Este foi uma inovoção tecnológica para determinar a localização do Sol e orientar suas navegações em dias nublados, esse antigo povo escandinavo já teria usado as propriedades de polarização da luz solar muito antes de o fenômeno ser descoberto.
Trecho acima tirado do site: http://cienciahoje.uol.com.br
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Os Marinheiros Vikings conseguiriam navegar à noite, apesar de usarem bússolas solares e não magnéticas, afirma uma equipe de pesquisadores da Hungria e Suécia.
Eles acreditam que o truque está em combinar os recursos de uma bússola solar, um tipo de relógio de sol modificado, com cristais para criar o que os pesquisadores chamam de “placa crepuscular”.
“Os cristais de calcita encontrados entre os instrumentos de navegação de um navio do século 16 sugerem que teriam desempenhado alguma função na navegação marítima”, relatam Bernáth Balázs e seus colegas na revista Proceedings of the Royal Society A.
Para corroborar a tese da suposta placa crepuscular, a equipe examinou o fragmento de um relógio de sol do século 11 encontrado em Uunartoq, Groenlândia. Eles extrapolaram suas características para criar um instrumento que permitiria aos navegadores vikings detectar a posição do sol por meio da luz crepuscular que atravessa duas pedras do sol, ou cristal de calcita.
A técnica permitiria que os vikings navegassem muito depois de o sol se pôr, já que o brilho do crepúsculo pode durar a noite toda em altas latitudes no verão. Nas narrativas épicas dos vikings, as pedras do sol auxiliavam a navegação em dias nublados, embora não se saiba que pedras eram essas nem como funcionavam.
O primeiro passo para redescobri-las foi dado há alguns anos pelo físico Guy Ropars, da Universidade de Rennes, na França. Ropars e sua equipe fizeram experimentos com uma pedra do sol encontrada em um navio britânico que naufragou em 1592. Eles aplicaram um feixe de laser parcialmente polarizado sobre o cristal de calcita, semelhante à luz solar em um dia nublado (a luz solar direta, não filtrada, não é polarizada).
Quando viraram o cristal, eles descobriram que em um determinado ângulo, o cristal divide a luz e emite feixes tanto polarizados como não polarizados, com a mesma potência. Essa técnica pode ter sido usada pelos navegadores para determinar o ângulo do sol no céu, mesmo quando não conseguiam vê-lo.
O mesmo princípio se aplicaria à placa crepuscular, supõe Bernáth, mas em vez de usá-la para a navegação em dias nublados, os antigos navegadores recorreriam à luz crepuscular e a um relógio de sol, semelhante ao encontrado em Uunartoq, para estabelecer sua posição.
“Fabricar uma placa crepuscular não estava além das habilidades dos povos navegadores”, acredita Bernáth. “As pedras do sol são citadas em registros históricos e podem ter sido usadas durante o crepúsculo, embora o cálculo da posição do sol não fosse uma tarefa fácil”.
Já Ropars é um tanto cético quanto à existência da placa crepuscular. “Bernáth e sua equipe propõem a utilização simultânea de duas pedras de calcita, em duas direções diferentes, para determinar a posição do sol, induzindo a uma perda de precisão inevitável”, declara Ropars. “Além disso, é difícil imaginar que os vikings usassem um método tão complicado”.
Segundo Bernáth, a questão é que não existem artefatos de navegação viking suficientes para provar essa teoria. Instrumentos pequenos não costumam ser bem preservados, mas ele tem esperança de que exista uma peça importante escondida em algum museu.
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