Ao longo dos séculos, várias hipóteses foram formuladas por cientistas na tentativa de explicar como teria surgido a vida em nosso planeta. Até o século XIX, imaginava-se que os seres vivos poderiam surgir não só a partir do cruzamento entre si.
Mas também a partir da matéria bruta, de uma forma espontânea. Essa idéia, proposta há mais de 2.000 anos por Aristóteles, era conhecida pôr geração espontânea ou abiogênese. Os defensores dessa hipótese supunham que determinados materiais brutos conteriam um “princípio ativo”, isto é, uma “força” capaz de comandar uma série de reações que culminariam com a súbita transformação do material inanimado em seres vivos. Leia mais sobre em http://netopedia.tripod.com
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Hoje sabemos que os seres vivos não foram criados seis mil anos atrás por um ser sobrenatural, mas a vida existe há bilhões de anos. Experimentos científicos já mostraram como pode ter sido o início da vida em nosso planeta.
“Em 1953, um jovem químico americano da Universidade de San Diego, nos Estados Unidos, tentou reproduzir em laboratório as condições iniciais para a vida. Ele juntou compostos químicos que se acreditava existir na Terra primitiva com um ingrediente fundamental: eletricidade. O cientista é Stanley Miller [nascido em 1930]...
Marcelo Gleiser pergunta a Stanley Miller o que ele pôs dentro dos tubos que simulavam a atmosfera primitiva da Terra. Ele conta que misturou água, hidrogênio, amônia, gás metano e gás carbônico. Era o que existia em abundância nos primórdios do nosso planeta. Apenas matéria inorgânica.
Stanley Miller imaginou um mundo primitivo com tempestades elétricas constantes. Por isso, aplicou uma corrente elétrica à mistura. O resultado da experiência foi surpreendente.
A corrente elétrica fez com que os compostos se reagrupassem, dando origem a aminoácidos. Aminoácidos são compostos essenciais que existem em todos os seres vivos. Vinte e dois aminoácidos compõem a matéria-prima da vida, o código da vida, presente em cada célula de cada ser vivo. Com essa experiência, Stanley Miller demonstrou que é possível, no laboratório, formar as moléculas que compõem todos os seres vivos” (Fantástico, 22/10/2006).
“Pouco tempo depois, em 1957, Sidney Fox submeteu uma mistura de aminoácidos secos a aquecimento prolongado e demonstrou que eles reagiam entre si, formando cadeias peptídicas, com o aparecimento de moléculas protéicas pequenas”
Demonstração da ação química formando vida. |
Depois das provas que temos de que a vida existe a bilhões de anos, e não apenas seis milênios como diz a bíblia, podemos dizer que o impossível é vir à existência espontaneamente um ser perfeito onipotente, onisciente, como o deus que o mundo prega. Mas surgir vida de forma mais primária de matéria inanimada já está evidenciado, pelas experiências de Stanley Miller e Sidney Fox.
Não temos todas as respostas para todas as perguntas; entretanto, há base suficiente para acreditarmos que a vida surgiu de forma elementar e se aperfeiçoou ao longo de milhões de milênios. Os fósseis corroboram essa evolução.
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