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26/12/2013

Primeira Exolua (Satélite) é Encontrada Por Astrônomos

Em pesquisas realizadas por astronômos, foi possível descobrir o primeiro satélite orbitando ao redor de um planeta fora do Sistema Solar. Já que o número de exoplanetas aumentaram nos últimos anos, porque não para os satélites em torno deles.

Lua extrassolar

Astrônomos afirmam ter encontrado os primeiros indícios de uma exolua, uma lua orbitando um planeta fora do nosso Sistema Solar.

Assim como Europa (Júpiter) e Encélado (Saturno) apresentam ambientes interessantes para a pesquisa de vida microbiana, acredita-se que as exoluas podem ser mundos habitáveis, sobretudo se seus planetas estiverem mais perto das estrelas.

Contudo, as perspectivas podem não ser tão entusiasmantes para a primeira exolua observadas, identificada por David Bennett e seus colegas Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos.

As primeiras análises indicam que a exolua está em volta de um planeta errante, um planeta que não parece orbitar nenhuma estrela.

Os dois objetos - planeta e lua - foram identificados pela técnica de microlente gravitacional, enquanto a maioria dos mais de 1.000 exoplanetas conhecidos até agora foram descobertos por outro método, que analisa variações na luz da estrela quando o planeta passa à sua frente.

Na microlente gravitacional, quando um objeto passa na frente de uma estrela distante, do ponto de vista da Terra, a gravidade do objeto curva a luz da estrela ao fundo, concentrando-a como uma lente. Isso faz a estrela temporariamente parecer mais brilhante.

Bennett e seus colegas identificaram um evento de microlente em 2011, visto por inúmeros telescópios ao redor do mundo, no qual uma estrela teve seu brilho subitamente aumentado em 70 vezes. Cerca de uma hora depois, houve um segundo aumento no brilho, este menor.

Planeta e lua ou estrela e planeta

O sistema identificado por microlente gravitacional, chamado MOA-2011-BLG-262,
foi bem documentado por diversos telescópios, mas poderá nunca ser observado
novamente. [Imagem: D.P. Bennett et al.]

Os astrônomos levantam duas possibilidades para explicar o evento.

Na primeira, o par de corpos celestes está relativamente próximo do Sistema Solar - cerca de 1.800 anos-luz - e consiste em um planeta com quatro vezes a massa de Júpiter e uma lua com metade da massa da Terra.

A segunda possibilidade, que não pode ser descartada, é que o par de objetos está muito mais distante e consiste em uma estrela que já apagou, conhecida como anã marrom, orbitada por um planeta do tamanho de Netuno.

O cenário do planeta e sua lua é preferido pelos pesquisadores: “Os dados se encaixam bem no modelo da exolua, mas se encaixam quase tão bem igualmente no modelo alternativo estrela+ planeta,” afirmam eles.

Contudo, com as técnicas atuais e os dados disponíveis, será quase impossível confirmar isso de forma inequívoca.

A principal razão para isso é que o efeito da microlente gravitacional é um golpe de sorte orquestrado por um ajuste efêmero na dança de estrelas e planetas em relação à Terra. Assim, provavelmente nunca teremos a chance de observar o mesmo fenômeno novamente.

Assim, os astrônomos continuam em busca de uma exolua que possa ser observada pelo método do trânsito, que passe junto com seu planeta em frente à estrela, o que permitirá sua observação periódica, avaliando seu tamanho, órbita e até atmosfera.

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