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13/02/2014

O Perigo do Lixo Espacial Que Ameaça a Terra

Este é o maior inimigo das futuras missões espaciais, são enormes riscos que as naves correm em órbita - caso sejam atingidas por vestígio destes objetos. O planeta visto de cima parece um pedaço de carne cercado de mosca, é a situação.

A nave espacial de carga russa Progress-M-20M, que se desacoplou da Estação Espacial Internacional em 3 de fevereiro, cessou o voo autônomo e na terça-feira (11 de fevereiro) por volta das 20 horas - hora de Moscou, será afundada em região não navegável do oceano Pacífico.

Foto_ Flickr.com/Adam Crowe/cc-by-nc-sa 3.0
A bordo da nave está cerca de uma tonelada de lixo e equipamentos que não funcionam mais, retirados da Estação Espacial Internacional (EEI). Os cientistas ainda não inventaram meios de reciclagem de outros tipos de lixo epsacial. No entanto ele representa um grande perigo para os satélites e cosmonautas.

A época da conquista ativa do espaço cósmico começou há 56 anos. Em 4 de outubro de 1957 cientistas soviéticos lançaram o primeiro satélite artificial da Terra. Desde então são incontáveis os lançamentos de satélites e expedições pilotadas. E todos deixaram atrás de si marcas no espaço - blocos de lançamento, engenhos pilotados perdidos, pedaços de revestimentos. Este lixo representa sério perigo, assinala o astrônomo Andrei Ionin:

Não deve enganar ninguém o fato de que a maioria das partes desse lixo espacial não ser grande. Porque no espaço as partículas movem-se em velocidade enorme, e é necessário também considerar as velocidades relativas.

Houve alguns casos em que pedaços que se aproximaram da EEI representaram ameaça para a estação. Os cosmonautas vestiram os escafandros e passaram para as cápsulas Soyuz, para, em caso de situação de emergência, ter a possibilidade de partir para a Terra. A Estação Espacial Internacional por enquanto teve sorte. Mas shuttles norte-americanos tiveram duas vezes o seu revestimento perfurado. Em 2006 um minúsculo pedaço espacial chocou em órbita com um satélite, como resultado os moradores do Extremo Oriente ficaram sem televisão por algum tempo.

Considerando que muitas tecnologias estão cada vez mais interligadas no espaço, o lixo orbital pode a qualquer momento abalar a vida de cada um de nós - assinala o redator-chefe da revista Novosti Kosmonavtiki (Notícias da Cosmonáutica), Igor Marinin:

Agora nem a Rússia, nem qualquer outro país tem uma solução racional para a coleta desse lixo. Alguns falam em uma rede, um rojeto absolutamente inviável. Porque estes pedaços voam em diferentes direções e com velocidades de 10-12 quilômetros por segundo. São mais rápidos do que balas. Não se pode apanhar estes pedaços com uma rede. Falam também em um imã. Também é inviável porque a maioria dos metais de que são feitos os satélites não são magnéticos. Eles são de duralumínio.

Houve ideias fantásticas de queimar os pedaços com raio lazer a partir da Terra, propuseram lançar ao espaço um robô-lixeiro. Mas, em essência, a única decisão eficaz por enquanto continua a ser recolher o lixo. Por exemplo, o bloco de lançamento que leva os satélites de uma órbita baixa para uma alta, via de regra, permanece no espaço em voo livre. Se no projeto colocarmos mais combustível e prevermos a possibilidade de direção, no momento necessário pode-se retirar o bloco para a atmosfera, onde ele se queimará. Mas isto torna o projeto mais caro, por isso nem todos gostaram dessa ideia, assinala o especialista Igor Marinin:

Um grande problema surge com os nanosatélites e microsatélites, que estão na moda nos últimos tempos. Eles são mais baratos. E com a ajuda de alguns desses satélites pode-se cumprir tarefas que são resolvidas por um engenho grande e caro. Isto é bom, realmente. Mas, via de regra estes satélites têm um ciclo de vida curto, quebram-se rapidamente e não têm a possibilidade de sair de órbita.

Desse modo, ao lançar nano e micro satélites nós sujamos o Espaço. E é inviável obrigar institutos, universidades que se dedicam a estes pequenos satélites a fazer instalações móveis e exigir que eles, depois da expiração de seu ciclo de vida, permaneçam manobráveis e saiam de órbita por ordem da Terra. Isto encarece logo estes engenhos e eles se tornam pouco rentáveis.

Segundo diferentes dados, agora estão em vôo livre de 300 a 600 mil objetos de diferentes tamanhos. Metade deles são velhos satélites e peças destes. Foi calculado que a maior parte do lixo no espaço é de produção chinesa (40%) norte-americana (27,5%) e russa (25,5%).

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