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12/08/2013

Tudo Está Muito Calmo no Planeta Terra. Até quando?

As perigosas tormentas solares parecem ter dado uma pequena pausa, quando se trata das tumultuadas ejeções turbulentas vista diariamente, que a nossa estrela tem demostrado nos últimos dias. Temos o que temer por alguma ação violenta do sol?

Esperamos que não! Já que as coisas volta e meia ficam críticas, mas logo depois: tudo volta ao normal (como se fosse um mar na calmaria de suas águas)... Como é o caso neste instante momentâneo relacionando a nossa estrela...

Veja, em notícia divulgada no site Apolo11:

Painel Global de monitoramento da Terra em tempo real
O Sol anda em baixa e não há previsão de fim do mundo. Os terremotos estão sem força. Os furacões, em plena temporada no Atlântico Norte, ainda não mostraram sua força em 2013. Será que a Terra está passando por algum momento de calmaria ou está só dando um tempo pra se recuperar?

Há dois anos, uma simples olhada no mapa do Painel Global já era motivo de preocupação. Os terremotos aconteciam a todo instante e sismos de grande magnitude eram registrados no Chile, Haiti e Japão. As ondas gigantes provocadas pelos fortes terremotos eram um risco real e quase todo mundo perguntava se os sismos estavam aumentando.

O tempo foi passando. Os terremotos diminuíram e o temor de que os abalos estavam se multiplicando foi praticamente deixado de lado. Afinal, o ano de 2012 estava chegando e muita gente passou a prestar mais atenção na famosa Profecia Maia. Afinal, caso ela se confirmasse seria o fim do nosso planeta.

Entre outras coisas, a profecia afirmava que em dezembro de 2012 deveria acontecer o famoso "alinhamento galáctico", a aproximação do imaginário planeta Nibiru e a inversão dos polos magnéticos da Terra, além das grandes tempestades solares capazes de extinguir toda a vida no planeta azul. O mundo estava a mil e tudo poderia acontecer. Quem não se lembra disso?

Entretanto, as coisas nem sempre acontecem do jeito previsto ou imaginado. Dezembro de 2012 chegou e "Nibiru" não veio. Os polos magnéticos também não se inverteram, o mundo não acabou e os terremotos de grande magnitude pararam como em um passe de mágica, ficando dentro da média centenária.

Mas 2013 também prometia.

O ápice do Ciclo Solar 24 deveria acontecer na metade do ano e caso as tempestades solares previstas fossem mesmo "das grandes", eventos como o famoso Halloween Storm seriam café pequeno, com possíveis apagões elétricos espalhados pelo mundo. Além disso, a possibilidade do cometa C/2012 S1 ISON se tornar tão brilhante quanto à Lua Cheia em novembro dava ao ano de 2013 uma espécie de aura mágica, diferente, mas sem tantos eventos cataclísmicos significativos.

Imagem do nosso Sol
Pois aqui estamos nós, praticamente na reta final para encerrar o ano e nada ainda se confirmou. O Sol não engrenou, os terremotos continuam na média e os furacões também não mostraram suas caras. O destaque ficou mesmo por algo completamente imprevisível que aconteceu em fevereiro, quando um possível fragmento de asteroide entrou na atmosfera acima da Rússia Central.

Porque isso acontece?

Apesar dos grandes avanços que tivemos nos últimos anos, diversos eventos ainda estão longe de serem previstos com exatidão e o motivo é bastante simples de ser compreendido: a falta de padrões que possam nortear os pesquisadores.

De todos os eventos mencionados, os únicos que apresentam padrões conhecidos e bastante estudados são os de origem atmosférica. Mesmo que algumas vezes as previsões do tempo ou tendências de longo prazo não se verifiquem, ainda assim a quantidade de acertos é bastante grande e pode-se dizer que as previsões atmosféricas são bastante confiáveis.

Poucos Terremotos

Por outro lado, a previsão de terremotos é uma ciência embrionária e por mais que se tente achar padrões que possam levar a um resultado confiável, até o momento não se vislumbra qualquer possibilidade de acertar o dia, hora e local onde um sismo de grande magnitude vai acontecer. O que se conhece são os possíveis locais de ruptura e uma série de análises estatísticas sobre os locais onde a tensão pode estar se avolumando.

Baseado nisso, a falta de terremotos significativos nos últimos meses pode ser interpretado como um acúmulo de energia nas regiões de interface entre as placas, que pode ser liberada aos poucos através de pequenos sismos ou então de uma única vez, por meio de um terremoto de grandes proporções. Por isso não é de se estranhar se ocorrer um tremor de grande magnitude nos próximos meses. O acaso é a marca registrada desses eventos.

Baixa Atividade Solar

Com relação ao Sol, não há dúvidas que o nosso conhecimento do astro-rei se multiplicou muito nos últimos anos. A previsão de clima espacial já é capaz de prever possíveis explosões solares e até mesmo quando as partículas carregadas atingirão a Terra. Há 10 anos isso era praticamente impossível e hoje essas previsões são bastante usadas em diversos ramos da atividade humana.

O problema é que apesar dos ciclos solares serem conhecidos e se mostrarem bastante padronizados, a fraca atividade da estrela observada nos últimos anos não estava prevista. Esperava-se um máximo solar muito mais ativo, com mais explosões, flares e ventos mais intensos. Não se sabe exatamente porque isso não aconteceu até agora, apesar de que até o final do ano as coisas podem se inverter.

Como vimos, a aparente calma atual no nosso planeta não é uma condição estável. Com exceção dos eventos previsíveis de natureza climática, ocorrências naturais de grandes proporções podem acontecer a qualquer momento sem que haja algum padrão claro que indique sua chegada. Ainda temos muito a aprender.

Nota: no topo, mapa do Painel Global mostra um momento atípico do planeta em 2013. Na cena, diversos eventos significativos foram detectados no mesmo dia 12 de agosto de 2013, entre eles um tremor de 6.1 magnitudes no norte do Peru e um relato de tremor de terra em algumas localidades do Pará. Acima, forte tempestade solar registrada em 22 janeiro de 2012. Créditos: Painel Global, Nasa/SDO, - APOLO11.com - Todos os direitos reservados...

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