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15/05/2014

Guy Tarade - Capítulo 8. À Guisa de Capítulo, Uma Hipótese: A Conjunção dos Sexos

O que reflete sobre a transformação da espécie humana ao longo do tempo? Num paralelo que remete aos processos que serviram e estabeleceram uma base evolutiva em ciclos; que prontamente será o fator principal das mudanças para o futuro.

Leia:

Para nosso amigo Robert Carras, que se entrega a pesquisas sobre a evolução humana, não há nenhuma dúvida de que a natureza evolui por ciclos. De acordo com a gênese hebraica, ele fez sua a tese segundo a qual “homem” e “mulher” são nascidos de um ser hermafrodita que era ao mesmo tempo macho e fêmea. Os atributos inúteis que ainda restam a um e outro sexo seriam uma prova em favor disso.

Robert Carras afirma: “A puberdade é com freqüência uma luta aberta entre as duas tendências sexuais, luta que vê realizar-se a materialização efetiva do positivo ou do negativo”.

Este pesquisador nota ainda: “As curvas comparadas há alguns séculos sobre a duração da vida humana indicam matematicamente que nós tendemos para a imortalidade, da qual conheceremos fatalmente um dia o segredo, para, com muita certeza, perdê-lo em seguida...

Então, não haverá mais necessidade de procriar. Como se concebe, isto trará numerosos problemas às futuras civilizações, a menos que a Senhora Natureza, que tudo prevê, nos encaminhe insensivelmente para um novo ser hermafrodita, idêntico àquele que serviu de “fonte” para nossa evolução.

  • A Nova Raça

Basta observar as moças de hoje para se perceber que, desde já, grande número delas tem o peito achatado e as ancas retas dos rapazes. O que elas consideram, aliás, com um grande orgulho, como o testemunho de um fim atingido, para não dizer adquirido! De resto, vestir uma calça de homem sem que seja preciso retocá-la é considerado por algumas como uma verdadeira consagração! Para muitos psicólogos, a simples emancipação feminina, de que tanto se fala, não pode explicar um movimento tão profundo. Movimento que marca, aliás, a jovem mulher de hoje que não está, na maioria dos casos, mais em condições de dar, com seu leite, toda a alimentação que um recém-nascido reclama!

Graças à contribuição da civilização, esta situação está longe, neste caso preciso, de mostrar-se alarmante. Mas se revelaria catastrófica se fosse necessário que voltássemos aos tempos da pré-história, ou a um período de fome.

Por outro lado, a barba está desaparecendo entre os homens e, de maneira geral, a virilidade. O “garanhão” de nossos dias não dispõe mais, ajudado nisto pelo nosso modo de vida, do porte físico (espáduas largas) e da musculatura que ele ainda descobre em seus antepassados. Porte físico e músculos, aliás, não são mais apreciados pela maioria das mulheres jovens de hoje! Devemos admitir que, paralelamente, os gostos mudaram e, inversamente, a mulher opulenta, de ancas largas e de seios fartos não seduz mais os homens, como antes as nutrizes de “vaudevilles”.

  • O encontro do + e do -

Os sexos têm a tendência de fundir-se um no outro, é uma constatação, e amanhã o aspecto físico de nossa raça se confundirá num modelo único. A este propósito, pode-se recordar o rumor que correu no ano passado em Paris, a respeito de uma casa de costura que tivera a coragem, ao que parece, de apresentar tanto a moda masculina como a feminina pelo mesmo manequim! Eis aí, confessamo-lo, o que fala alto sobre nossa época e que marca com traço forte e espesso os gostos pelas roupas e vestimentas em geral, de uma certa juventude que será cada vez mais a juventude escolhida de amanhã, isto mesmo que, por um tempo efêmero, a moda volte a ser o que era antes, tanto é verdade que toda moda é um tanto superficial e não pode por muito tempo ignorar a realidade. Assim, à medida que nos aproximamos da imortalidade, aproximamo-nos também do ser hermafrodita que deu nascimento à raça humana. Amanhã, fecharemos o ciclo, para certamente recomeçar um segundo.

Com sua mania de descobertas mais ou menos demoníacas, o homem pode, em nome do progresso, influenciar mais do que remediar a esta evolução. Já não se constatou que os homens que trabalham em laboratório que fabricam hormônios viam, com o tempo, seus seios aumentar e sua voz afinar-se? Parece então que o ciclo não se fecha sempre nas condições desejadas pela natureza e pela evolução; nós nos divertimos tanto em convulsionar suas leis! Então, em lugar de fechar a roda no “Jodchéva” primitivo, o andrógino da humanidade nascente, o caminho desvia-se e as mulheres põem-se, por exemplo, a procriar apenas mulheres ou apenas homens, sem dúvida com uma superioridade intelectual constatável no sexo sobrevivente.

  • As Lições do Passado

A condição ideal de todo equilíbrio é ser delicado, precário, e mesmo romper-se mais ou menos a longo termo. Ora, ele o é talvez assim atualmente no que diz respeito à divisão de sexos ao nascimento.

A procriação em massa de seres do sexo masculino produziu-se certamente há muito tempo em algum planeta muito evoluído de nossa galáxia, quando os “anjos” (seguramente, cosmonautas) desceram dos céus para fecundar as belas terráqueas que sofriam a carência inversa. Uma das particularidades da sabedoria cósmica, e talvez uma razão de ser da criação, exige que exista um equilíbrio por oposição entre o + e o -, o macho e a fêmea, e sem dúvida a matéria e a anti-matéria.

Entre os milhares de planetas que povoam o cosmos, podemos razoavelmente pensar que vários são “habitados” e que em alguma parte sobre um deles, um ciclo está em vias de terminar. Mas um ciclo onde as coisas se apresentam na ordem contrária daquele que a Terra conhece há dez ou vinte mil anos. Isto é, que nesta terra longínqua apenas nasçam crianças do sexo feminino! Daí a imperativa necessidade de remediar a esta situação antes que a raça se extinga totalmente por privação de elementos machos. Os habitantes deste planeta, que sem dúvida transgrediram muito sensivelmente as leis da natureza, devem necessariamente encontrar “em outra parte”, num mundo “irmão” de nosso universo (a Terra, por exemplo) a polaridade que lhes falta. Eis, talvez, o que explica a presença de “discos-voadores” em nossos céus e os numerosos raptos constatados em diferentes partes sobre cada continente.

Acesse o sétimo capítulo do livro:

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