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04/03/2014

A Batalha Entre Semideuses e Demônios

Nas mitologias, os semideuses eram filhos de deuses com parceiras mortais. Eles normalmente se destacavam por serem mais fortes que os humanos normais. Algumas vezes eram admitidos no Olimpo como imortais, tão poucas vezes relatado.

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O resumo do capitulo 10 do livro Srimad-Bhagavatam uma epopéia filosófica da sabedoria dos Vedas, que são antigos textos sânscritos, este capitulo fala o seguinte

Devido a inveja, a luta entre os demônios e semideuses prosseguiu, tanto os semideuses quanto os demônios são hábeis em atividades que envolvem a energia material, mas os semideuses são devotos do senhor, ao passo que os demônios são exatamente o oposto, por isto eles não colheram beneficio algum do néctar do oceano, os demônios estando muito ressentidos, voltaram a declarar guerra aos semideuses.

Bali Maharaja, filho de Virocana, tornou-se o comandante chefe dos demônios, logo no começo os semideuses prepararam-se para matar os demônios. Indra, o rei dos céus, lutou contra Bali, e outros semideuses, tais como Vayu, Agni e Varuna, combateram outros lideres dos demônios.

Nesta luta os demônios foram derrotados, e para escaparem da morte, começaram a recorrer a manobras materiais através das quais manifestaram muitas ilusões, matando diversos soldados que estavam ao lado dos semi deuses, os semideuses, não encontrando nenhum outro recurso, voltaram-se a render-se a Suprema Personalidade de Deus, Visnu, que então apareceu e anulou todas as ilusões produzidas pelos malabarismos dos demônios, heróis entre os demônios, tais como Kalanemi, Mali, Sumali e Malyavan, contenderam com a Suprema Personalidade de Deus e foram todos mortos pelo senhor.

Para aquela batalha, o celebérrimo comandante-em-chefe, Maharaja Bali, filho de Virocana, sentou-se num maravilhoso aeroplano chamado Vaihayasa, Ó rei, este aeroplano belamente decorado fora construído pelo demônio Maya e estava equipado com armas próprias para toda classe de combate. Ele era inconcebível e indescritível. Na verdade, as vezes ele era visível e, as vezes não.

Sentado neste aeroplano e estando coberto por uma bela sombrinha protetora e sendo abanado pela melhor das câmaras, Maharaja Bali, cercado por seus capitães e comandantes, parecia a Lua a surgir á noite, iluminando todas as direções. Cercando o Senhor Indra, o rei dos céus, estavam os semideuses sentados em várias espécies de veículos e decorados com bandeiras e armas. Presentes entre eles, encontravam-se Vayu, Agni, Varuna e outros governantes de vários planetas, juntamente com seus associados.

Indra disse: Ó patife, assim como um trapaceiro ás vezes venda os olhos de uma criança e arrebata-lhe as posses, estas também tentando derrotar-nos, apresentando certos poderes místicos, embora saibas que somos mestres de todos esses poderes místicos.

Aqueles tolos e patifes que, através do poder místico ou de meios mecânicos, querem elevar-se ao sistema planetário superior, ou que inclusive esforçam-se por ultrapassar os planetas superiores e alcançar o mundo espiritual ou a liberação, faço com que sejam enviados á mais baixa região do Universo.

Significado: Sem dúvida, existem diferentes sistemas planetários superiores reservados a diferentes pessoas. Como se afirma no Bhagavad-gita (14.18), urdhvam gacchanti sattva-sthah: as pessoas no modo da bondade podem ir aos planetas superiores.

Entretanto, aqueles que estão nos modos da escuridão e da paixão não tem permissão de entrar nos planetas superiores. A palavra divam refere-se ao sistema planetário superior conhecido como Svargaloka. Indra, o rei do sistema planetário superior, tem o poder de afastar qualquer alma condicionada que, partindo dos sistemas inferiores, tenta ir aos superiores, embora não possua as qualificações necessárias.

A tentativa moderna através da qual busca-se ir a outros sistemas planetários superiores por meios mecânicos artificiais não poderá ter êxito. Portanto a afirmativa de Indra parece indicar que todo aquele que tente ir aos sistemas planetários superiores por meios mecânicos, que são chamados de maya, é condenado a precipitar-se nos planetas infernais, situados na parte inferior do Universo.

Na tradução do sânscrito está escrito assim.

Para aquela batalha,o celebérrimo comandante em chefe, Maharaja Bali, sentou-se num maravilhoso

Vimãna Agryan [ave voadora habitada] o vimana era chamado de Vaihayasa, o rei e sua vimana construída pelo demônio Maya e estava equipado para toda a classe de combate, ele era inconcebível e indescritível. Na verdade as vezes ele era visível e as vezes não, Sentado neste aeroplano [Vaihayasa] e estando coberto por uma bela sombrinha protetora e sendo abanado pela melhor das câmaras, Maharaja Bali, cercado por seus capitães e comandantes, parecia a lua a surgir na noite, iluminando todas as direções.

Na segunda tradução do sânscrito está escrito assim.

Montado em Airavata, um vimana elefante que pode ir a qualquer lugar, o Senhor Indra parecia exatamente o Sol nascendo em Udayaguiri, onde existem reservatórios de água, cercando o senhor do céus estavam os semideuses sentados em varia espécies de veículos e decorados com bandeiras e armas, presente entre eles encontravam-se Vayu, Agny, Varuna, e outros governantes de vários planetas, juntamente com seus associados.

Todos devem aprender com a literatura védica que o próprio corpo também não é propriedade da alma individual, mas lhe é dado de acordo com seu Karmana daiva-netrena jantur dehopattaye. As 8.400.000 diferentes formas corpóreas são maquinas dadas a alma individual. Tudo o que existe dentro do Universo é propriedade da Suprema Personalidade de Deus.

Este é o significado deste verso. Atmavasyam idam visvam. O senhor não é criação de nossa inteligência; ao contrario, foi ele quem nos criou. Atmavasyam idam visvam. Isavasyam idan sarvam. O Senhor dá á cada entidade viva a oportunidade de desfrutar de vários desejos em corpos adequados, que não passam de máquinas (yantrarudhani mayaya).

Essas maquinas são construídas por intermédio dos ingredientes materiais fornecidos pela energia externa, e, assim, a entidade viva desfruta ou sofre de acordo com seus desejos. Quem propicia esta oportunidade é a superalma. A Divindade Suprema esta sempre desperta. No estado condicionado esquecemos as coisas porque mudamos de corpos, porém como não muda de corpo, a suprema personalidade de Deus lembra-se do passado, do presente e conhece o futuro. Eis uma distinção entre a Suprema Personalidade de Deus e as entidades vivas. Nytio nityanam cetanas cetananam.

De acordo com a versão védica, o Senhor é o supremo eterno, o ser vivo supremo. A diferença entre o Ser Supremo o ser vivo comum é que, quando este mundo material é aniquilado, todas as entidades vivas, entrando em uma condição inconsciente e adormecida, ficam imersas no esquecimento, ao passo que o Ser Supremo fica desperto e age como testemunha de tudo.

Este mundo material é criado, permanece por algum tempo e, então, é aniquilado. Entretanto através de todas essas mudanças, o Ser Supremo permanece desperto. Na condição material de todas as entidades vivas,há três etapas de sonho.

Quando o mundo material está desperto e é posto em ação, isto é uma espécie de sonho, um sonho vígil. Quando vão dormir, as entidades vivas voltam a sonhar. E, quando ficam inconscientes no momento da aniquilação, após a qual este mundo material fica manifesto, elas entram em outra etapa de sonho. Portanto, qualquer que seja a sua etapa no mundo material, todas elas estão dormindo, contudo no mundo espiritual tudo esta desperto. Verso 6 O rei Indra aniquila os demônios.

Tradução “Aqueles tolos e patifes que, através do poder místico ou de meios mecânicos, querem elevar-se ao sistema planetário superior, ou que inclusive esforçam-se por ultrapassar os planetas superiores e alcançar o mundo espiritual ou a liberação,faço que sejam enviados a mais baixa região do Universo

Significado:

Sem dúvida, existem sistemas planetários reservados a diferentes pessoas. Como se afirma no Bhagavad-gita (14.18), urdhvam gacchanti sattva-sthah: A palavra divam refere-se ao sistema planetário superior conhecido como Svargaloka. Portanto, a afirmativa de Indra parece indicar que todo aquele que tente ir aos sistemas planetários superiores por meios mecânicos, que são aqui chamados de maya, é condenado a precipitar-se nos planetas infernais, situados na parte inferior do universo.” 








Bibliografia: Título Original Srimad Bhagavatam, Eigth Canto “Withdrawal of the Cosmic Creations” The Baktivedanta Book Trust

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