Este “quase” que sonho era extremamente esclusivo dos EUA e da ex-URSS que disputavam um tremenda batalha - para ver quem das duas levaria a melhor distante de suas disputas. Agora, esta conquista está no alcançe de todas as nações.
Que queiram este tipo de aventura; ajudadas com a melhora “econômica e tecnológica”, levando-as ao destino de estar no espaço - mesmo com os poucos avanços que venham obter - sem depender dos desejos dos grandes que - por um longo tempo ditaram as regras - sem pensar em dividi-las com os menos necessitados. E esta é a mudança neste novo tipo de corrida espacial. Então, sendo a bola da vez: a Índia - já que temos a China desbravando o espaço também.
A Índia planeja testar no espaço já este ano uma nave para os seus futuros voos tripulados. A cápsula, fabricada pela empresa indiana Hindustan Aeronautics Limited, deverá ser lançada para o espaço em maio ou junho a bordo do foguete-portador GSLV Mark III.
Foto: EPA |
Mas será o sucesso desses testes suficiente para que a Índia passe a ser o quarto país a enviar homens ao espaço de forma independente?
A Índia, que surpreendeu todos ao enviar no ano passado uma sonda interplanetária automática a Marte, se aproxima aos poucos da realização do seu primeiro voo tripulado. No dia 14 de fevereiro a Organização de Pesquisa Espacial Indiana (Indian Space Research Organization ou ISRO) apresentou o módulo de comando e controle da sua futura espaçonave que deverá colocar em órbita os primeiros astronautas indianos.
O módulo foi entregue ao cliente pelo seu fabricante, a Hindustan Aeronautics Ltd. (HAL). Os testes espaciais da nave estão programados já para este ano durante o lançamento, igualmente experimental, da nova versão do foguete-portador GSLV (acrônimo de Geosynchronous Satellite Launch Vehicle) Mark III.
Segundo informação do fórum espacial da NASA, a nave indiana é composta por dois módulos: o de comando e o de serviço. Está planejado que ele levará para uma órbita terrestre baixa, com cerca de 300 km de altitude, uma tripulação composta por duas ou três pessoas, que poderão permanecer no espaço durante uma semana. O peso total da parte dianteira (com os sistemas de salvamento e os elementos de controle) será da ordem das 6 toneladas (o módulo de comando pesa 4 toneladas).
O decorrer da preparação do voo tripulado indiano não é divulgado muito em pormenor, mas à luz dos últimos acontecimentos relacionados com Marte ela merece alguma atenção. Os planos para enviar homens ao espaço foram anunciados pela ISRO em 2007. Em 2010 a Índia falou de 2017 como o ano para o primeiro voo, mas na altura se falava da construção de uma nave com base numa já existente - nomeadamente se falou da possibilidade da compra à Rússia de uma nave Soyuz tripulada. Estava previsto que, em 2013-2014, um astronauta indiano iria tripular a nave russa juntamente com um cosmonauta russo sem acoplagem à Estação Espacial Internacional.
Contudo, no mesmo ano de 2010, o cenário foi alterado, e o voo da Soyuz foi cancelado. Durante algum tempo a mídia não tinha uma ideia definida sobre o prazo para o primeiro voo tripulado, mas gradualmente, e com cada vez maior frequência, se começou a falar de uma espaçonave totalmente indiana que poderia estar pronta para lançamento nunca antes de 2020.
Temos de considerar que a Índia terá de desenvolver não só a nave em si, mas também o seu foguete-portador. Os primeiros astronautas indianos deverão ser lançados com um foguete GSLV Mark III, a nova versão de GSLV com três estágios, sendo o terceiro estágio criogênico. Esse foguete, se bem que noutras versões, ainda é considerado como um dos mais falíveis: ele conta com apenas três lançamentos de sucesso em oito realizados (incluindo os lançamentos de teste).
Os analistas apontam o fato de o programa de voos tripulados indianos não fazer parte das prioridades governamentais. Segundo informa o ScienceInsider, a ISRO estima o programa de voos espaciais tripulados em 2,5 dólares norte-americanos. A preparação do primeiro voo demorará, neste caso, cerca de 7 anos. O governo, porém, não se apressa a assegurar esse pedido, tendo orçamentado apenas 36 milhões de dólares “para o desenvolvimento das tecnologias fundamentais” para um voo tripulado.
Noutras palavras, ainda há muito trabalho pela frente e, se considerarmos as declarações discordantes, ainda não existe um programa único para uma saída indiana tripulada para o espaço. Entretanto, não devemos subavaliar as perspectivas desse país:
Segundo mostrou o êxito do lançamento da sonda marciana Mangalyaan, os indianos poderão ainda surpreender completamente o mundo sem fazer grandes declarações preliminares. Claro que uma simples sonda automática não é o voo de uma nave tripulada, as exigências de segurança para esta última são bastante mais elevadas, mas isso dificilmente constituirá uma dificuldade inultrapassável para a engenharia indiana.
Assim, as previsões otimistas apontam para o ano de 2020, ou um pouco depois, como o do possível lançamento de um astronauta indiano para o espaço. Até lá a órbita terrestre poderá já ser visitada pelos primeiros passageiros de espaçonaves privadas. A companhia SpaceX prevê realizar o primeiro lançamento da versão tripulada da sua nave Dragon em 2015-16. O mais interessante irá acontecer a seguir:
Nós deveremos ver até que ponto continuarão a ser demandados os voos tripulados depois de 2020, quando o prazo de funcionamento da Estação Espacial Internacional, que ainda é a principal base humana no espaço, estiver chegando ao fim.
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru
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