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29/07/2014

Planeta-X: Afinal, O Que é e Onde se Encontra Esse Planeta?

Dizem que o planeta é parte de uma conspiração, mas uns defendem que não é bem assim: este seria um suposto corpo celeste do Sistema Solar cuja órbita estaria além da de Netuno - nos limites da nuvem de Oort, que é formada por cometas.

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Recentemente, a possibilidade da existência de mais um planeta no Sistema Solar fez o termo “planeta-X” voltar à moda e diversos blogs passaram a especular que o hipotético objeto seria na verdade o Planeta-X, sempre lembrado e temido, mas nunca comprovado.

Para os que ainda não sabem, o Planeta-X não existe. Esse é um termo utilizado informalmente sempre que se especula sobre a possibilidade de um novo objeto no Sistema Solar. Não se trata de um planeta, mas de uma expressão corriqueira usada pelos astrônomos.

O termo planeta-X foi usado pela primeira vez no século 19, quando o astrônomo John Adams percebeu um estranho comportamento na órbita de Urano e que estaria sendo causado pela interferência gravitacional de algum outro corpo celeste. Essas perturbações levaram à descoberta de Netuno em 1846 por Adams e pelo francês Urbain Le Verrier.

Mais tarde, o termo voltou à tona depois que Le Verrier percebeu que havia mais alguma coisa que interferia nas órbitas, tanto de Urano como de Netuno e atribuiu essa alteração à presença de outro objeto desconhecido, o planeta-x.

No começo do século 20, os astrônomos Percival Lowell e Willian Pickering chegaram a propor a possibilidade da existência de sete planetas que pudessem influenciar nas órbitas de Urano e Netuno. Os planetas foram denominados como O, P, Q, R, S, T e U. Com exceção de “P”, todos os outros foram descartados e Lowell passou a chamá-lo, naturalmente, de “planeta-X”. O público adorou o termo, que ficou mundialmente conhecido.

Lowell devotou grande parte de seu tempo na busca do planeta-x até que em 1930 conseguiu descobri-lo, batizando o de Plutão.

A partir de 1977, novas descobertas foram feitas na região da órbita de Plutão e dezenas de outros objetos foram ali encontrados, entre eles o planeta-anão Éris, que antes de ser batizado também recebeu a denominação “planeta-x”.

Lotada de corpos gelados, a região onde Plutão se encontra é chamada de Cinturão Kuiper e alguns pesquisadores acreditam que ali possa existir um objeto ainda maior que o planeta-anão Éris, cujo tamanho possa ser similar a Mercúrio ou Marte. Alguns modelos matemáticos sugerem que a existência desse objeto poderia explicar algumas características bem incomuns observadas no Cinturão. Esse objeto também é chamado de planeta-x.

Como você pode ver, o termo planeta-x é dado informalmente a qualquer planeta ou asteroide hipotético e não se refere a um objeto em particular.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre o “planeta-x”, explique aos seus colegas. Aprendendo, eles não passarão vergonha quando discutirem o assunto em uma roda de amigos.

Foto: Planeta Netuno registrado pela câmera de ângulo estreito da nave Voyager 2, entre 16 e 17 de agosto de 1989. O termo “planeta-x” foi empregado pela primeira vez quando o astrônomo John Adams percebeu um estranho comportamento na órbita de Urano. Essa anomalia levou à descoberta de Netuno em 1846. Crédito: Nasa.

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