Os cientistas resolveram um grande problema com o modelo padrão da cosmologia, combinando os resultados da sonda Planck e medidas de lente gravitacional para deduzir a massa de partículas subatômicas fantasmagóricas chamadas neutrinos.
A equipe, das universidades de Nottingham e Manchester, na Inglaterra, usaram observações do Big Bang e a curvatura do espaço-tempo para medir com precisão a massa dessas partículas elementares pela primeira vez.
As recentes observações da nave espacial Planck, que mede a radiação cósmica de fundo (CMB) - o brilho remanescente do Big Bang - destacou a discrepância entre esses resultados cosmológicos e as previsões de outros tipos de observações.
A CMB é a luz mais antiga do Universo, e seu estudo permitiu aos cientistas medir com precisão parâmetros cosmológicos, como a quantidade de matéria no Universo e sua idade. Mas uma incoerência surge quando as estruturas de grande escala do Universo, tais como a distribuição das galáxias, são observadas.
Dr. Adam Moss, da Universidade da Escola de Física e Astronomia da Nottingham, disse: “Nós observamos menos aglomerados de galáxias do que seria de se esperar a partir dos resultados da sonda Planck, e há um sinal mais fraco de lentes gravitacionais de galáxias que a CMB poderia sugerir.
“Uma maneira possível de resolver esta discrepância é assumir que os neutrinos têm massa. O efeito destes neutrinos massivos suprimiriam o crescimento de estruturas densas que levam à formação de aglomerados de galáxias.”
Neutrinos interagem muito fracamente com a matéria e por isso são extremamente difíceis de estudar. Acreditava-se inicialmente que eles não tinham massa, mas experimentos recentes vêm demonstrando o contrário, e, além disso, existem vários tipos deles, conhecidos como sabores pelos físicos de partículas. Já foi sugerido (não medido) que a soma das massas desses diferentes tipos situa-se pouco acima de 0,06 eV (muito menos de um bilionésimo da massa de um próton).
O novo estudo concluiu que a massa correta dos neutrinos é de é 0,320 + / – 0,081 eV, menos de um bilionésimo a massa de um próton.
Battye acrescentou:
“Se este resultado for corroborado por uma análise mais aprofundada, não só contribui significativamente para a nossa compreensão do mundo subatômico estudado pelos físicos de partículas, mas também seria uma extensão importante para o modelo padrão da cosmologia que tem sido desenvolvido ao longo da última década.”
Fonte: http://misteriosdomundo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor: não perturbe, nem bagunce! Apenas desejamos que seja amigo com os demais! Seja paciente, humilde e respeitoso com os outros leitores. Se você for ofendido, comunique-se conosco. Obrigado!