Os mistérios que rondaram a descoberta do túmulo deste pequeno faraó do Antigo Egito que faleceu ainda na adolescência gerou medo (o que poderia explicar o enorme número de mortes), para aqueles que chegassem próximo da então Múmia.
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Embora as grandes pirâmides do Egito tenham permanecido intocadas durante séculos, no início dos anos 20 muitas das estruturas e tumbas dos faraós foram saqueadas por arqueólogos aventureiros e caçadores de tesouros.
Uma tumba, no entanto, permaneceu intocada: a do famoso Faraó Tutancâmon.
Segundo a lenda, a tumba, repleta de tesouros, foi guardada por uma maldição que condenava à morte qualquer um que ali entrasse. Mas isso não impediu que George E. S. M. Herbert, conde de Carnarvon, fosse ao Egito pela primeira vez esperando que o clima seco curasse sua doença respiratória.
Mesmo sem ter experiência anterior em arqueologia, Herbert tinha o dinheiro necessário para financiar expedições. E, em pouco tempo, ele e o arqueólogo Howard Carter partiram para encontrar a lendária tumba.
Após muitas escavações durante vários anos, eles finalmente encontraram alguns fragmentos de peças que traziam o nome de Tutancâmon. E as peças os levaram à sala do tesouro, onde repousava o tão longamente procurado faraó.
Um grupo de vinte pessoas serviu como testemunha de que Carter entrou naquela sala no dia 17 de fevereiro de 1922, mas lorde Carnarvon viveu pouco tempo para apreciar a descoberta. Ele morreu em abril no Hotel Continental no Cairo, depois de contrair uma súbita e não diagnosticada febre, que debilitou seu corpo durante doze dias. Poucos minutos após sua morte, houve falta de energia elétrica no Cairo. E o cachorro de Carnarvon, em Londres, morreu no mesmo dia.
Antes de terminar aquele ano, doze outros membros do grupo original de vinte homens também morreram. Mas outros morreriam, também. George Jay Gould, filho do financista Jay Gould, e amigo de Carnarvon, viajou ao Egito após a morte de seu amigo para visitar o lugar pessoalmente. Ele morreu de peste bubônica, 24 horas após visitar a tumba.
Em 1929, dezesseis outros pesquisadores que, de alguma forma, entraram em contato com a múmia do faraó também morreram. Entre as vítimas estavam o radiologista Archibald Reid, que preparara os restos de Tutancâmon para radiografar a múmia do faraó, a mulher de lorde Carnarvon, e Richard Bethell, seu secretário particular. Até o pai de Bethell morreu, suicidando-se.
A mística dessa famosa múmia, tema de filmes de terror de segunda classe, foi provavelmente um grande fator para o sucesso avassalador de Tesouros do Rei Tutancâmon, roteiro de viagem empreendido pelas agências de turismo dos EUA.
Mas, como as dezenas de milhares de pessoas que viram a múmia podem atestar, a maldição parece ter chegado ao fim - pelo menos por enquanto.
Mas cuidado! Logo na entrada da tumba, observe os hieróglifos escritos no brasão.
Eles dizem: “A morte virá rapidamente àquele que violar a tumba do faraó”.
Assista, o documentário sobre “Tutankamon” do Discovery Channel:
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