A idéia mais correta seria primeiro aceitar e depois revelar a existência de inúmeros, e antigos artefatos descobertos aqui: como monumentos que não conseguimos recriar hoje. Como meta, usam a Lua de fachada ao que sabem existir a tempo.
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Lunar Reconnaissance Orbiter (Foto: Wikipedia) |
Tão maluco quanto possa parecer para uma pessoa não iniciada no assunto, a noção de se procurar por artefatos alienígenas em nossa própria Lua pode finalmente estar ganhado corpo dentro do meio científico.
Há boas razões para seriamente considerarmos a possibilidade de que em algum ponto da história de 4,5 bilhões de anos do sistema Terra-Lua, alguma inteligência extraterrestre possa ter passado através de nosso Sistema Solar, deixando artefatos físicos de suas visitas.
Estes artefatos provavelmente seriam mais do que somente lixo espacial alienígena, e poderiam incluir evidências de atividade científica ou industrial alienígena, tais como mineração lunar altamente avançada, geração de energia, e até mesmo tecnologia relacionada à uma missão de reconhecimento da Terra a partir do lado visível da Lua.
Isto é o que diz Paul Davies, um pesquisador veterano do SETI (Procura por Inteligência Extraterrestre), físico e agora Diretor do Beyond Center na Universidade Estadual do Arizona em Tempe - EUA.
Pelo menos um trabalho relacionado ao assunto está para ser apresentado na reunião de setembro do UK SETI Research Network (Rede de Pesquisas do SETI, no ReinoUnido), que é um grupo de acadêmicos britânicos. Mas mesmo há uma década, falar sobre artefatos alienígenas na Lua estava pela maior parte além de qualquer coisa considerada pela comunidade astronômica.
Com o sucesso do ‘crowdsourcing‘, iniciativas científicas, tais como a do SETI@home, Einstein@home e Cosmologi@home, fazem com que Davies e um punhado de pesquisadores científicos sérios estejam agora defendendo o casamento da análise por ‘crowdsourcing‘ das imagens que estão sendo catalogadas pelo satélite Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) da NASA.
Desde 2009, o LRO tem medido as formações de solo da Lua, em resolução de até meio metro, num processo que está almejando mais de 10.000 pontos lunares e cobrindo até 90 por cento da superfície da Lua. O atual sucesso da missão resultou num ‘tesouro’ de milhares de imagens de alta resolução, quase todas podendo ser pesquisadas por intermédio de uma iniciativa científica para o cidadão.
Davies acha que um pesquisa lunar ideal, não somente incluiria a procura por anomalias ópticas, mas iria além do escopo da própria missão do LRO, incluindo procuras por evidências de atividade industrial lunar alienígena.
“[A evidência passada] de mineração ou de pedreiras poderia aparecer na gravimetria ou nas pesquisas magnéticas, mesmo se uma mina acidentada estivesse enterrada sob o regolito lunar“, disse Davies. “Nó detectaríamos o lixo nuclear [alienígena], talvez a partir de uma satélite lunar, procurando por fontes localizadas de raio gama vindas da superfície lunar.”
Um iniciativa de análise de imagem lunar por ‘crowdsourcing‘ poderia usar o software de pesquisa do tipo Tomnod, da mesma forma que os voluntários foram recrutados para pesquisar as imagens de satélite à procura do jato da Malaysia Airlines.
Davies diz que em algum estágio, qualquer procura precisa ser automatizada e usar software de ponta.
“Na procura por artefatos, uma pessoa procura por algo suspeito“, disse Davies. “Mas ‘algo suspeito’ requer uma decisão humana adiantada sobre a assinatura da artificialidade. Há exemplos simples, como arestas em ângulo reto. Mas não temos uma ideia de como a tecnologia de um milhão de anos possa parecer.”
Todavia, Andrew Siemion, um astrônomo pesquisador da Universidade da Califórnia em Berkeley, diz que os projetos científicos de cidadãos, envolvendo análise de imagens, são relativamente simples de serem montados
“Algumas vezes, astrônomos profissionais sofrem com a tendência de descontar tudo que não seja o nosso sinal esperado, como ruído instrumental, ou algum tipo de interferência“, disse Siemion. “Quando se identifica o inesperado, o olho de um cidadão cientista amador pode ser tão eficaz, se não mais, do que o de um profissional condicionado.”
Voluntários que estejam pesquisando as imagens como parte de um esforço de ‘crowdsoucing‘ poderiam ter um propósito duplo para suas ações. Isto é, eles poderiam procurar por rochas piroclásticas alaranjadas, ou mesmo vulcanismo residual, ao mesmo tempo que procuram por anomalias artificiais.
Davies diz que uma procura por artefatos lunares deveria ser combinada com uma procura por características geológicas anormais. Embora improvável, Davis diz que os cientistas planetários precisam manter seus olhos abertos para anomalias não randômicas…
Um trabalho acadêmico de 1995, desenvolvido pelo rádio astrônomo ucraniano Lexey Arkhipov, argumenta que somente os artefatos maiores do que um metro seriam encontrados na superfície lunar, sendo que os objetos menores teriam sido soterrados por metros de regolito, devido ao contínuo bombardeio da superfície por micro meteoritos.
Mesmo assim, Davis diz que a Lua é um ambiente atraente para a procura por artefatos, porque eles seriam preservados por muito mais tempo do que na Terra. “Na Terra, os artefatos humanos são soterrados em questão de séculos“, disse Davies. “Na Lua, leva milhões, ou dezenas de milhões de anos.”
Porém, Davies acha que evidências de material ejetado ou lixo seriam mais fortes do que a de um aparelho deliberadamente deixado para trás.
Arkhipov argumentou que o pico do paredão sul da cratera lunar Malapert, poderia ser um local lógico para um posto alienígena de reconhecimento da Terra, já que o nosso planeta sempre pode ser visto a partir de lá.
“Devido ao fato da Lua ser um lugar grande, vale a pena focar a pesquisa nessas sugestões“, disse Davies. “Os tubos de lava lunares preservariam os artefatos e também forneceriam um local atraente para que o equipamento ficasse protegido da radiação ultravioleta e dos meteoritos.”
Quando as sonda alienígenas teriam chegado no nosso Sistema Solar?
Devido ao fato da Terra ter somente um terço da idade do Universo, planetas habitáveis em nossa galáxia poderiam assim ter emergido há pelo menos 8 bilhões de anos, diz Davies. Assim, ele menciona que é provável que, se a tecnologia alienígena alguma vez entrou em nosso Sistema Solar, isto ocorreu há muito tempo. Presumindo-se que o número de civilizações tecnológicas extraterrestres permanecem uniformes durante o todo o período, então Davies diz que é discutível a tese de que o nosso sistema solar tenha sido visitado pelo menos uma vez durante esse período de 8 bilhões de anos.
Assim, Davis raciocina que a expectativa média para uma visita está na ordem de 4 bilhões de anos, ou mais cedo. Mas ele diz que mesmo 100 milhões de anos atrás é, de forma otimista, um período mais recente para a chegada deles. E, só de pensar que eles poderiam ter estado aqui desde o surgimento da civilização humana, ele diz, seria uma impossibilidade estatística.
Seja lá como for que você calcule os números, diz Davies, você não esperaria visitas ‘recentes’.
De qualquer forma, Davies não espera que as visitas tenham sido feitas por entidades de carne e osso e, se foram, ele reconhece que eles já teriam ido embora. No evento de entidades biológicas terem viajado para colonizar um novo planeta, Davies diz que eles provavelmente escolheriam um mundo sem formas de vida em desenvolvimento, devido as dificuldade de coabitação com a biologia existente.
“Minha posição é a de que a inteligência biológica é somente uma fase transitória na evolução da inteligência no Universo“, disse Davies. “Por que enviar entidades biológicas frágeis para uma jornada perigosa através da vastidão do espaço, quando quase todo o processo intelectual, sem contar com o trabalho físico pesado, poderia ser feito por sistemas projetadas?”
Davies diz que se tal sistema adentrou o nosso sistema solar, por razões que não podemos imaginar, ele pode ter “ficado, ido, ou se multiplicado“.
É claro, na ficção científica, o mais famoso artefato alienígena foi o enigmático monólito antevisto no filme de Arthur C. Clarke “2001: Uma Odisseia no Espaço“. No livro, e subsequente filme, o monólito aparentemente fo reativado após ter sido encontrado a somente alguns metros sob o regolito lunar.
Pesquisadores do SETI têm por muito tempo considerado a possibilidade de que sondas alienígenas dormentes podem ter sido enviadas até o nosso sistema solar, para esperarem como sentinelas silenciosos antes da nossa própria tecnologia acordar para a sua possível presença. Os pesquisadores do SETI têm até mesmo considerado a possibilidade de enviar sinais de rádio aos pontos gravitacionais de Lagrange, entre a Terra e o Sol, na esperança de ‘acordar’ tais sondas não visíveis. Isto é, se elas estiverem lá fora.
Nos últimos 40 anos, antes do advento dos contadores digitais de fótons nos telescópios, havia duas pesquisas relativamente precipitadas dos pontos de Lagrange da Terra-Sol e Terra-Lua, através do uso de telescópios ópticos de aberturas comparativamente pequenas, no Pico Kitt, Arizona e no Observatório Leuschner, na Califórnia - EUA. Ambos falharam na detecção de quaisquer objetos artificiais não humanos.
John Gertz, presidente da iniciativa FIRSST (Foundation for Investing in Research on SETI Science and Technology), sugere a condução da procura a rádio por um ‘farol’ dentro de nosso próprio Sistema Solar, que teria sido ativado na primeira detecção da sonda, pelo vazamento eletromagnético da própria Terra. Ele acha que ela agora estaria transmitindo à uma baixa potência elétrica e não estaria emitindo uma mensagem, além da implícita “estou aqui, e sou artificial“.
Provavelmente menor do que um carro, mas maior do que uma laranja, Gertz diz que a carga da sonda, que é uma enciclopédia galáctica virtual - ou a história e conhecimento completos daquela civilização – poderia estar armazenado num chip, o qual teríamos que literalmente remover fisicamente.
Isto, é claro, presume que os projetistas de tais sondas teriam um desejo inato de revelar suas almas alienígenas à uma tecnologia emergente como a nossa.
“A codificação física é uma forma muito eficiente de transmissão de grandes quantidades de informação de um ponto ao outro“, disse Siemion. “Assim, é inteiramente possível que uma civilização avançada poderia escolher disseminar grandes quantidades de informação, por intermédio de artefatos físicos codificados.”
Pode existir mais do que uma sonda dessas esperando por nós.
“Não há razão para acreditar que somente uma civilização tenha enviado uma sonda; pode haver uma variedade de sondas lá fora“, disse Gertz.
Então, por que não procurar?
“Eu defendo a pesquisa de todos os bancos de dados pesquisáveis livres, só por fazê-la“, disse Davis.
n3m3
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Fonte: http://ovnihoje.com
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