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05/05/2014

O Mito do Andrógino (A Humanidade Hermafrodita)

Na Grécia antiga, este personagem representa a fusão dos dois sexos e não tem género definido. Ele teria nascido um menino extremamente bonito, e teria que se transformou posteriormente num ser andrógino por haver se unido à ninfa Salmacis.

Leia:

Na Grécia Antiga existia o mito de que, no início dos tempos, os seres humanos eram enormes e redondos, com quatro braços, quatro pernas, duas cabeças e tinham os dois sexos. Eram a criação preferida de Zeus, o rei dos Deuses. Mas ficaram ambiciosos e tentaram roubar o fogo dos deuses.

Zeus, é claro, descobriu. Como castigo, Zeus partiu os seres humanos em dois. Mandou que Netuno costurasse a pele - no lugar do remendo ficou o umbigo. Sem piedade, afastou as metades.

Depois disso, os seres humanos passavam a vida se sentindo incompletos, vagando desesperados pelo mundo, procurando sua outra metade. Quando se encontravam, as metades se abraçavam chorando, ficando assim - abraçados - até morrer. Preocupado, com medo de que os seres humanos simplesmente desaparecessem da face da terra, Zeus criou os órgãos sexuais, para que pudessem se reproduzir enquanto estivessem abraçados. E esta é até hoje a nossa sina: vagar pelo mundo, nos sentindo incompletos, procurando nossa outra metade.

Hermafrodita foi uma divindade grega híbrida, filho de Hermes e Afrodite, sendo conhecido pela sua beleza extrema. A ninfa aquática Salmacis apaixonou-se por ele, mas a sua paixão não foi correspondida. Assim, ela implorou aos deuses que a unissem ao corpo do jovem deus para sempre, ao que os deuses acederam. Os gregos acreditavam que quem tomasse banho na fonte de Salmacis passaria a ser hermafrodita.

Mas a presença de divindades hermafroditas nas lendas mitológicas não se resume aos gregos, numa observação mais profunda, esta versão surge também na lenda de Adão e Eva. Dos países nórdicos chega a lenda contida no livro de Edda, que conta o seguinte:

Alffadir criou o mundo e dos vapores frios da região das trevas nas Imir, pai da raça dos gigantes. Para alimentá-lo foi criada a vaca Audumbla, de cujo ubere emanaram quatro rios de leite. Então, farto, Imir dormiu. E do suor de suas mãos nasceu um casal, macho e fêmea, de gigantes.’ Este é o divino hermafrodita primitivo, gigantesco e sublime da Ilha Sagrada.

No Gênesis da Bíblia Adão adormece e Deus tira Eva de uma costela. Antes deste instante Eva estava dentro de Adão e era o próprio Adão, sendo que este pode ser considerado neste prisma como um hermafrodita.

Antiga Doutrina Tibetana: Antropogênense

No princípio, manifestaram-se na Terra os Existentes-Por-Si-Mesmos; vidas individuais projetadas pela Vontade Absoluta [possivelmente, Deus]. Isso foi no tempo da Aurora do Renascimento dos Mundos. Estas vidas, foram os Manus-Sementes, também chamados Pitris.

A Primeira Raça Humana, portanto, foi a dos Nascidos-Por-Si-Mesmos. Eram sombras de seus “progenitores”, ou seja, de si mesmos; raça dos “progenitores” de si mesmos. Tudo fizeram de forma involuntária porquê não tinham mente, inteligência ou Vontade. O Espírito Centelha Divina [de Deus] não estava presente, ou melhor, estava em letargia, adormecido naqueles seres.

Da primeira Raça surgiu a Segunda Raça:

Os Nascidos do Suor, os Sem-Ossos que eram dotados do germe da inteligência - a débil chispa [centelha] primitiva. Notemos aqui que o Espírito de Deus está sempre relacionado à Luz; nos primeiros, que eram sombras, fenômeno que depende da luz; nos segundos, nos quais já brilhava debilmente uma “centelha”, uma luz.

A Terceira Raça Humana foi a dos Andróginos, chamados Duplos:

Os Filhos da Ioga Passiva [os andróginos] ... se tornaram ovíparos. As emanações que se desprendiam de seus corpos durante as épocas de procriação eram ovulares; os pequenos núcleos esferoidais se desenvolviam em uma grande veículo mole, oviforme, que endurecia gradualmente, rompendo-se após um período de gestação e dele saindo o jovem animal humano... [Antropogênese  - p 183]

A Teoria Poligenética

A Antropogênese Budista-esotérica atribui ao homem: 1º) uma origem poligenética; 2º) diversidade de modos de procriação, antes que a Humanidade desenvolvesse a geração sexuada.

A Humanidade Andrógina:

... cessou de procriar a sua espécie por meio de gotas de energia vital que emanavam de seu corpo... Toda essa energia vital [era] disseminada por toda parte e foi empregada pela Natureza na produção das primeiras formas de animais mamíferos. [Antropogênese - p 187]


As manifestações pré-arcaicas da Vida interagiam com a geologia pré-arcaica de maneira muito direta compondo uma realidade física, orgânica e inorgânica, intensamente dinâmica em sua busca de formas e materiais organizados e/ou organizáveis em sistemas funcionais para a plena expressão daquela Vontade Inteligente Primordial [Deus] que está na origem de toda a Criação.


Bibliografia

Links:

  • Comentário à Antropogênese Teosófica
  • Antropogênese: Trechos Comentados do Livro
  • A Verdade Esotérica Sobre o Pecado Original

Bibliografia: Blavatsky, Helena Petrovna. A Doutrina Secreta vol. III - Antropogênese. São Paulo: Pensamento, 2003.

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