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14/12/2013

Uma Nova Proteção Contra Asteroides Perigosos

Os projetos governamentais e secretos que visam a proteção do planeta com relação aos asteroides, no mínimo devem saber de algo e pode existir uma ameaça de fato, para se preocuperem tanto nos últimos anos, com os perigos rochosos do espaço.

Talvez seja muita conversa para pouco caso, será? Porque a todo momento surge uma nova proposta protetiva, basta advinharmos o porque disso?

Jovens especialistas da indústria espacial russa estão construindo pela primeira vez pequenas sondas espaciais equipadas com um motor elétrico de foguete e que poderão, no futuro, alterar as trajetórias de asteroides perigosos para a Terra desviando-os. Os novos aparelhos espaciais são compactos, econômicos, podem ser usados para voos interplanetários e podem mudar de uma órbita para outra sem usar blocos de aceleração.

Foto: Vesti.Ru
A nova geração de pequenos satélites Anapa irá estudar os raios cósmicos, a atividade solar, a ionosfera terrestre e a radiação existente no espaço. Eles também poderão ser utilizados para missões interplanetárias de longo alcance, porque esses aparelhos espaciais compactos irão ter uma unidade propulsora inovadora - um motor elétrico de foguete.

Os cientistas do Instituto de Estudos Espaciais (IEE), do Instituto de Mecânica Aplicada Keldysh e de uma série de centros de investigação de Moscou estão criando um motor em que o campo elétrico transforma xénon líquido num fluxo de partículas aceleradas. Esses motores não possuem a enorme potência dos motores foguete químicos, porém são econômicos e têm um grande tempo de vida útil. É por isso que os novos pequenos satélites são quase ideais para os voos longos a grandes distâncias.

Entretanto os novos satélites se destinam por enquanto a proteger a Terra dos asteroides perigosos. O primeiro projeto do qual irão fazer parte será o estudo de Apophis, um dos asteroides mais conhecidos. A última vez que o Apophis passou junto à Terra foi em janeiro deste ano e a aproximação seguinte acontecerá, segundo as previsões, em 2029.

Depois de a sonda se posicionar na órbita de Apophis, os instrumentos científicos irão estudá-lo e nas sessões de comunicação com a Terra serão corrigidos os parâmetros do seu movimento”, diz o chefe do grupo de desenvolvedores Alexander Shakhanov. Em perspectiva isso ajudará a pôr em prática o conceito de desvio dos asteroides perigosos com recurso a outros asteroides e que foi proposto pelo IEE.

Para isso é escolhido um “asteroide-míssil” conveniente. “Se num dado momento se alterar ligeiramente a trajetória desse "míssil", transferindo-o para uma trajetória de manobra gravitacional junto à Terra, o seu caminho irá acabar por se cruzar com a órbita do asteroide perigoso. Essa colisão irá desviar o asteroide da trajetória perigosa para a Terra”, explica Shakhanov.

Os novos satélites poderão transportar até 30 kg de aparelhos de investigação. A sua lista inclui sobretudo scanners para cartografar asteroides, espectrómetros de radiação infravermelha e sensores de radiação.

O funcionamento dos pequenos aparelhos também servirá de teste ao funcionamento dos motores elétricos de foguete. Isso é sobretudo importante porque dentro de apenas alguns anos deverá ser executado um dos projetos mais ambiciosos da indústria espacial: o envio da sonda espacial pesada Interheliosonda até ao Sol. Ela também será equipada com um motor elétrico de foguete desenvolvido pelos engenheiros russos.

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