e demonizada através da ficção científica, a Lua ainda deixa a sociedade moderna admirada, assim como ela deixava nos estágios primitivos da cultura humana, conforme um estudo antropológico revelou.
Ampliando esse fascínio desde que Neil Armstrong colocou suas pegadas na poeira eletricamente carregada da superfície da Lua, a humanidade teve o desejo e a ambição de promover ela mesma - para ser uma espécie multi-planetária. Através de filmes bem populares, como Aliens, Planeta Vermelho e O Vingador do Futuro, temos a ideia da terraformação - isto é, transformar mundos extraterrestres em planetas adequados para a humanidade.
Você poderia argumentar que o primeiro passo lógico seria permanecermos no espaço, e o segundo passo permanecermos na superfície da Lua ou até mesmo permanecermos em um objeto próximo da Terra, como um asteróide. Bem, podemos dizer com toda a certeza que o primeiro passo foi dado, através da Estação Espacial Internacional, e, quanto à segunda, a Lua seria a escolha lógica baseada na sua relativa estabilidade e nossa familiaridade e conhecimento dela - cosmologicamente, geologicamente e quimicamente.
Infelizmente, a Lua é a própria antítese da vida humana. Para que a nossa espécie habite a Lua, diversos problemas pungentes devem ser explorados e resolvidos. (Eu só vou escolher no meu top 4, e não vou fornecer nenhuma solução!).
A primeira é que a Lua tem uma magnetosfera que oferece proteção praticamente nula (em comparação direta com a Terra) das extremamente perigosas rajadas de raios gama e raios cósmicos. Os efeitos sobre um ser humano sem proteção seria carcinogênese terminal - essencialmente danificando o DNA de cada célula viva exposta à radiação. É um erro achar que a célula não vai se reparar ou até mesmo você vai se tornar como o Homem-Aranha ou o Hulk, mas o que simplesmente acontecerá é que elas irão perecer. Antes que alguém se deixe levar pensando no aspecto Super-herói da Marvel, que é improvável que isto ocorra nestas doses de radiação, em geral, quando suas células perecem é apenas ruim para a sua saúde. Em um ponto de vista mais positivo, há pequenas áreas isoladas de proteção do campo magnético que poderiam fornecer um nível básico de proteção de radiação cósmica - teorizado a serem restos de asteróides metálicos impactados.
O segundo problema é que a Lua tem uma atmosfera negligenciável - os principais componentes químicos da sua atmosfera é uma mistura extremamente esparsa de potássio, hidrogênio, argônio, hélio e sódio. Estes componentes químicos são predominantemente ejetados na atmosfera lunar através dos impactos regulares de meteoros pequenos, bem como o decaimento de isótopos de elementos presentes na crosta lunar e no regolito (camada sedimentar solta no topo da crosta planetária).
Embora a respiração sem assistência nunca foi realmente esperada na superfície da Lua, a falta de uma atmosfera mais densa significa que quase não há atrito que é aplicado a objetos de meteoritos. Embora precisasse de mais de uma atmosfera para parar o asteróide cientificamente suportado ‘matador dos dinossauros’, a atmosfera da Terra frequentemente destrói (através do atrito) milhares de meteoritos a cada ano. Se nossa atmosfera não fizesse isso, a superfície do nosso planeta estaria sob constante ataque por grãos de poeira, pedras, rochas, pedregulhos e objetos maiores viajando a velocidades estimadas entre 40.233 km/h e 257.495 km/h.
Este é o destino que uma habitação na Lua precisaria enfrentar todos os dias.
Imagem: http://journalofcosmology.com/Mars140.html |
O terceiro problema para os humanos dentro de uma habitação na Lua seriam os efeitos a longo prazo da gravidade reduzida ou micro-gravidade. Nós sabemos através das ações dos bravos astronautas de todas as nações na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) que o corpo humano sofre muitos efeitos biológicos e fisiológicos quando estão fora da atmosfera da Terra.
A maioria destes efeitos são fraquezas musculares e esqueléticas, todavia, você poderia argumentar que o músculo e o esqueleto são somente importantes na Terra ou em um planetoide com alta gravidade. Infelizmente, há maiores efeitos que têm sido documentados, focados em um sistema imunológico e condições neurológicas reprimidas (alucinações). A boa notícia é que estes efeitos só foram notados na gravidade zero e não em gravidades parciais como a Lua proporciona.
O maior problema, no entanto, como tudo que envolve a humanidade, da qual somos lembrados diariamente, é a propriedade. Cada país da Terra receberá uma parte da Lua? Quem determinará a quantidade? Nós realmente temos o direito de possuir e compartilhar-la? Nós nos tornaremos uma espécie de total solidariedade, ou continuaremos a operar em conflito? Deixarei esta questão filosófica em aberto para discussão!
Fonte: http://misteriosdomundo.com
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