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28/02/2014

Estrelas de Nêutrons Podem Ter Seus Próprios Sistemas

As estrelas de nêutrons são corpos supermassivos, ultracompactos e com gravidade extremamente alta. A partir de estudos teóricos e observações astronômicas, sabe-se que a densidade no centro destas é enorme, devido à alta gravidade superficial.

Em seguida temos um artigo sobre tais estrelas, no site voz da rússia: http://portuguese.ruvr.ru/estrelas-de-neutrons-podem-ter-seus-prorios-sistemas

As estrelas de nêutrons podem ser centros de sistemas de corpos celestes, tal como o Sistema Solar. Astrônomos australianos afirmam que em torno de uma destas estrelas giram asteroides e, possivelmente, planetas.

Alguns de seus colegas acreditam que tal conclusão é controversa. Mas, se isso for verdade, pode existir um sistema de planetas junto a qualquer estrela.

Em seu artigo na revista The Astrophysical Journal Letters os astrônomos australianos dizem que notaram uma falha nos impulsos de uma das estrelas giratórias de nêutrons, ou pulsar. Tais estrelas emitem um feixe estreito de ondas de rádio, às vezes juntamente com raios X e luz visível. O feixe gira com a estrela e ocasionalmente coincide com a direção da Terra. Estes sinais de impulso se repetem muito regularmente. Uma falha na frequência indica que algo aconteceu com a estrela.

Os cientistas australianos notaram tais falhas num pulsar na constelação de Puppis ao observá-lo através de seus radiotelescópios. Em 15 anos, os parâmetros do sinal têm mudado. Os cientistas concluíram que a estrela de nêutrons está cercada por asteroides. Segundo eles, quando o poderoso feixe colide com um asteroide, este se evapora transformando-se em plasma. A cobertura de plasma envolve o pulsar na forma de um escudo magnético, retarda a sua rotação e, ao mesmo tempo, afeta o processo do nascimento do feixe.

Mas de onde apareceram asteroides junto do pulsar? Afinal, os pulsares são o que resta depois de explosões de supernovas. Os autores da publicação supuseram que parte da substância dispersa da supernova, eventualmente, volta para trás e se junta num disco que circunda a estrela de nêutrons. E dentro desse disco se formam de novo asteroides e talvez até planetas.

No entanto, as anomalias observadas dos impulsos podem também ser explicadas por outros fatores, diz o astrônomo Alexander Bagrov. No espaço interestelar há muitos pequenos corpos errantes como núcleos de cometas:

Para cada estrela da galáxia existem pelo menos mil desses corpos errantes. Se um deles passar e colidir com uma estrela de nêutrons, então é que surgem os fenômenos descritos pelos astrônomos australianos. Uma colisão com uma estrela de nêutrons deve mudar o seu período de rotação. Eu considero esta publicação como uma prova de que com a estrela colidiu com um corpo galáctico errante, e não um asteroide que existia perto dela.

No entanto, existem argumentos a favor da hipótese dos australianos. Em nossa galáxia foi descoberto pelo menos um pulsar com disco. E junto de outro, ainda em 1992, foram observados dois objetos semelhantes a planetas. O astrofísico Vladimir Surdin conta mais:

Nós continuamos sem entender de que substância se formaram esses planetas, se tudo era suposto se dispersar no espaço na sequência da explosão. Por isso a ideia de que asteroides poderiam permanecer perto de um pulsar é bastante sensata. Um pulsar, enquanto jovem, é uma poderosa fonte de radiação de rádio e raios X. Seu feixe pode embater num asteroide e vaporizá-lo parcialmente, esta nuvem de plasma modifica a radiação do pulsar, impede-a de passar na nossa direção, para a Terra. Esta é uma ideia normal, está tudo certo com a física aqui. Claro, é preciso investigá-la e verificá-la, mas à primeira vista ela parece sensata.

Outra coisa não está clara. Depois de explodir, uma supernova perde a maior parte de sua massa e, consequentemente, enfraquece também o campo gravitacional. Tudo o que girava em torno dela - planetas, asteroides, cometas - deveria deixar a vizinhança da recém-formada estrela de nêutrons. No entanto, uma parte da substância dispersa pela explosão, por alguma razão, é travada e move-se de volta em direção ao pulsar, formando um disco.

As leis tradicionais da mecânica celeste não são capazes de explicar isso, enfatiza Vladimir Surdin. Aparentemente, o fenômeno é muito mais complexo do que nós podemos imaginar.

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