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04/08/2014

Serão os Dinossauros Aves?

Eles desaparecem a milhões de anos, e provavelmete devem ter evoluído para adaptar-se melhor as dificuldades enfrentadas. Assim dando origem a novas espécies mais comuns para viverem - de acordo com a nova necessidade de sobrevivência.

Há muito tempo que tal hipótese é admitida (de terem se tornado os pássaros que temos hoje), e ainda torna-se mais evidente com esta nova descoberta.

Uma recente descoberta na região da Transbaikália (Sibéria) mudou completamente as noções sobre os dinossauros. Os cientistas descobriram aí um antigo réptil petrificado do período Jurássico e determinaram que todos os dinossauros estavam, em maior ou menor grau, cobertos de penas.

Foto: ru.wikipedia.org
Os restos do réptil permitem supor a existência neles de proto-penas há 240 milhões de anos atrás, e não há 90 milhões, como antes se considerava. Sendo assim, os animais pré-históricos eram mais semelhantes a aves do que a répteis.

Os especialistas chamaram o novo dinossauro kulindradromeus zabaikalicus. Segundo os cientistas, trata-se de um réptil vegetariano bípede, com comprimento de um metro e meio. Foi possível encontrar seis caveiras parcialmente conservadas e várias centenas de fragmentos do esqueleto.

O kulindradromeus distingue-se por uma pequena cabeça, membros traseiros esticados e uma longa cauda. Mas o principal é que em diferentes partes do corpo do dinossauro foram encontrados seis tipos de pele (três tipos de escamas e três tipos diferentes de estruturas semelhantes a penas).

Os pelinhos nos ossos dos ombros lembram a penugem das galinhas da raça de “seda chinesa”.

Até hoje não há unanimidade entre os paleontólogos quanto à questão da origem das aves. Discutem sobre quando e em quem apareceram as asas, penas e capacidade de voar.

Os mais prováveis antepassados das aves eram considerados os terópodes, um dos últimos tipos de répteis. Eles, bem como os pterodáctilos, tinham excrescências que se assemelhavam a pelos.

Hoje, os cientistas, três dos quais são russos, afirmam que os dinossauros mais antigos do período Jurássico estava cobertos de pelos que fazem lembrar a penugem das aves. Supõe-se que todos os tipos de dinossauros tinham uma “roupa” assim, comenta os dados dos especialistas Olga Vanshina, cientista do Museu Darwin:

Eles (os dinossauros) tinham na pele algo que os ajudava como termo-regulador. Ou lã, ou penas. Mas tratava-se de penas primitivas. Não como as aves, mas algo que ajudava na termo-regulação. Talvez mais tarde eles tenham começado a utilizar isso para planar ou com outro objetivo, mas, inicialmente, tratava-se de termo-regulação”.

Os autores do estudo estão convencidos de que a descoberta na Transbaikália muda completamente a noção do mundo científico sobre os dinossauros. Até agora, informações sobre répteis com penas chegavam apenas da China. Supunha-se que se tratava de um atributo dos dinossauros carnívoros do subtipo dos terópodes. Hoje, vemos que os seus irmãos vegetarianos também tinham penas.

Mas os especialistas não arriscam a afirmar que todos os répteis eram “aves”. Em todo o caso, nem todos as conservavam até à idade adulta. Alguns tinham penas só no período inicial da vida e, depois, eram substituídas por escamas ou camadas ósseas de defesa.

Há ainda mais um pormenor: a estrutura das penas dos dinossauros era diferente da das aves. Hoje, nenhuma das aves tem penas com essa anatomia: “pequenas faixas que partem da placa central”, como descreveu as penas dos dinossauros um dos investigadores estrangeiros. Por isso, o mistério do antepassado das aves não foi, por enquanto, desvendado.

Os dinossauros, assinala a funcionária do Museu Darwin, não são aves, nem proto-aves, mas uma combinação interessante: um ser com dentes, mas também com penas, que poderiam ser utilizados por eles ao saltar ou ao aterrisar”.

Confira abaixo, dois artigos em inglês sobre esta descoberta:


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