A reportagem a seguir foi escrita por Jeff Amy, para a agência de notícias “The Associated Press” sendo traduzida e postada no OVNI Hoje, não só para celebrar os quarenta anos deste intrigante incidente que ocorreu no último dia 11 de Outubro.
Mas também porque se trata de um artigo sério pela imprensa corporativa, sobre um assunto que, pela maior parte, é tratado com desrespeito e zombaria, infelizmente - neme.
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Calvin Parker, Jr no local do encontro que teria virado sua vida de cabeça para baixo. |
Pascagoula, Mississipi - EUA. (AP) - Charles Hickson nunca se arrependeu da notoriedade que recebeu após contar às autoridades que encontrou um objeto voador não identificado e seus ocupantes, há 40 anos, nas margens do Rio Pascagoula. Até sua morte em 2011, Hickson contava a história para qualquer pessoa que quisesse escutar.
Mas Calvin Parker Jr., o outro homem que estava presente nesse que foi um dos mais expostos casos de OVNIs na história dos Estados Unidos, nunca se conformou com o que ele descreve ter sido uma visita de criaturas cinzas, com garras de caranguejos, oriundas de outro mundo. Ele diz que o encontro de 11 de outubro de 1973 virou sua vida de cabeça para baixo.
“Isto é algo que eu realmente não quis que tivesse acontecido”, disse Parker para a The Associated Press dias antes do 40º aniversário do incidente.
Parker ficou irrequieto pelo impacto inicial e pela atenção não muito bem-vinda, com repórteres em entusiastas de OVNIs invadindo o estaleiro Walker, onde ele e Hickson trabalhavam. Ele tentou desviar das atenções por décadas, se mudando com frequência, antes de retornar para a Costa do Golfo no Mississipi em anos recentes.
O incidente fez manchetes, disparou uma onda de avistamentos de OVNIs por todo o país e se tornou um dos casos mais amplamente examinados em registro. Entre os céticos estavam os investigadores policiais que o entrevistaram logo após o incidente e até um escritor que procurou por falhas em sua história; e mesmo Parker tinha pensamentos conflitantes se ele havia sido visitado por alienígenas ou por demônios.
Parker, agora com 58 naos, tinha 18 quando foi pescar com Hickson numa noite tranquila de quinta-feira, após o trabalho.
À medida que eles jogavam sua linhas na água, sem ter muita sorte, um OVNI com luzes azuis desceu do céu. Eles falaram que o objeto emitia um ruído similar ao de um zíper de roupa quando em movimento.
Hickson, na época com 42 anos, disse que três criatura com pele cinza similar a couro, e com garras de caranguejos (ele achou que eram robôs) os agarrou pelos braços, levitando-os para dentro da nave. Ele disse que algo similar a um enorme olho que flutuava apareceu para examiná-lo.
Parker diz que estava consciente, porém paralisado.
“Ele nos examinaram por completo, realmente por completo, como qualquer doutor faria”, disse ele.
E então eles estavam de volta às margens do rio, onde tudo começou. O OVNI havia desaparecido e Parker disse que eles tentaram se recuperar. Hickson precisou tomar três doses da bebida que estava em seu carro para acalmar os nervos, antes de decidir reportar o que havia acontecido.
No escritório do Xerife do Condado de Jackson, os investigadores suspeitaram que ambos os homens estavam bêbados. Então, o capitão Glenn Ryder, que ainda hoje trabalha para o escritório do xerife, disse ter rido do que havia sido reportado, mas mesmo assim se encontrou com os homens. Parker e Hickson ficaram firmes em seus relatos.
Após uma das entrevistas, Hickson e Parker foram deixados juntos em uma sala com um gravador escondido, na esperança de pegá-los na mentira...
“Eu e o outro investigador saímos da sala e os deixamos conversando, para ver se eles iriam dizer, ‘Bem, os enganamos’, mas eles não fizeram isso”, disse Ryder. “Eles estavam realmente preocupados.”
Na gravação, Hickson disse para Parker, “Isso também me assustou muito, garoto. Você não consegue superar algo assim pelo resto da vida. Que Jesus Cristo tenha piedade”.
“Eu não sei o que aconteceu com eles“, disse Ryder. “Eu não estava lá com eles, mas eu sei que você não pode fingir terror, e eles estavam aterrorizados. Eles estavam aterrorizados.”
Na tarde seguinte, a história estava nas primeiras páginas de jornais em Pascagoula e Gulfport. Da noite para o dia, Pascagoula se tornou um ímã de repórteres e investigadores de OVNIs.
Nos Estados Unidos, um grande interesse em OVNIs começou na década de 1949, com o incidente em Roswell, no estado do Novo México, e entusiastas de OVNIs acreditam que o governo resgatou um OVNI acidentado e corpos de alienígenas. O governo despendeu décadas negando o fato.
Na década de 1960, o interesse no assunto foi renovado com uma série de relatos, inclusive com a alegada abdução do casal Betty e Barney Hill, no estado de Nova Hampshire, em 1961. A grande atenção dada ao encontro em Pascagoula deu início a uma nova onda de reportagens.
No sul do estado de Mississipi, centenas de relatos inundaram as autoridades nas duas semanas após o encontro de Hickson e Parker.
Também houveram casos forjados e zombarias. Um taxista de Long Beach, Mississipi, disse à polícia que uma criatura com garras bateu em sua janela, mas desmentiu dias mais tarde.
E como não podia deixar de ser, um vereador de Ocean Springs, propôs uma lei tornando ilegal operar um OVNI a mais do que duas vezes a velocidade da luz na rodovia U.S. 90, que é a estrada principal da costa do golfo. O prefeito Tom Stennis votou contra a lei, dizendo que não queria desencorajar o turismo.
O escritor Philip Klass, um cético de OVNIs, acreditava que os relatos de Hickson e Parker eram uma farsa. Em seu livro “UFOs Explained” (“OVNIs explicados” - trad. livre) ele apontou que Hickson mudou alguns detalhes de sua história e alegou que o operador do polígrafo que testou e comprovou a veracidade da história de Hickson não era competente. Parker mais tarde também passou pelo teste do detector de mentiras.
Hickson sempre aparecia em ‘talk shows‘, dava palestras e entrevistas e publicou um livro em 1983 intitulado “UFO Contact em Pascagoula” (“Contato OVNI em Pascagoula” - trad. livre). Ele relatou ter tido três outros encontros em 1974 e disse que os alienígenas se comunicavam com ele e eram pacíficos.
“A única coisa que ele queira fazer foi deixar todo o mundo saber que não estávamos sós“, disse Eddie Hickson, seu filho. “Ele não se importava se você o acreditava, ou não. Se você quisesse ouvir, caramba, ele te contava.”
“Ele nunca pôde compreender porque foi escolhido”, disse o jovem Hickson. “Mas ele nunca me disse desejar que isso não tivesse acontecido. Nunca.”
Parker disse que as intrusões pelos curiosos se tornaram menos frequentes ao passar dos anos, mas nunca cessaram. “Você nunca tem privacidade”, disse. Ele casou mais tarde, em 1973, e finalmente conseguiu empregos na indústria do petróleo e de construção fora do estado para escapar da atenção.
“Quando você chega em algum lugar e eles descobrem quem você é, você parte”, ele disse. “Eu simplesmente procurava por emprego em algum outro lugar.”
Parker participou de algumas convenções de OVNIs e uma vez foi hipnotizado por Budd Hopkins, um renomado investigador de OVNIs. Ele brevemente tentou capitalizar com sua história em 1993, começando uma empresa em Louisiana chamada de UFO Investigators, onde ele e seus parceiros produziam segmentos de TV sobre o assunto.
Parker se mudou para Moss Point em 2006 e em 2010 sofreu um AVC que o limitou fisicamente. Ele recolhe auxilio governamental devido a sua deficiência, mas algumas vezes vai até o local do encontro pescar. Ele disse que ainda recentemente encontrou uma mulher em um posto de gasolina que já sabia quem ele era.
“Sempre sou reconhecido”, disse ele.
Não há um marco histórico no barranco do rio identificando o local do encontro e as lojas não vendem souvenires de OVNIs. Mas a população local lembra, embora muitas vezes com ceticismo e piadas.
Parker diz ter tido pensamentos conflitantes ao longo dos anos sobre aquela noite em 1973. Há um dado momento, ele nem tinha mais certeza se as criaturas eram alienígenas. Elas poderiam ser demônios, disse.
“Eu acredito piamente em Deus e onde há o bem, há o mal”, disse Parker.
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Fonte: http://ovnihoje.com
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