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12/12/2012

Zecharia Sitchin - O 12º. Planeta: CAP. 10 - Cidades dos Deuses

A história da primeira colonização da Terra por seres inteligentes é uma saga de tirar a respiração, não menos inspirada que a descoberta da América ou a circunavegação da Terra.
Foi, com certeza, um acontecimento de importância maior, porque, como resultado desta colonização, nós e nossas civilizações
estamos hoje aqui.

A Epopéia da Criação informa-nos que os "deuses" vieram para a Terra seguindo uma decisão deliberada de seu chefe. A versão babilônica, atribuindo a decisão a Marduk, explica que ele esperou até o solo da Terra secar e endurecer o suficiente para permitir as operações de aterrissagem e construção. Depois, Marduk anunciou sua decisão ao grupo de astronautas:

Nas profundas alturas, onde tu tens residido,
A Real Casa das Alturas" eu construí.
Agora, uma contraparte dela
Eu construirei lá embaixo.

Marduk explicou então seu objetivo:

Quando das alturas para assembléia vocês descerem
Haverá um lugar de repouso para a noite para vos receber a todos.
Eu lhe chamarei "Babilônia" - O Portão dos Deuses.

A Terra não era assim meramente o objeto de uma visita ou de uma rápida estada de exploração; estava destinada a ser um permanente "lar longe do lar".

Viajando a bordo de um planeta que era uma espécie de nave espacial, atravessando as rotas da maior parte dos outros planetas, sem dúvida os Nefilim esquadrinhavam primeiro os céus a partir da superfície do próprio planeta. Sondas não tripuladas devem ter-se-lhes seguido. Mais tarde ou mais cedo eles adquiriram a capacidade de enviar missões tripuladas aos outros planetas.

Quando os Nefilim procuraram uma "casa" adicional, a Terra deve tê-los impressionado favoravelmente. Seus matizes azuis indicavam que ela possuía água e ar mantenedores de vida; os castanhos revelavam a existência de terra firme; os verdes falavam-lhes da vegetação e da base para vida animal. No entanto, quando os Nefilim finalmente viajaram para a Terra, ela deve ter lhes parecido de algum modo diferente da visão atual que nossos astronautas têm dela. Não esqueçamos que, quando os Nefilim vieram pela primeira vez à Terra, ela estava no meio de uma idade do gelo - período glacial que se constitui em fases de congelamento e descongelamento do clima da Terra:

Glaciação remota - iniciada há cerca de 600.000 anos.
Primeiro aquecimento (período inter-glacial) – 550.000 anos atrás.
Segundo período glacial - há 480.000 e 430.000 anos.

Quando os Nefilim aterrissaram pela primeira vez na Terra, há cerca de 450.000 anos, cerca de um terço de sua área firme estava coberta com lençóis de gelo e glaciares. Com uma porção tão grande das águas da Terra congeladas, a queda de chuva foi reduzida, mas não por toda a parte. Devido às peculiaridades dos padrões de vento e terreno, entre outras coisas, algumas áreas que são hoje bem irrigadas eram estéreis na época, e algumas áreas que hoje têm apenas chuvas de estação experimentavam na época chuvas durante todo o ano.

Os níveis de água eram também mais baixos porque muita água fora capturada como gelo nas massas de terra. As provas indicam que, no auge das duas maiores idades do gelo, os níveis do mar eram cerca de 180 ou 200 metros mais baixos que hoje em dia. Assim, havia terra seca onde atualmente temos mares e praias. Onde os rios continuaram a correr, foram criadas profundas gargantas e desfiladeiros se seus cursos os levaram por terreno rochoso; se suas águas correram em terra macia e argila, chegaram à idade do gelo através de vastos pântanos.

Chegando à Terra em tais condições climáticas e geográficas, onde poderiam os Nefilim colocar seu primeiro domicilio?

Eles procuraram, sem dúvida, um local com um clima relativamente temperado, onde não eram precisos mais que simples abrigos e onde podiam se movimentar com leves roupas de trabalho em vez de pesadas vestes isolantes. Devem ter procurado também água para beber, lavar e para fins industriais, assim como para manter a vida animal e vegetal necessárias à alimentação. Os rios facilitam a irrigação de largas faixas de terra e simultaneamente deviam fornecer um meio de transporte conveniente.

Apenas uma zona relativamente estreita da Terra podia preencher todos estes requisitos, assim como satisfazer a necessidade de longas e planas áreas adequadas às aterrissagens. A atenção dos Nefilim, sabemo-lo agora, focalizou-se em três principais sistemas de rios e suas planícies: o Nilo, o Indo e o Tigre-Eufrates. Cada uma das bacias destes rios era adequada à primitiva colonização; cada uma, a seu tempo, se tornou o centro de uma antiga civilização.

Os Nefilim apenas muito dificilmente podiam ter ignorado outra necessidade: uma fonte de combustível e energia. Na Terra, o petróleo tem sido uma versátil e abundante fonte de energia, calor e luz e ainda matéria-prima a partir da qual inúmeros bens essenciais são produzidos. Os Nefilim, a julgar pelas práticas e registros sumérios, fizeram uso extensivo do petróleo e seus derivados; é lógico que ao procurar o habitat mais adequado na Terra, os Nefilim preferissem um local rico em petróleo.

Com isto em mente, os Nefilim colocaram, provavelmente, a planície do Indo em último lugar, uma vez que não se trata de uma área onde possa ser encontrado petróleo. O vale do Nilo foi posto em segundo lugar; geologicamente, está situado numa zona principal de rochas sedimentares, mas a área do petróleo só se encontra a alguma distância do vale e requer profunda perfuração. A Terra dos Dois Rios, Mesopotâmia, foi, indubitavelmente, colocada em primeiro lugar. Alguns dos mais ricos campos petrolíferos estendem-se desde a orla do golfo Pérsico até às montanhas onde o Tigre e o Eufrates nascem. E, enquanto na maior parte dos locais se tem de perfurar profundamente para trazer à superfície o petróleo bruto, na antiga Suméria (agora sul do Iraque) os betumes, alcatrões, resinas e asfaltos fervilhavam ou afloravam espontaneamente na superfície.

É interessante que os sumérios tinham nomes para todas as substâncias betuminosas - petróleo, óleo bruto, asfaltos nativos, asfaltos de rocha, alcatrão, asfaltos pirogênicos, mástique, ceras e resinas. Tinham nove nomes diferentes para os vários betumes. Por comparação, a antiga linguagem egípcia tinha apenas dois e o sânscrito apenas três.

O livro do Gênesis descreve o domicilio de Deus na Terra - Éden como um local de clima temperado, ameno e, no entanto, refrescado pela brisa, uma vez que Deus passeava à tarde para aproveitar a refrescante brisa. Era um local de bom solo, oferecendo-se à agricultura e horticultura, especialmente ao cultivo de pomares. O local obtinha suas águas de uma cadeia de quatro rios. "E o nome do terceiro rio [era] Hidekel [Tigre]; é aquele que flui na direção do leste da Assíria; e o quarto era o Eufrates.”

Enquanto as opiniões referentes à identidade dos primeiros dois rios, Fison, ("abundante") e Geon ("que jorra para a frente"), são inconclusivas, não há incertezas no que se refere aos outros, o Tigre e o Eufrates. Alguns estudiosos localizam o Éden na Mesopotâmia do Norte, onde os dois rios e os dois afluentes secundários têm sua origem; outros (tais como E. A. Speiser, in The Rivers of Paradise) [Os Rios do Paraíso] acreditam que as quatro correntes convergiam no topo do golfo Pérsico, e assim o Éden não ficava situado na Mesopotâmia do Norte, mas sim na do Sul.

O nome bíblico de Éden é de origem mesopotâmica, derivando do acádio edinu, significando "planície". Lembramos que o título "divino" dos antigos deuses era DIN.GIR ("os íntegros/justos dos foguetes"). Um nome sumério para o domicílio dos deuses, E.DIN, terá significado "casa dos íntegros", uma descrição adequada.

A escolha da Mesopotâmia como o lar na Terra foi provavelmente motivada por, pelo menos, uma outra importante razão. Embora, a seu devido tempo, os Nefilim tivessem estabelecido um aeroporto espacial em terra seca, algumas provas sugerem que, pelo menos inicialmente, eles aterrissaram chapinhando no mar numa cápsula hermeticamente selada. Se foi este o método de aterrissagem, a Mesopotâmia oferece não um, mas dois mares - o oceano Índico ao sul e o Mediterrâneo a oeste - para que, em caso de emergência, a aterrissagem não dependesse apenas de um único local aquoso.

Como veremos, uma boa baía ou golfo a partir da qual podiam ser iniciadas viagens por mar era também essencial.

Em antigos textos e gravuras, as naves dos Nefilim eram inicialmente chamadas "barcos celestiais". A aterrissagem de tais astronautas "marítimos", podemos imaginar, podia ter sido descrita em antigos contos épicos como o aparecimento de um gênero qualquer de submarino-dos-céus no mar, a partir do qual "homens-peixes" emergiam e vinham à costa.

Na verdade, os textos mencionam que alguns dos AB.GAL que navegaram nas naves espaciais estavam vestidos como peixes. Um texto abordando as divinas viagens de Ishtar cita-a procurando alcançar o "grande gallu" (navegador-chefe) que partira "num barco submerso". Berossus transmitiu lendas referentes a Oannes, o "Sendo Dotado de Razão", um deus que fez seu aparecimento do "mar Eritreu que era limítrofe à Babilônia" no primeiro ano da descida da realeza do céu. Berossus relatou que, embora Oannes parecesse um peixe, tinha uma cabeça humana e pés como um homem sob sua cauda de peixe. "Também sua voz e linguagem eram articuladas e humanas."

Os três historiadores gregos, através dos quais sabemos o que Berossus escreveu, relatavam que tais divinos homens-peixes apareciam periodicamente vindo à costa do "mar Eritreu", a massa de água a que hoje chamamos mar Arábico (a parte ocidental do oceano Índico).

Por que teriam os Nefilim aterrissado chapinhando no oceano Índico, a centenas de quilômetros do seu lugar escolhido na Mesopotâmia, em vez de pararem no golfo Pérsico, que fica muito mais perto desse local? Os antigos relatos confirmam indiretamente nossa conclusão de que as primeiras aterrissagens ocorreram durante o segundo período glacial quando o atual golfo Pérsico não era um mar, mas uma extensão de pântanos e lagos superficiais nos quais era impossível uma aterrissagem aquática.

Descendo no mar Arábico, os primeiros seres inteligentes na Terra fizeram depois seu caminho em direção à Mesopotâmia. Os pântanos estendiam-se mais profundamente para o interior que a atual linha de costa. Aí, nos limites dos pauis, estabeleceram sua primeiríssima colônia em nosso planeta.

A essa colônia chamavam eles E.RI.DU ("casa na lonjura construída"). Como é apropriado o nome!

Até hoje mesmo, o termo persa ordu significa "acampamento". É uma palavra cujo significado tomou raízes em todas as línguas: a terra colonizada chama-se Erde em alemão, Erda no velho alto-alemão, fördh em irlandês, ford em dinamarquês, Airtha em gótico, Ertha no inglês médio; e, voltando atrás geográfica e cronologicamente, "terra" era Aratha ou Ereds em aramaico, Erd ou Ertz em curdo, Eretz em hebraico.

Em Eridu, na Mesopotâmia do Sul, os Nefilim fundaram a Estação Terrestre I, um solitário posto avançado num planeta semi-gelado.

Um posto avançado isolado num planeta estranho A Ásia como seria vista do ar em pleno período glaciar. Um nível do mar mais baixo provocou um recorte litoral diferente do de hoje. O Golfo Pérsico e a Mesopotâmia meridional não passavam de pântanos, lagos e terras barrentas.

............. A linha de costa atual.
Triângulo preto – Presumível redemoinho no Mar Arábico
Quadrado preto – Posição de Eridu, na orla dos pântanos.

Os textos sumérios, confirmados por posteriores traduções acádias, listam as colônias originais ou "cidades" dos Nefilim pela ordem em que foram sendo fundadas. É-nos dito até qual dos deuses foi encarregado de cada uma destas colônias. Um texto sumério, que se acredita ter sido o original das "Barras do Dilúvio" acádias, relata o seguinte a propósito das cinco primeiras sete cidades:


Depois de a realeza ter descido dos céus,
Depois de a exaltada coroa, o
trono da realeza
Ter descido dos céus,
Ele... completou os procedimentos,
Os divinos mandados...
Fundou cinco cidades em locais puros,
Deu-lhes nomes,
Transformou-os em centros.

A primeira destas cidades, ERIDU,
Ele deu a Nudimmud, o chefe,
A segunda, BAD-TIBlRA,
Ele deu a Nugig.
A terceira, LARAK,
Ele deu a Pabilsag.
A quarta, SIPPAR,
Ele deu ao herói Utu.
A quinta, SHURUPPAK,
Ele deu a Sud.

O nome do deus que desceu a realeza dos céus à terra, que planejou a fundação de Eridu e quatro outras cidades e designou seus governadores ou comandantes está, infelizmente, apagado. Todos os textos, no entanto, concordam que o deus que, com dificuldades, passou a vau os pauis até aos seus limites e disse "Aqui ficaremos" era Enki, apelidado "Nudimmud" ("ele que fez coisas") no texto acima transcrito.

Os dois nomes deste deus - EN.KI ("senhor do solo firme") e E.A. ("cuja casa é água") - eram muito apropriados. Eridu, que permaneceu a sede de poder de Enki e seu centro de adoração ao longo de toda a história da Mesopotâmia, estava construída em solo artificialmente elevado acima das águas dos pântanos. As provas estão contidas num texto chamado (por S. N. Kramer) o "Mito de Enki e Eridu":

O senhor das profundezas aquáticas, o rei Enki...
Construiu sua casa...
Em Eridu ele construiu a Casa da Margem da Água...
O rei Enki... construiu uma casa:
Eridu, como uma montanha,
Ele levantou acima do solo;
Num bom local ele a construiu.

Estes e outros textos, em sua maior parte fragmentários, sugerem que uma das primeiras preocupações destes "colonizadores" na Terra tinha a ver com os lagos superficiais e os pântanos aquáticos. "Ele trouxe...; determinou a limpeza dos pequenos rios". O espaço para dragar os leitos e afluentes para permitir um melhor corrimento das águas tinha por intenção drenar os pântanos, obter água potável, mais pura, e adicionar irrigação controlada. A narrativa suméria indica também alguns aterros ou levantamento de diques para proteger as primeiras casas das águas onipresentes.

Um texto chamado pelos eruditos "o mito" de "Enki e a Ordem da Terra" é um dos mais longos e mais bem preservados dos poemas narrativos sumérios até agora desenterrados. Seu texto consiste em cerca de 470 linhas, das quais 375 são perfeitamente legíveis. Seu início (cerca de cinqüenta linhas) está, infelizmente, partido. Os versos que se seguem são dedicados a uma exaltação de Enki e ao estabelecimento de suas relações com a deidade principal Anu (seu pai), Ninti (sua irmã) e Enlil (seu irmão).

Seguindo estas introduções, o próprio Enki "toma o microfone". Por mais fantástico que possa soar, o fato é que o texto inclui um relato na primeira pessoa, pelo próprio Enki, falando de sua aterrissagem na Terra.

Quando eu abordei a Terra,
Havia muita inundação.
Quando me aproximei de seus verdes prados,
Morros e
montes acumularam-se
A uma ordem minha.
Eu construí minha casa num puro local...
Minha casa

Sua sombra alonga-se por sobre o Pântano da serpente...
Os peixes de água doce agitam aí suas caudas
Por entre os pequenos juncos de gizi.

O poema passa depois a descrever e registrar, na terceira pessoa, as  realizações de Enki. Aqui estão alguns versos selecionados:

Ele assinalou o pântano,
Colocou nele carpas e... - peixe;
Ele marcou as canas do bosque,
Colocou nele... - juncos e canas verdes
Enbilulu, o inspetor de canais,
Ele colocou no cargo dos pântanos.

Ele que colocou redes para que nenhum peixe escapasse,
De cuja armadilha nenhum... escapa,
De cujo laço nenhum pássaro foge,
...O filho de... um deus que ama peixe
Enki colocou no cargo dos peixes e pássaros.

Enkimdu, o da vala e do dique.
Enki colocou no cargo da vala e do dique.

Ele cujo... molde dirige,
Kulla, o fabricante de tijolo da terra,
Enki colocou no cargo do molde e do tijolo.

O poema lista outras realizações de Enki, incluindo a purificação das águas do rio Tigre e a junção (por meio de um canal) do Tigre e do Eufrates. Sua casa, perto da margem da água, ficava junto do cais no qual jangadas de juncos e barcos podiam ser ancorados e do qual podiam partir e navegar. Muito apropriadamente, a casa chamava-se E.ABZU ("casa do Abismo"). O sagrado recinto de Enki em Eridu foi conhecido por este nome durante milênios depois.

Não há dúvida de que Enki e sua equipe de aterrissagem exploraram as terras à volta de Eridu, mas Enki parece ter preferido viajar pela água. O pântano, dizia ele num dos textos, "é meu ponto favorito; ele estende para mim seus braços". Noutros textos, Enki descreveu a navegação por entre os pântanos em seu barco, chamado MA.GUR (literalmente, "barco para voltear"), nomeadamente, um barco de recreio. Ele diz como os homens da tripulação "moviam os remos em uníssono", como eles costumavam "cantar doces melodias, fazendo o rio rejubilar". Nessas alturas, confessou ele, "canções sagradas e encantamentos enchiam minhas Aquáticas Profundezas". Até um detalhe tão mínimo como o nome do capitão do barco de Enki é registrado.

As listas de reis sumérios indicam que Enki e seu primeiro grupo de Nefilim permaneceram sozinhos na Terra durante bastante tempo: oito shar's decorreram (28.800 anos) até que o segundo-comandante ou "chefe de colônia" fosse nomeado.

É lançada uma interessante luz sobre o assunto quando examinamos as provas astronômicas. Os estudiosos ficam estupefatos com a aparente “confusão" suméria no que toca a qualquer uma das doze casas zodiacais que está associada com Enki. O signo do peixe-cabra, que representa a constelação Capricórnio, estava aparentemente associado com Enki (e pode, de fato, explicar o epíteto do descobridor de Eridu, A.LULIM, que talvez significasse "carneiro das fulgentes águas"). Ainda assim, Ea/Enki era freqüentemente descrito segurando vasos de águas correntes - o original Portador de Água, ou Aquário; e ele era certamente o deus dos peixes e assim associado ao signo Peixes.

Os astrônomos encontram muitas dificuldades para esclarecer como é que os antigos contempladores de estrelas realmente viam num grupo de estrelas os contornos de, digamos, peixes ou de um aquário. A resposta que vem à mente é que os signos do zodíaco não foram nomeados segundo a forma do grupo
de estrelas, mas de acordo com o epíteto ou atividade principal de um deus primariamente associado com a época em que o equinócio vernal estava naquela específica casa zodiacal.

Se Enki pousou na Terra - como acreditamos - no início da Idade de Peixes, ele presenciou um desvio precessional para Aquário e permaneceu durante um Grande Ano (25.920 anos) até que começou uma Idade de Capricórnio, uma vez que ele esteve verdadeiramente no comando solitário da Terra durante os supostos 28.800 anos.

A passagem do tempo relatada confirma também nossa anterior conclusão de que os Nefilim chegaram à Terra no meio de uma idade de gelo. O difícil trabalho de levantar diques e cavar canais começou quando as condições climáticas eram ainda rigorosas. Mas, depois de passados uns poucos shar's de sua aterrissagem, o período glacial deu lugar a um clima mais quente e com mais chuvas (há cerca de 430.000 anos). Foi então que os Nefilim decidiram mudar-se avançando para o interior e expandindo suas colônias.

Convenientemente, os anunnaki (os Nefilim de baixa condição) chamaram ao segundo-comandante de Eridu "A.LAL.GAR" ("ele que é tempo de chuva trouxe descanso").

Mas enquanto Enki experimentava as agruras do pioneirismo na Terra, Anu e seu outro filho Enlil vigiavam do Décimo Segundo Planeta os desenvolvimentos de nosso planeta. Os textos mesopotâmicos deixam bem claro que aquele que estava realmente encarregado da missão na Terra era Enlil, e, mal foi decretada a decisão de prosseguir com a missão, o próprio Enlil desceu à Terra. Para ele foi construída uma colônia especial ou base chamada Larsa por EN.KI.DU.NU ("Enki escava fundo"). Quando Enlil tomou pessoalmente conta do local, ele foi apelidado ALIM ("carneiro"), coincidindo com a "idade" da constelação zodiacal de Áries.


A fundação de Larsa iniciou uma nova fase na colonização da Terra pelos Nefilim. Ela assinalou a decisão de prosseguir com as tarefas para as quais fora destacado para a Terra, tarefas essas que requeriam o envio para a Terra de mais "força humana", ferramentas e equipamento e o regresso de valiosas mercadorias para o Décimo Segundo Planeta.

Aterrissagens no mar deixaram de ser adequadas para estes pesados carregamentos. As mudanças climáticas tornaram o interior da região mais acessível - era tempo de deslocar o local de aterrissagem para o centro da Mesopotâmia. Neste momento crítico, Enlil veio à Terra e procedeu de Larsa ao estabelecimento de "Controle Central da Missão" - um sofisticado posto de comando a partir do qual os Nefilim na Terra podiam coordenar viagens espaciais para e de seu planeta natal, guiar os pousos das naves que iam e vinham e aperfeiçoar as decolagens e entradas com a nave espacial orbitando a Terra.

O local que Enlil selecionou para este fim, conhecido durante milênios por Nippur, era por eles chamado NIBRU.KI ("travessia da Terra"). (Lembramos que o local celeste em que o Décimo Segundo Planeta passa mais perto da Terra era chamado "Local Celeste da Travessia"). Aí Enlil estabeleceu o DUR.AN.KI, o "elo céu-terra".

A tarefa era compreensivelmente complexa e absorvedora de tempo. Enlil ficou em Larsa durante 6 shar's (21.600 anos) enquanto Nippur estava em construção. O empreendimento de Nippur era também longo, como o evidenciam as alcunhas zodiacais de Enlil. Tendo feito o paralelo com Carneiro (Áries) enquanto esteve em Larsa, ele foi subseqüentemente associado ao Touro. Nippur foi fundada na "idade" de Touro.

Um poema de devoção composto como um "Hino a Enlil, o Todo-- Beneficente", ao glorioso Enlil, à sua consorte Ninlil, à sua cidade Nippur e à sua "suprema casa", à E.KUR, diz-nos muito acerca de Nippur. Em primeiro lugar, Enlil tinha à sua disposição alguns instrumentos altamente sofisticados: um "'olho' erguido que esquadrinha a terra" e um "feixe erguido que pesquisa o coração de toda a terra". Nippur, diz-nos o poema, estava protegida por medonhas árvores: "Sua vista inspira pavoroso medo, terror"; "do seu exterior, nenhum poderoso deus pode se aproximar". Seu "braço" era "uma ampla rede" e no seu núcleo agachava-se um "pássaro que marcha rápido", um "pássaro" a cuja "mão" os mesquinhos e os maus não podem escapar. Seria o local protegido por alguma espécie de raio mortífero, por um campo de poder eletrônico? Haveria em seu centro um estrado para helicóptero, um "pássaro" tão veloz que ninguém podia ficar fora de seu alcance?

No centro de Nippur, no alto de uma plataforma elevada artificialmente, ficavam os aposentos e um quartel-general de Enlil, o KI.UR ("local da raiz da Terra"), onde o "elo entre céus e terra" se ergue. Este era o centro de comunicações do Controle da Missão, o local a partir do qual os Anunnaki na Terra se comunicavam com seus camaradas, os IGI.GI ("eles que voltam e vêem") na nave espacial que ficava orbitando.

Neste centro, continua o texto a dizer, havia um "alto pilar dirigido às alturas, alcançando o céu". Este "pilar" extremamente alto, firmemente plantado no solo "como uma plataforma que não pode ser contornada", era usado por Enlil para "pronunciar sua palavra" para os céus. Esta é uma descrição simples de uma torre de radiodifusão. Logo que a "palavra de Enlil" - a sua ordem - "se aproximava dos céus, a abundância escorria para a Terra". Que maneira simples de descrever o fluxo de matérias, comidas especiais, medicamentos e ferramentas trazidos para baixo pela missão vai vém, logo que soava a "palavra" de Nippur!

Este Centro de Controle numa plataforma erguida, a "suprema casa" de Enlil, continha uma misteriosa câmara chamada DIR.GA:

Tão misteriosa como as distantes águas,
Como o celestial zênite.
Entre os seus... emblemas,
Os emblemas das estrelas.
O
ME leva-a à perfeição.
Suas palavras são para emissão...
Suas palavras são graciosos oráculos.

Que era esta dirga? Fraturas na antiga barra furtaram-nos o conhecimento de mais dados; mas o nome fala por si próprio, uma vez que significa "a câmara escura semelhante a uma coroa", um local onde eram guardados quadros de estrelas, onde eram feitas previsões, onde os ME (as comunicações dos astronautas) eram recebidos e transmitidos. A descrição faz-nos lembrar o Controle de Missões Espaciais, e em Houston, no Texas, orientando os astronautas em suas missões à Lua, amplificando suas comunicações, traçando seus cursos de encontro ao céu estrelado, dando-lhes "graciosos oráculos" de orientação.

Podemos relembrar aqui o conto do deus Zu, que fez seu caminho até o santuário de Enlil e surripiou a Barra dos Destinos, após o que "suspensa estava a emissão de ordens... a santificada câmara interior perdeu seu fulgor... a quietude se espalhou... o silêncio prevaleceu".

Na "Epopéia da Criação", os "destinos" dos deuses planetários eram suas órbitas. É compreensível imaginarmos que a Barra dos Destinos, tão vital às funções de Enlil no "Centro de Controle da Missão", também controlava as órbitas e rotas de vôo das naves espaciais que mantinham o "elo" entre o céu e a terra. Ela bem pode ter sido a indispensável "caixa-preta" contendo os programas de computador que guiavam as naves espaciais, sem os quais o contato entre os Nefilim na Terra e sua ligação com o planeta natal era interrompido.

Muitos estudiosos tomam o nome de EN.LIL para dizer "senhor do vento", o que se ajusta à teoria de que os antigos "personificavam" os elementos da natureza e, deste modo, encarregavam um deus de tomar conta dos ventos e tempestades. Ainda assim, alguns estudiosos já sugeriram que, nesta circunstância, o termo LIL significa não um tempestuoso vento da natureza, mas o "vento" que sai da boca, uma elocução, uma ordem, uma comunicação falada. Uma vez mais, os arcaicos pictogramas sumérios para o termo EN - especialmente como são aplicados a Enlil - e para o termo LIL lançaram luz sobre o assunto. Pelo que vemos, é uma estrutura com uma alta torre de antenas projetando-se dela, assim como uma engenhoca que lembra bastante as gigantescas cadeias de radares hoje erigidas para capturar e emitir sinais, a "ampla rede" descrita nos textos.

Em Bad-Tibira, estabelecida como um centro industrial, Enlil instalou seu filho Nannar/Sin no comando; os textos falam dele na lista de cidades como NU.GIG ("ele do céu noturno"). Aí, acreditamos, nasceram os gêmeos Inanna/Ishtar e Utu/Shamash, acontecimento assinalado pela associação de seu pai Nannar com a constelação zodiacal seguinte, os Gêmeos. Como deus especializado em foguetes, a Shamash foi associada a constelação GIR (significando tanto "foguete" e "garra do caranguejo" ou Câncer), seguida por Ishtar e pelo Leão, sobre o dorso do qual ela era tradicionalmente representada.

A irmã de Enlil e Enki, "a enfermeira" Ninhursag (SUD), não foi negligenciada; a seu cargo, Enlil colocou Shuruppak, o centro médico dos Nefilim - acontecimento assinalado pela designação de sua constelação "A Donzela" (Virgem).

Enquanto estes centros eram fundados, o acabamento de Nippur foi seguido pela construção do aeroporto espacial dos Nefilim sobre a Terra. Os textos tornam claro que Nippur era o local em que as "palavras" ordens - eram pronunciadas: aí, quando "Enlil ordenou: 'Para o céu!'... aquele que cintila sempre elevou-se como um foguete dos céus". Mas a própria ação teve lugar "onde Shamash se ergue", e aquele local - o "cabo Kennedy" dos Nefilim - era Sippar, a cidade a cargo do chefe das águias, onde foguetes de múltiplos estágios eram levantados do interior deste especial enclave, o "sagrado recinto".

Quando Shamash amadureceu para tomar o comando dos foguetes faiscantes, e a seu tempo também para se tornar o Deus da Justiça, a ele foram atribuídas as constelações Escorpião e Libra (a Balança).

Completando a lista das primeiras sete cidades dos deuses e a correspondência com as doze constelações zodiacais veio Larak, onde Enlil colocou seu filho Ninurta no comando. As listas da cidade chamam-lhe
PA.BIL.SAG ("grande protetor"), o mesmo nome pelo qual é chamada a constelação Sagitário.

Seria pouco realista supor que as primeiras sete cidades dos deuses foram fundadas por acaso. Estes "deuses", capazes de realizar viagens espaciais, localizaram as primeiras colônias de acordo com um plano definido, servindo uma necessidade vital: tornar possível pousar na Terra e deixar a Terra para seu próprio planeta.

Qual era este plano-mestre?

Quando procuramos uma resposta, nos perguntamos: qual é a origem do símbolo astronômico e astrológico da Terra, um círculo bisseccionado por uma cruz de ângulos retos, o símbolo que usamos para significar "alvo"?

O símbolo remonta às origens da astronomia e da astrologia na Suméria I e é idêntico ao hieróglifo egípcio para "local".

Será isso coincidência ou significativa evidência? Teriam os Nefilim pousado na Terra sobrepondo em sua imagem ou mapa alguma espécie de "alvo"?

Os Nefilim eram estranhos à Terra. Quando do espaço esquadrinhavam sua superfície, devem ter prestado especial atenção às montanhas e cadeias montanhosas. Elas podiam representar incidentes inesperados por ocasião das aterrissagens e das decolagens, mas podiam também servir de marcos no terreno para a navegação.

Se os Nefilim, quando pairavam sobre o oceano Índico, olharam na direção da Terra Entre-os-Rios, que escolheram para suas primeiras tentativas de colonização, um marco de terreno lhes deve ter, indiscutivelmente, aparecido: o monte Ararat.

Como maciço vulcânico extinto, o Ararat domina o planalto armênio onde hoje se encontram as fronteiras da Turquia, Irã e Armênia Soviética. Ele se ergue nos lados oriental e setentrional acerca de 900 metros acima do nível do mar, e, no lado noroeste, a 1.500 metros. Todo o maciço tem cerca de 40km de diâmetro, um imponente cume salientando-se da superfície da terra.

Outras características o tornam proeminente não apenas no horizonte, mas também de cima, visto dos céus. Primeiro, está localizado entre dois lagos, o Van e o Se-Van. Segundo, dois picos se erguem do alto maciço: o Pequeno Ararat (3.900m) e o Grande Ararat (5.195m). Nenhuma outra montanha rivaliza com as solitárias alturas dos dois picos, que estão permanentemente cobertos de gelo. São como dois brilhantes faróis entre os dois lagos que, durante o dia, agem como refletores gigantes.

Temos razões para crer que os Nefilim selecionaram seu local de pouso coordenando um meridiano norte-sul com um iniludível marco de terreno e uma conveniente localização de raios. Ao norte da Mesopotâmia, o facilmente identificável Ararat com seus picos gêmeos devia ter sido o marco óbvio de terreno. Um meridiano desenhado através do centro do Ararat de picos gêmeos dividia ao meio o Eufrates. Esse era o alvo, o local escolhido para o aeroporto espacial.

Seria um local apropriado para aterrissagens e decolagens?

A resposta é sim. O local escolhido fica num plano; as cadeias de montanhas que rodeiam a Mesopotâmia se encontram a uma distância razoável. As mais altas (para leste, nordeste e norte) não atrapalhariam o pouso daquela espécie de ônibus espacial que vinha de sudeste.

Seria um local acessível? Astronautas e materiais poderiam ser trazidos até ali sem muita difIculdade?

De novo, a resposta é sim. O local podia ser atingido por terra e, via rio Eufrates, por missões aquáticas.

E mais uma pergunta decisiva: haveria por ali uma fonte de energia, de combustível para a força e a luz? A resposta é um enfático sim. A curva do rio Eufrates, onde seria fundada Sippar, era, na Antiguidade, uma das mais ricas fontes em betumes de superfície, produtos petrolíferos que vertem de poços naturais e podiam ser reconhecidos da superfície sem nenhuma escavação ou perfuração a grandes profundidades.

Podemos imaginar Enlil, rodeado por seus oficiais no posto de comando da missão espacial, desenhando a cruz dentro de um círculo no mapa.

"Como vamos chamar a este local?", pode ter perguntado.

"Por que não Sippar?", alguém devia ter sugerido.

Nas línguas do Oriente Médio, o nome significava "pássaro". Sippar era o local onde as Águias viriam fazer ninho.

Como pousariam os ônibus espaciais em Sippar?

Podemos visualizar um dos navegadores espaciais apontando a melhor rota: à esquerda, eles tinham o Eufrates e o planalto montanhoso a oeste deste; à direita, o Tigre e a cadeia Zagros a leste deste. Se a nave devia aproximar-se de Sippar ao ângulo relativamente simples de 45° em relação ao meridiano de Ararat, seu caminho leva-la-ia seguramente entre estas duas zonas acidentadas. Além disso, entrando na Terra com tal ângulo, a nave atravessaria ao sul por sobre a orla rochosa da Arábia em alta altitude e começaria seu pouso por sobre as águas do golfo Pérsico. Indo e vindo, a missão teria um campo de visão e comunicação desobstruído com o Controle da Missão em Nippur.

O oficial de Enlil faria então um rápido esboço - um triângulo com águas e montanhas nos lados, apontando com uma seta na direção de Sippar. Um "X" assinalaria Nippur, no centro.

Por mais incrível que possa parecer, este esboço não foi feito por nós; o desenho estava delineado num objeto de cerâmica desenterrado em Susa, num estrado datado de cerca do ano 3.200 a. C. Ele dá a idéia do planisfério que descrevia a rota de vôo e os procedimentos, baseados em segmentos de 45°.

O estabelecimento de colônias na Terra pelos Nefilim não constituiu uma tentativa a esmo. Todas as alternativas foram estudadas, todas as soluções avaliadas, todos os acasos levados em conta; além disso, o próprio plano de colonização foi cuidadosamente esquematizado para que cada local se adequasse à forma final, cujo objetivo era esboçar o caminho de aterrissagem para Sippar.

Ninguém antes tentou reconhecer um plano-mestre nas dispersas colônias sumérias. Mas, se olharmos para as primeiras sete cidades fundadas, descobrimos que Bad-Tibira, Shuruppak e Nippur ficam situadas numa linha que corre precisamente a um ângulo de 45° do meridiano de Ararat, e essa linha atravessava o meridiano exatamente em Sippar! As outras duas cidades cujas localizações são conhecidas, Eridu e Larsa, ficam também situadas numa outra linha reta que atravessa a primeira e o meridiano de Ararat também em Sippar.

Orientando-nos pelo antigo esboço que faz de Nippur o centro de um círculo, e desenhando circunferências concêntricas a Nippur através das várias cidades, descobrimos que outra antiga cidade suméria, Lagash, estava localizada exatamente num destes círculos - numa linha eqüidistante desde a linha de 45°, como a reta Eridu-Larsa-Sippar. A localização de Lagash reflete a de Larsa.

Embora o local de LA.RA.AK ("vendo brilhante halo") permaneça desconhecido, o lugar lógico para ela seria no ponto 5, uma vez que lá situava-se a Cidade dos Deuses, completando o anel de cidades na rota central do vôo em intervalos de seis bem: Bad-Tibira, Shuruppak, Nippur, Larak, Sippar.


1. Eridu
2.
Larsa
3.
Nippur
4.
Bad-Tibira
5.
Larak
6.
Sippar
7.
Shuruppak
8.
Lagash

As duas linhas de fora, flanqueando a linha central que passa por Nippur, ficam a em cada lado dela, atuando como delimitadores sudoeste e nordeste da rota central de vôo. Apropriadamente, o nome LA.AR.SA significava "vendo a luz vermelha"; e LA.AG.ASH significava "vendo o halo em seis". As cidades ao longo de cada linha estavam, na verdade, a seis bem (aproximadamente 60km) de distância umas das outras.

Este, acreditamos, era o plano-mestre dos Nefilim. Tendo escolhido a melhor localização para seu aeroporto espacial (Sippar), fundaram as outras colônias de uma forma que delineia a rota de vôo vital para eles. No centro, colocaram. Nippur, onde se localizava o "elo céu-terra".

Nem as cidades originais dos deuses nem seus vestígios poderão ser vistos de novo pelo homem - tudo isso foi destruído pelo dilúvio; que mais tarde assolou a terra. Mas podemos saber muito deles, porque era sagrado dever dos reis da Mesopotâmia reconstruir continuamente os recintos sagrados exatamente no mesmo ponto e de acordo com os planos originais. Os reconstrutores enfatizam sua escrupulosa fidelidade aos planos originais nas inscrições de consagração como nesta (descoberta por Layard), que afirma:

O eterno plano de base,
Aquele que para o futuro
A construção determinou
[Eu segui
].
É aquele que suporta
Os desenhos dos vetustos tempos

E a escritura dos céus superiores
Cidades de acordo com a função
O
Aeroporto espacial.
Controle de missão
O Esboço do corredor de vôo

Se Lagash, como nós sugerimos, era uma das cidades que servia de farol de aterrissagem, então grande parte da informação fornecida por Gudea no 3º. milênio a.C. passa a fazer sentido. Ele escreveu que, quando Ninurta lhe deu instruções para reconstruir o sagrado recinto, um deus acompanhante forneceu-lhe os planos arquitetônicos (esboçados numa barra de pedra) e uma deusa (que "viajara entre o céu e a terra" na sua "câmara") mostrou-lhe um mapa celestial e deu-lhe instruções sobre os alinhamentos astronômicos da estrutura.

Além do "pássaro preto divino", foram instalados no recinto sagrado o "terrível olho" do deus ("o grande feixe de luz que submete o mundo ao seu poder") e o "controlador do mundo" (cujo som podia "reverberar por todos os lados"). Finalmente, quando a estrutura ficou pronta, o "emblema de Utu" foi erguido sobre ela, de frente "para o local de levantamento de Utu", em direção ao aeroporto espacial de Sippar. Todos estes objetos luminosos eram importantes para as operações no aeroporto espacial, uma vez que o próprio

Utu "apareceu alegremente" para inspecionar as instalações acabadas.

Remotas descrições sumérias mostram freqüentemente estruturas sólidas, construídas em tempos primevos de juncos e madeira, situadas em campos por entre o gado que pastava. A suposição corrente de que estas estruturas seriam estábulos para gado é contestada pelos pilares que, invariavelmente, são mostrados projetando-se dos telhados de tais estruturas.

O objetivo do pilar, como se pode ver, era suportar um ou mais pares de "anéis", cuja função não é mencionada. Embora estas estruturas fossem erigidas nos campos, devemos perguntar-nos se elas foram construídas para abrigar gado. Os pictogramas sumérios expressam a palavra DUR ou TUR significando ("residência", "local de reunião") por meio de desenhos que, indubitavelmente, representam as mesmas estruturas mostradas já nos selos cilíndricos; mas estes tornam claro que o principal modelo da estrutura não eram os "chapéus' " mas a torre das antenas. Pilares similares com "anéis" foram colocados também nas entradas dos templos, nos limites dos recintos sagrados dos deuses, e não apenas no exterior, no campo.

Seriam estes objetos antenas ligadas a equipamento de radiodifusão? Seriam os pares de anéis radares emissores, colocados nos campos para guiar os ônibus espaciais que chegavam? Os pilares semelhantes a olhos seriam aparelhos de perscrutação, os "olhos-que-tudo-vêem" dos deuses, dos quais muitos textos falavam?

Sabemos que o equipamento ao qual estavam ligados estes vários aparelhos era portátil, uma vez que os selos sumérios representam "objetos divinos" semelhantes a caixas, sendo transportados por barco ou instalados em animais, que carregavam os objetos mais para o interior depois de os barcos terem atracado.

Quando vemos o aspecto dessas "caixas-pretas", vêem-nos à mente a imagem da Arca da Aliança construída por Moisés sob as instruções de Deus. O cofre teria de ser feito de madeira, coberto de ouro tanto por dentro como por fora - as duas superfícies condutoras de eletricidade eram isoladas pela madeira entre elas. Um kapporeth, também feito de ouro, teria de ser colocado sobre o cofre e segurado por dois querubins moldados em ouro sólido. A natureza do kapporeth (significando, especulam os estudiosos, "cobrindo") não é clara, mas este versículo do livro do Êxodo sugere seu fim: "E eu me dirigirei a ti de sobre o Kapporeth, de entre os dois Querubins".

A conclusão de que a Arca da Aliança era fundamentalmente uma caixa de comunicações operada eletricamente é corroborada pelas instruções referentes ao modo de carregá-la. Ela devia ser transportada por meio de bastões de madeira passados através de quatro argolas de ouro. Ninguém devia tocar no próprio cofre, e, quando um israelita o fez, ele foi instantaneamente morto, como que por uma carga elétrica de alta-voltagem.

Este equipamento aparentemente sobrenatural, que tornava possível comunicar com uma deidade embora essa deidade estivesse fisicamente num outro local, tornou-se objeto de veneração, "símbolo sagrado do culto". Os templos em Lagash, Ur, Mari e outros antigos locais incluíam entre os objetos de devoção "ídolos de olho". O exemplo mais proeminente foi encontrado num "templo de olho" em Tell Brak, no noroeste da Mesopotâmia. Este templo do 4º. milênio era assim chamado não só porque foram desenterradas centenas de símbolos “olho", mas principalmente porque o interior do lugar sagrado do templo tinha apenas um altar, no qual estava exposto, numa enorme pedra, um símbolo de "olho duplo".

Com toda a certeza, este era uma simulação do atual objeto divino, o "terrível olho" de Ninurta, ou o que estava no Centro de Controle da Missão de Enlil em Nippur, sobre o qual o antigo escriba relatou: "Seu Olho erguido perscruta a Terra... Seu Feixe erguido pesquisa a Terra".

O planalto sem relevos da Mesopotâmia necessitava, ao que parece, da elevação artificial de plataformas nas quais o equipamento relacionado com o espaço teria de ser colocado. Textos e representações pictóricas não deixam dúvidas de que as estruturas abrangem desde as mais remotas cabanas de campo até as posteriores plataformas de andares, alcançáveis por lances de escadas e rampas que conduzem de um andar mais baixo e largo até um patamar superior mais estreito, e assim por diante. No topo do zigurate era construída uma verdadeira residência para os deuses, rodeada por um pátio plano emparedado para abrigar o "pássaro" e as "armas". Um zigurate retratado num selo cilíndrico não só mostra a costumeira construção patamar sobre-patamar, como também duas "antenas de anel", cuja altura parece equivaler a três andares.

Marduk afirmou que o zigurate e o complexo do templo em Babilônia (o E.SAG.IL) foram construídos sob suas próprias instruções, de acordo também com a "escritura dos céus superiores". Uma barra (conhecida por Barra de Smith, de acordo com o nome de seu decifrador) analisada por André Parrot (Zigurates e a Torre de Babel) demonstrou que o zigurate de sete andares era um quadrado perfeito mas com o primeiro andar ou base tendo lados de 15 gar cada um. Cada andar sucessivo era menor em área e em altura, exceto o último patamar (a residência do deus), que tinha uma maior altura. A altura total, todavia, era de novo igual a 15 gar, e assim a estrutura inteira não só era um perfeito quadrado, como também um perfeito cubo.

O gar empregado nestas medições era equivalente a 12 pequenos cúbitos - aproximadamente 6m. Dois estudiosos, H. G. Wood e L. C. Stecchini, mostraram que a base sexagesimal suméria, o no. 60, determinava todas as medições primárias dos zigurates mesopotâmicos. Assim, cada lado media 3 por 60 cúbitos em sua base e o total era de 60 gar.

Qual o fator que determinou a altura de cada patamar? Stecchini descobriu que, se multiplicasse a altura do primeiro andar (5.5 gar) por cúbitos quadrados, o resultado seria 33, ou seja, a latitude aproximada da Babilônia (32,5° N.). Calculando de modo similar, o segundo andar elevava o ângulo de observação para 51°, e cada um dos quatro andares seguintes erguia esse ângulo em 6°. O sétimo andar ficava, deste modo, no topo de uma plataforma erguida a 75° acima do horizonte à latitude geográfica da Babilônia. Este patamar final acrescentava 15°, permitindo ao observador erguer os olhos em linha reta, a um ângulo de 90°. Stecchini concluiu que cada patamar atuava como um patamar de observatório astronômico, com uma elevação predeterminada relativa ao arco do céu.

Claro que pode ter havido outras razões "ocultas" nestas medições. Enquanto a elevação de 33° não era muito exata para a Babilônia, era precisa para Sippar. Haveria relação entre a elevação de 6° em cada um dos quatro andares e as distâncias de 6 beru entre as cidades dos deuses? Estariam os sete andares relacionados de algum modo com a localização das primeiras sete colônias, ou com a posição da Terra como o sétimo planeta?

G. Martiny (Astronomisches zur babylonischen Turm) [O Astronômico para a Torre Babilônica] mostrou que estes padrões do zigurate tomavam-no adequado às observações celestes e que o andar mais elevado do Esagila estava voltado na direção do planeta Shupa (que identificamos como Plutão) e a constelação Áries.

Mas teriam os zigurates sido erguidos unicamente para observar as estrelas e os planetas, ou será que tinham também a finalidade de servir as missões espaciais dos Nefilim? Todos os zigurates estavam orientados de modo que seus cantos apontassem exatamente o norte, o sul, o leste e o oeste. Como resultado, seus lados corriam precisamente em ângulos de 45° em relação às quatro direções cardeais. Isto significava que um ônibus espacial estranho podia seguir certos lados do zigurate para pousar exatamente ao longo da rota de vôo, e chegar a Sippar sem dificuldade!

O nome acádio/babilônico para estas estruturas, zukiratu, conotava "tubo de espírito divino". Os sumérios chamavam ESH aos zigurates; o termo designava "supremo" ou "mais alto", o que de fato estas estruturas eram.

Podia também denotar uma entidade numérica relacionada com o aspecto de "medição" dos zigurates. E significava ainda "uma fonte de calor" ("fogo" em acádio e hebreu).

Até os estudiosos que abordaram o assunto sem nossa interpretação “espacial" não puderam fugir à conclusão de que os zigurates tinham outra finalidade além de fazer da residência de deus um edifício "construído alto".

Samuel N. Kramer resumiu o consenso escolástico: "O zigurate, a torre de andares, que se tornou a marca do contraste da arquitetura de templos da Mesopotâmia... tinha por intenção servir de elo de ligação, tanto real como simbólico, entre os deuses no céu e os mortais na terra.”

Nós mostramos, todavia, que a verdadeira função destas estruturas era pôr em contato os deuses no céu com os deuses - não os mortais - na Terra.


*

Fonte: O 12º. PLANETA - Zecharia Sitchin 

Tradução de ANA PAULA CUNHA

DOWNLoad: http://www.hlage.com.br/E-Books-Livros-PPS/O_12-Planeta_Livro_Zecharia%20Sitchin-1976.pdf

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