Este interessante artigo fala sobre o antigo continente perdido e quase esquecido de Atlântica - que submergiu nas águas do oceano Atlântico - conforme indicam alguns estudiosos. O lendário continente abrigou uma civilização bastante evoluida.
Que formou a “quarta raça” que vivei no planeta Terra. Dando origem a que caminha no mundo hoje: a quinta raça-raiz ou Ária (os Arianos - como as outras raças anteriores que viveram no mundo)... A Atlântida, era uma terra de sábios, carregada de muita sabedoria.
Uma nova pesquisa busca conciliar as diferentes visões sobre a localização do lendário continente tragado pelas ondas
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| Reconstituição de Atlântida, por Christian Darkin. A obra do artista é uma das centenas de representações continetne submerso. Crédito: © Christian Darkin/Science Photo Library - Latinstock  | 
A Atlântida deve situar-se a oeste do estreito de Gibraltar, no local  onde Platão (428-347 a.C.) localizou-a em seus escritos, Crítias e  Timeu. Essa é a opinião do geólogo  e historiador Jacques Collina-Girard, que bebe na fonte do filósofo  grego, o primeiro a discorrer sobre o império dos atlantes. Mesmo que  possa parecer curiosa, a hipótese de recuperar a obra clássica ainda não  tinha sido elencada na busca pelo continente perdido. 
Os trabalhos de Jacques Collina-Girard, publicados nos rigorosos anais da Academia de Ciências  Francesa, são convincentes. Originalmente, eles se referem a movimentos  de populações entre Europa e África do Norte em plena Era Glacial, há  19 mil anos. Na ocasião, esse pesquisador descobriu como a topografia do  estreito de Gibraltar foi profundamente modificada pela variação do  nível do mar, que, em 20 mil anos, ganhou cerca de 135 metros.
Em  sua reconstituição cartográfica, Collina-Girard sublinha a existência  de um antigo arquipélago, situado onde Platão localizara a Atlântida.  Evidentemente, o historiador e especialista em geologia do Quaternário  leu os textos do filósofo. Graças ao Timeu, soube-se da existência, há  11 mil anos, de “uma ilha, diante da passagem que se chama, segundo os  senhores, as Colunas de Hércules”, rebatizadas depois de estreito de  Gibraltar.
No coração do arquipélago identificado pelo  pesquisador, a ilha de Spartel, 56 metros debaixo d’água, poderia  constituir o centro nevrálgico da Atlântida. Essa ilha estende-se por 14  km de comprimento, com 5 km de largura. Essas dimensões reduzidas podem  derivar de erro na conversão de medidas egípcias para unidades gregas.
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| Mapa de 1664 coloca a Atlântida entre a América e a Europa conforme descrições egípcias e do filósofo grego platão. Crédito: © Coll.Archiv F.Kunst & Geschichte/AKG Images - Latinstock  | 
À margem dos trabalhos literários, interpretações históricas sucessivas situaram o continente perdido nos quatro cantos do planeta: nas Caraíbas, no mar do Norte,  ao largo dos Açores, no Ceilão, perto da Sibéria, no meio do Saara...  Sem esquecer Bermudas, as Canárias, a Islândia, o arquipélago de  Spitzberg, na Noruega, ou ainda os altiplanos da Bolívia. Algumas dessas  tentativas de localização resultaram em expedições. Em 1882, o Jesmond,  um navio de comércio britânico, descobriu a oeste da Madeira e ao sul  dos Açores uma ilha que não figurava nos mapas. No local, exumaram um  sarcófago de pedra contendo uma múmia. Foi o suficiente para que a busca  de Atlântida fosse retomada. Mas depois do Jesmond nenhum barco teria  conseguido encontrar de novo essa misteriosa ilha.
Em 1981, a  hipótese da ilha da Madeira ressurgiria com força graças a oceanógrafos  soviéticos. A tripulação do navio Kurchatov declarou ter descoberto a  Atlântida 720 km a oeste de Portugal. Como prova, os cientistas russos  apresentaram 460 fotografias submarinas do monte Ampere, cujo pico fica  30 metros abaixo da superfície do mar. Nas fotos, apareciam estruturas  misteriosas - placas retangulares de cerca de 1 metro de largura.
Algumas  décadas antes, o comandante Jacques Cousteau e sua equipe - 30  marinheiros a bordo da embarcação Calypso - também foram atrás do  continente perdido. Depois de pesquisas nas  Bahamas, nos Açores e nas ilhas Coco, na Costa Rica, Cousteau  “localizou” definitivamente a Atlântida no mar Egeu, ao largo da ilha de  Creta, onde a civilização minóica da Idade do Bronze (cerca de 1500  a.C.) poderia ser contemporânea da cidade submersa. Aliás, muitos  historiadores comparavam espontaneamente os cretenses aos atlantes, que  teriam herdado destes a legislação, o artesanato, a arte e o comércio.
Contra isso, numerosas vozes  sempre se ergueram - em particular a do historiador Pierre Vidal-Naquet -  para sublinhar que a Atlântida nascera apenas da imaginação de Platão.  Para fundamentar seus caminhos intelectuais, o filósofo teria criado uma  “cidade ficção” culpada de todos os males. Tragada pelas ondas “em um  dia e uma noite”, a Atlântida, pervertida pela riqueza e pelas tentações  do poder, foi condenada a um castigo supremo. Na passagem escrita por  Platão, essa destruição completa faz irresistivelmente pensar na erupção  vulcânica que devastou Santorini.
Diante dos questionamentos  sobre a existência ou não da Atlântida, todos os observadores reconhecem  que tomar o filósofo grego ao pé da letra é um erro: este, em suas  teorias relativas à república ideal, tinha necessidade de argumentos  evidentes. Aliás, a minúcia dos detalhes com os quais ele descreveu a  civilização desaparecida confundia até seus discípulos mais próximos e  chegou a causar debates agitados.
É preciso dizer que Platão,  tratando também da Atlântida como se fosse uma fábula - referindo-se a  lendas transmitidas muitos séculos antes por sacerdotes egípcios -,  deixa margem a todas as interrogações: como os navegadores, depois de  assistir ao cataclismo, teriam atravessado os oceanos para voltar e  contar sua história? Como a história pôde ser passada adiante, uma vez  que a escrita ainda não tinha sido inventada? Graças a Jacques  Collina-Girard o mistério volta à baila, mantendo, também, sua parte  obscura.
O camimho das das antigas fontes
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| Platão foi o primeiro a registrar a história da Atlântida. Busto do século IV a.C. Crédito: Museu Nacional, Estocolmo.  | 
“Antes de tudo,  lembremo-nos de que, em suma, passaram-se 9 mil anos depois da guerra  que, de acordo com as revelações de sacerdotes egípcios, opôs os povos  que habitavam fora - depois das Colunas de Hércules - e todos os que  habitavam para cá das Colunas.
Aqui, foi nossa cidade, dizem, que tomou o comando e sustentou toda a guerra; lá, foram os reis da ilha Atlântida, ilha que, tínhamos dito, era outrora maior que a Líbia e que a Ásia, mas que hoje engolida por tremores de terra é apenas um limo intransponível que barra a passagem daqueles que partem daqui em direção ao grande mar”, diz Crítias.
Aqui, foi nossa cidade, dizem, que tomou o comando e sustentou toda a guerra; lá, foram os reis da ilha Atlântida, ilha que, tínhamos dito, era outrora maior que a Líbia e que a Ásia, mas que hoje engolida por tremores de terra é apenas um limo intransponível que barra a passagem daqueles que partem daqui em direção ao grande mar”, diz Crítias.
Platão recontou a história que seu  bisavô ouvira de Sólon, um dos sete sábios da Grécia antiga, que a tinha  escutado de um dos sacerdotes de Sais, no Egito.
“Nessa ilha, Atlântida, os reis formaram uma grande e admirável potência, que estendeu sua dominação sobre a ilha inteira e muitas outras ilhas, além de algumas partes do continente”, sublinha Timeu.
“Nessa ilha, Atlântida, os reis formaram uma grande e admirável potência, que estendeu sua dominação sobre a ilha inteira e muitas outras ilhas, além de algumas partes do continente”, sublinha Timeu.
Podemos notar  também similitudes espantosas entre Platão e Homero. Quando Crítias  explica que “bem perto da costa atlante, há no mar um território elevado  que domina o oceano verticalmente”, ecoa literalmente a Odisséia:
“Diante da costa da ilha dos feacianos, eleva-se no mar uma ilha que, de todos os lados, tomba verticalmente sobre as águas”. Teria também Ulisses procurado a Atlântida?
“Diante da costa da ilha dos feacianos, eleva-se no mar uma ilha que, de todos os lados, tomba verticalmente sobre as águas”. Teria também Ulisses procurado a Atlântida?
Fonte: http://www2.uol.com.br




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