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17/03/2014

Encontrada a Maior Prova do Big Bang Até Agora

Este artigo divulgado no site space.com, sobre descoberta que prova a inflação cósmica que é uma teoria proposta inicialmente por Alan Guth, postula que o universo, no seu momento inicial passou por uma fase de crescimento exponencial.

Veja:

Astrônomos descobriram a primeira evidência direta da inflação cósmica, a dramática expansão teórica do universo que colocou o “Bang” no Big Bang 13,8 bilhões anos atrás.

A descoberta também confirma a existência de ondulações hipotéticas no espaço-tempo conhecida como ondas gravitacionais - dando aos pesquisadores uma compreensão muito melhor do Big Bang e suas consequências imediatas.

Se isso for confirmado, será uma das maiores descobertas da história da cosmologia”, disse o astrônomo Avi Loeb, da Universidade de Harvard, que não era um membro da equipe de pesquisa. Ele comparou o achado à observação de 1998, que revelou que a expansão do universo estava acelerando e deu vida à chamada “energia escura”. O feito rendeu aos três pesquisadores o Prêmio Nobel de Física em 2011.

A descoberta foi anunciada hoje (17 de março) pela equipe liderada por John Kovac do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica. Os resultados serão publicados na revista Nature, que divulgou um vídeo que descreve a descoberta. A equipe de Kovac também vai discutir os resultados em uma coletiva de imprensa que você pode ver aqui.

O universo cresce

A breve e assombrosa época inflacionária transformou o universo primordial a partir de meras flutuações quânticas em algo de tamanho macroscópico, de acordo com a ideia do Big Bang.

Cerca de um trilionésimo de um trilionésimo de trilionésimo de segundo após o nascimento do universo, o espaço-tempo se expandiu incrivelmente rápido, inchando em velocidades muito maiores que a da luz (isto não viola a teoria da relatividade especial, de Albert Einstein, que afirma que nada pode se mover mais rápido do que a luz através do espaço. Acontece que a inflação foi uma expansão do espaço em si, não de algo dentro dele).

A teoria da inflação tem sido apoiada ao longo dos anos por várias missões espaciais diferentes que mapearam a radiação cósmica de fundo (CMB), a luz antiga que começou a saturar o universo cerca de 380.000 anos após o Big Bang. (Antes disso, o universo era uma névoa escaldante de plasma e energia muito quente para fótons viajarem livremente).

Enquanto a CMB contém variações pequenas de temperatura, é, em sua maior parte, notavelmente uniforme em todo o céu - uma propriedade que reforça o conceito da inflação, dizem os pesquisadores.

Modos b

A prova encontrada agora é um tipo de polarização na CMB conhecida como “modo B”. A expansão espetacular do universo durante a inflação produziu ondas gravitacionais, que, por sua vez, geraram os modos B, de acordo com a teoria.

Assim, várias equipes foram a caça de “modos B”. No novo estudo anunciado hoje, Kovac e sua equipe relatam que eles têm visto os redemoinhos característicos da polarização do modo B usando o telescópio BICEP2, na Antártida.

Os pesquisadores fizeram mapas ultra-sensíveis da CMB ao longo de cerca de 2% do céu, aproveitando o ótimo local de observação do BICEP2.

Einstein previu a existência de ondas gravitacionais em 1916, como parte de sua teoria da relatividade geral. A nova descoberta representa a primeira evidência direta dessas ondulações no espaço-tempo primordial, disseram os pesquisadores.

Sabendo o enorme potencial da descoberta, Kovac e seus colegas se debruçaram sobre o conjunto de dados do BICEP2 por vários anos para garantir que o sinal não era algum tipo de artefato gerado pela instrumentação do telescópio.

Além de proporcionar um forte apoio para a teoria da inflação (e do Big Bang), as novas observações do BICEP2 revelam alguns detalhes sobre o processo de inflação em si.

Por exemplo, a força do sinal do modo B sugere que a inflação ocorreu em níveis de energia tremendos - níveis tão altos que todas as grandes forças do universo, exceto a gravidade, estavam unificados.

Ainda assim, há muito mais a aprender sobre primeiros momentos do nosso Universo. Por exemplo, os astrônomos ainda não têm idéia de como a substância que impulsionou a inflação - apelidada de “inflatón” - realmente é.

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