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25/07/2014

Humanos Poderão Passear em Marte Daqui a Menos de 20 Anos

Há 45 anos, o homem através da Apollo 11 se dirigiu à Lua. Desde então, Marte já foi encarado como a próxima grande fronteira da exploração humana do espaço, visto como a nossa melhor chance de pisar pela primeira vez num outro planeta.

Primeiros humanos a pisar em Marte já caminham pela Terra”, diz NASA. Acesse para ler mais: http://revistagalileu.globo.com/primeiros-humanos-pisar-em-marte-ja-caminham-pela-terra-diz-nasa.html...

Os seres humanos poderão viajar para Marte daqui a menos de 20 anos. Esse prazo poderá ser significativamente reduzido se houver forte estímulo à área da investigação científica e à preparação dos astronautas.

Foto: NASA
Contudo, o vizinho mais próximo da Terra, o nosso satélite natural, a Lua, também não será esquecido. Na opinião do diretor do Instituto dos Problemas Médicos Biológicos da Academia de Ciências da Rússia, Igor Ushakov:

Uma base lunar habitável pode servir como uma espécie de entreposto para a permanência temporária de tripulações das naves tripuladas que regressam do espaço longínquo”.

Mas aqui há uma dificuldade: a radiação cósmica contra a qual é preciso encontrar proteção.

Segundo o cientista, os métodos existentes de proteção contra a radiação, substância, distância e tempo, são pouco eficazes na superfície da Lua, assim como no espaço aberto. Se o objetivo estabelecido é voar mais longe e por mais tempo, não poderemos reduzir o tempo de exposição à radiação. A distância da fonte de radiação também pode variar e nem sempre será possível calculá-la com exatidão. Já a substância usada para frear os raios cósmicos pode criar uma radiação beta e gama secundária, a qual pode ser mais perigosa que a radiação primária de prótons.

Em determinados casos, para proteção contra raios cósmicos e radiação solar podem ser usados produtos farmoquímicos.

Enquanto essas investigações estão decorrendo, decorre a toda velocidade a preparação para uma expedição de um ano na Estação Espacial Internacional do cosmonauta da Roscosmos Mikhail Kornienko e do astronauta da NASA Scott Kelly. A bordo da estação e em espaço aberto serão conduzidos 22 experimentos e estudos, dos quais sete serão realizados fora do voo.

Desses experimentos se pode destacar especialmente dois: o Fluid Shifts e o Salivary Markers. O Fluid Shifts é um conjunto completamente novo de estudos das alterações funcionais e estruturais dos olhos dos astronautas devido ao aumento da pressão intracraniana durante o voo e permanência em condições de baixa gravidade. Segundo dados oficiais, em 29 a 60% dos astronautas norte-americanos são observadas alterações da anatomia ocular após o voo. Antes os estudos oftalmológicos dos cosmonautas eram feitos por equipes de investigação russas e internacionais. Mas esta será a primeira vez que se irá estudar o efeito da deslocação de fluidos no organismo (daí o nome inglês do experimento).

O Salivary Markers, cujo objetivo também é o estudo da influência das condições de voo sobre o organismo dos cosmonautas, está em curso desde 2013. Durante esse teste os cientistas esperam entender as alterações no mecanismo de movimentos do ser humano que regressou do espaço e descobrir os prazos do seu restabelecimento. As observações realizadas por investigadores russos demonstram que o período de adaptação à imponderabilidade pode demorar de várias horas a várias semanas. Contudo, a adaptação depois do voo é sempre mais intensiva que durante o voo.

O voo de um ano apresenta uma excelente oportunidade de observar a influência de uma longa permanência em condições diversas das terrestres sobre o organismo humano.

Esses experimentos serão realizados em conjunto com a parte norte-americana, o que, na opinião de Ushakov, revela que as sanções econômicas e políticas, aprovadas pelo Ocidente contra a Rússia, não interferem na cooperação nessa área.

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