Páginas

17/04/2014

Xi Jinping: China Reforça Sua Presença no Espaço

O país coloca todo o seu 'potencial e capacidade em jogo' mostrando que os investimentos feitos nos últimos anos surtiram efeitos - e tal medida: põe o gigante na disputa e equilibra a balança no desejo de conquista dos orientais entre as nações.

A China deve aumentar a sua presença no espaço e saber responder à sua militarização pelos países-adversários, em primeiro lugar, pelos EUA. O presidente da República Popular da China Xi Jinping fez esta declaração enquanto passava em revista certas unidades da Força Aérea.

Foto: East News/ Photoshot/Li Gang
Os peritos russos estão convictos de que a China é capaz de desafiar os EUA no espaço cósmico e já dispõe da base tecnológica necessária para isso.

Xi Jinping confirmou a orientação da China pela utilização pacífica do espaço, ressaltando, ao mesmo tempo, que futuramente esta esfera irá garantir também a segurança do país. Em vista disso Xi Jinping propôs destinar mais recursos para criar a “um tipo novo de força de combate”. O exército deve ter tudo o necessário para sair-se com rapidez e eficiência mesmo das situações mais extraordinárias.

Os peritos russos reputam que a declaração de Xi Jinping é a estratégia que se alicerça numa base tecnológica sólida. É um desafio sério que a China lança aos EUA no espaço, considera Konstantin Sivkov, vice-presidente da Academia de Problemas Geopolíticos, em primeiro lugar, na esfera de criação de armas anti-satélite:

Por exemplo, os EUA criaram laseres de combate, baseados nos navios, a fim de lutar contra os mísseis. A China está empenhada em criar armas análogas. Os EUA estudam a questão de criação de laseres, baseados no espaço, a fim de lutar contra os mísseis balísticos. A China faz o mesmo. Por enquanto, a China está um pouco atrasada mas este "um pouco" será compensado logo nos próximos anos”.

A China já pode destruir os satélites que se encontram nas órbitas baixas, utilizando para isso instalações de lançamento terrestres mas não pode por enquanto neutralizar os satélites geoestacionários, pois não possui o sistema orbital de ataque.

Não se pode excluir, todavia, que a China obtenha sistemas capazes de neutralizar os satélites do eventual adversário com laseres ou outros dispositivos miniaturados, que ofuscam o aparelho cósmico. É esta a opinião do politólogo Vladimir Evseev:

Esta opção é real. A China prepara-se ativamente a uma luta eventual no espaço. A Rússia e a China propõem adotar uma convenção internacional que proíba a utilização de armas no espaço. Mas os EUA não desejam isso. Creio que a Rússia e a China devem intensificar os esforços a fim de impelir os EUA à decisão de não colocar armas no espaço. Mas hoje em dia é possível a criação de sistemas anti-satélite tanto de baseamento terrestre, como aéreo. Esta esfera não está sob a proibição. A Rússia e a China podem perfeitamente desenvolvê-la utilizando tanto sistemas cinéticos, como sistemas na base de laseres”.

A China desenvolve armas anti-satélite, capazes de eliminar os satélites militares americanos ou perturbar seriamente o seu funcionamento, - declarou há pouco Ashley Tellis, antigo dignitário do Departamento de Estado e do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.

Seria verdade isso? Fala o major-general Vladimir Dvorkin, analista, especialista em segurança internacional.

O apoio militar de quaisquer operações dos EUA na esfera de inteligência e de controle está ligado firmemente ao espaço. É natural, portanto, a sua preocupação com o surgimento de quaisquer desenvolvimentos ou testes que possam perturbar de alguma maneira a sua atividade espacial. Os chineses realizaram com êxito o teste de ataque ao seu próprio satélite, - este é um fato bem conhecido. Por isso, neste caso pode ter lugar tanto a preocupação natural dos americanos, como, certamente, o desejo de lobistas militares de obter mais verbas para programas espaciais”.

A China não possui por enquanto um potencial geral que seja capaz de neutralizar ou suspender a utilização eficiente pelos EUA do escalão espacial no comando das suas forças armadas. É esta a opinião do nosso perito Vladimir Evseev.

Mas de um modo geral pode-se admitir que num futuro próximo a China esteja em condições de bloquear o agrupamento espacial dos EUA. É uma tarefa resolvível. Não foi esta a tarefa que Xí Jìnpíng tinha em vista quando exortava a reforçar o poderio militar do país no espaço com "um tipo novo de força de combate"?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor: não perturbe, nem bagunce! Apenas desejamos que seja amigo com os demais! Seja paciente, humilde e respeitoso com os outros leitores. Se você for ofendido, comunique-se conosco. Obrigado!