Após a NASA alegar que romperia com a agência Russa - logo voltando atrás. Pois tudo não passou de fachada para pressionar o país, Agora são os europeus que não deixarão de concretizar suas tarefas em relação ao espaço com os russos.
A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla inglesa) não irá introduzir limitações na sua colaboração com a Rússia, podendo até dinamizar os contactos existentes.
Foto: Flickr.com/a_choudhuri |
Uma prova disso será o lançamento, a partir da base de Baikonur em 28 de maio, de uma nave espacial tripulada, levando a bordo o astronauta europeu Alexander Gerst. Deste modo, a colaboração na área de utilização de astronaves e sondas automáticas pode ser caracterizada como eficaz, com boas perspectivas para o alargamento no futuro próximo, anunciou o vice-projetista-chefe da corporação Energia, Alexander Darechin:
“Pode-se citar ainda um exemplo da EEI (Estação Espacial Internacional) em que temos colaborado juntamente com a Europa, os EUA, o Japão e o Canadá. Continua ativo um módulo europeu Columbus enquanto a EEI se envolve numa uma série de projectos russo-europeus”.
As tripulações estão realizando dezenas de testes, inclusive uma experiência designada “Cristal de Plasma”. Agora, essa prova se encontra em 4ª fase, contando com apoio do Instituto Max Planck, da Alemanha. O objectivo do programa é estudar as características do “plasma de pó” composto de gás ionizado, contendo partículas de substâncias sólidas. Tal tipo de plasma se encontra com frequência no espaço cósmico - nas caudas dos cometas e nuvens interplanetárias. As pesquisas nas condições de imponderabilidade vêm abrindo novos horizontes científicos.
Entre os projectos bem-sucedidos se destacam os lançamentos, mediante a nave russa Soyuz, de diversas sondas espaciais a partir do cosmodromo de Kourou. Ao mesmo tempo, desde 2009, prossegue o trabalho no âmbito do programa de pesquisas lunares e marcianas a cargo de alguns grupos científicos internacionais. Foi preparado já um plano de ação para futuras pesquisas de corpos celestes distantes. O programa foi reconhecido por 60 agências especiais. Nessa etapa, se inicia uma fase prática, prevendo a realização de missões concretas. Neste contexto, a corporação Energia continua trabalhando no meio das 7 maiores empresas de vários países. Alexander Darechin, adianta detalhes:
“Estamos envidando esforços conjuntos em paralelo com a companhias Airbus Defence and Space e a Thales Alenia Space, aliando-nos ainda às corporações Boeing, Lockheed, Mitsubishi Industries. Claro que os acontecimentos ocorridos na Ucrânia não têm favorecido a nossa actividade. Acreditamos que os políticos saberão fazer distinção entre as metas estratégicas de longo prazo universais e o alcance de objetivos políticos de curto prazo, que vão impedindo a concretização dos programas de pesquisas espaciais”.
Há pouco, ficamos sabendo ter sido cancelado, por um prazo de 2 anos, o lançamento de um observatório russo-alemão, destinado aos estudos da matéria escura. O aparelho consta de dois telescópios - o ART-XC russo, produzido pelo Centro Nuclear de Sarov, e o ROSITA, da Alemanha. A demora se deve aos atrasos na realização das obras a cargo da parte alemã e não às razões políticas ou à atitude da ESA. Acho que, apesar da táctica de pressões sobre a ESA, o quadro geral da nossa colaboração não irá sofrer alterações significativas. A agência poderá adoptar medidas simbólicas, incluindo certas limitações a visitas de funcionários. Mas tais medidas não podem vir a agravar a situação, assevera Igor Marinin, redactor-chefe da revista Novosti Kosmonavtiki (Novidades da Cosmonáutica):
“Para o processo decisório, as indicações do corpo dirigente não serão suficientes. Será necessária uma decisão unânime dos membros da ESA. Tal hipótese me parece pouco provável”.
Ao mesmo tempo, nas condições da concorrência crescente, a Rússia gostaria de preencher seu nicho no mercado europeu de componentes espaciais, avaliado em centenas de milhões de dólares. Para unificar suas tecnologias com as europeias e atingir padrões comuns, a Rússia poderá aderir ao padrão SpaceWire, apoiado pela ESA, envolvendo a empresa russa Submicron que participa ainda de um projecto russo-francês visando o lançamento de um satélite. Um respectivo acordo já foi celebrado em Grenoble.
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru
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