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22/02/2014

Pesquisadores Encontram Genes de Olhos Azuis em Homens do Mesolítico

De acordo com um artigo publicado no site uq.edu.au, indicando que os seres humanos do Mesolítico são susceptíveis de ter tido olhos azuis, antes que tivessem a pele clara. O estudo foi realizados com base num esqueleto encontrado na espanha.

A descoberta sugere que os olhos azuis teriam sido uma característica que se espalhou muito antes da pele clara na Europa

Fonte da imagem: Shutterstock
A descoberta de que um homem da Idade da Pedra carregava genes compatíveis com olhos azuis e pele escura revelou que essa coloração dos olhos pode ter se espalhado entre a população europeia muito antes do que a pele clara.

Para chegar a essas conclusões, uma equipe de pesquisadores internacionais analisou o dente de um esqueleto humano de sete mil anos encontrado na Espanha.

O objetivo da pesquisa - que foi publicada no periódico Nature - era entender o impacto evolutivo dos primeiros homens que passaram de um sistema caçador-coletor para uma sociedade com agricultura.

Embora essas populações tenham morrido há milhares de anos, seus genes deixaram pistas de como eles se pareciam e a maneira em que viviam. Descobrimos que os genes presentes nesse homem do mesolítico estão propensos a resultar em uma pele escura, cabelos escuros, mas olhos azuis”, explica o Dr. Rick Sturm, do Instituto de Biociência Molecular da Universidade de Queensland, na Austrália.

O pesquisador ainda ressalta que a combinação dessas características deixou de existir com o passar do tempo:

Fonte da imagem: Shutterstock
Essa combinação genética é única e não existe mais entre os europeus contemporâneos, o que sugere que a disseminação dos genes associados com a coloração clara dos olhos pode ter ocorrido antes da disseminação da pele clara”, ressalta Sturm.

A equipe, liderada por pesquisadores do Instituto de Biologia Evolucionária da Espanha e da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, também investigou os genes associados à imunidade e à alimentação.

O caçador-coletor do mesolítico carregava o gene da intolerância à lactose consistente com sua incapacidade de digerir derivados do leite e também genes da amilase salivar que indicavam uma dieta pobre em amidos”, comentou o cientista.

Para finalizar, o Dr. Sturm apontou que essa descoberta representa um contraste com os genes encontrados em agricultores do período neolítico, que eram capazes de processar altos níveis da lactose presente no leite e de amidos encontrados nos grãos.

Embora os genes da imunidade das doenças fossem similares entre os caçadores-coletores e os agricultores, isso sugere que a transição das populações europeias para a agricultura causou mudanças na dieta, mas não na imunidade”, finaliza Sturm.

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