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06/02/2014

Esse Estranho Asteroide Tem Uma Dupla Personalidade

O seguinte artigo foi publicado no site news.discovery.com, onde diz que nós nos preocupamos sobre como asteróides são feitos, porque se eventualmente um deles estiver em rota de colisão com a Terra, podemos saber como destruí-lo.

A estrutura de asteróides é também uma questão de curiosidade científica, uma vez que nos diz um pouco sobre a formação e evolução do nosso Sistema Solar. É por isso que as mais recentes observações do asteróide 25143 Itokawa são surpreendentes.

Diagrama esquemático mostrando as diferentes densidades do
material em (25143) morfologia. Crédito: ESO, JAXA,
25143 Itokawa é um asteróide pequeno relativamente próximo da Terra que foi visitado pela sonda japonesa Habayusa, em 2005.

A rocha também tem sido monitorada por Stephen Lowry, da Universidade de Kent, e seus colegas, em um período de 12 anos com o New Technology Telescope em La Silla, no Chile. Nesse intervalo de tempo, Itokawa fez cinco aproximações de nosso planeta.

Ao estudar cuidadosamente a mudança de brilho do asteróide ao longo do tempo, Lowry e seus colegas foram capazes de medir com muita precisão a mudança na rotação do asteróide em diferentes pontos de sua órbita. Essas mudanças são causadas pelo efeito Yarkovsky-O’Keefe-Radzievskii-Paddack (YORP).

O efeito YORP descreve como um asteróide absorve e re-emite o calor do sol. Exatamente como esse processo acontece depende do tamanho, forma e composição do asteróide. Com as observações da sonda Habayusa, os astrônomos puderam modelar a forma e as propriedades térmicas do asteróide. O que eles descobriram é que ele não é um objeto simples.

O asteróide parece ser composto de dois tipos diferentes de materiais que foram “misturados” para formar um corpo em forma de amendoim. Embora acredita-se que alguns asteróides sejam coleções de corpos menores que se reúnem a partir de sua gravidade mútua, esta é a primeira vez que pesquisadores veem algo do tipo.

Usando os dados e modelos, Lowry e seus colegas descobriram que o centro de massa do asteróide está a 21 metros de distância de onde ele era esperado para estar. Isto pode ocorrer se os dois lados do asteróide têm diferentes densidades, como o demonstrado no gráfico no topo. Um lado tem quase duas vezes a densidade do outro! Isto dá aos astrônomos uma pista de cenários de asteróides binários e a composição real de asteróides próximos da Terra.

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