Este ensaio foi escrito por Flávio Tobler que é membro da UPUPI, fazendo uma revisão geral da ufologia nos dias de hoje - como se algo estivesse errado e está andando com as pernas bamba a tempo. Pois sabemos que nada é como era antes.
Já que o assunto virou terreno de muita gente desqualificada, sem noção e acostumada a ser piadistas com este estudo tão sério, em que alguns só querem caçoar. O que é diferente da clássica ufologia - onde os investigadores tem uma vontade maior na esfera de atuação: agindo com a mente focada na busca (ufológica) para leva-la aos que querem conhecer a verdade...
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Crédito da ilustração: www.fenomenum.com.br |
A contemporaneidade é, pois, uma relação singular com o próprio tempo, que adere a este e, ao mesmo tempo, toma distância dele. Mais exatamente, é “essa relação com o tempo que adere a este, por meio de uma defasagem e de um anacronismo”.
Os que coincidem de um modo excessivamente absoluto com a época, que concordam perfeitamente com ela, não são contemporâneos, porque, justamente por essa razão, não conseguem vê-la, não podem manter seu olhar fixo nela (Giorgio Agamben, 2009). Refletindo um pouco sobre a própria ufologia na atualidade, sinto-me impelido a decorrer nas linhas subsequentes pontos reflexivos que deram origem a certos questionamentos.
O processo das manifestações ufológica, evoluiu desde os primeiros relatos oficiais até a atualidade. Se forem observados, parece indicar mudanças significativas. Antigamente as ocorrências eram seguida de certas “ousadias” destes supostos engenhos. Pousos, perseguições a populares por longo tempo em uma região e outras atividades que deixavam moradores assustados com estas incursões. A medida que a humanidade atingiu significativas mudanças na forma de pensar, sendo esclarecida em muitos temas, avanços tecnológicos, acesso a câmeras fotográficas e filmadoras, houve um distanciamento nestas aparições. Não que tenham desaparecido. Pelo contrário, aumentaram do ponto de vista estatístico. Pois com a globalização, o local se tornou global e vice-versa. O que me refiro, é relativo aos avistamentos, Impondo quase que um limite entre o observador e o fato observado.
Em regiões interioranas existem ocorrências muito próximas. Na maioria dos casos, é como se soubessem da precária condição para o registro. Restando apenas o relato verbal da testemunha. Podemos analisar também pela mudança de mentalidade, que é adquirida pelas informações repassadas na mídia em geral. Onde muitos fatos que tinham aparência ufológica, tiveram outras vertentes de esclarecimentos. Mas também pode ocorrer um outro lado da questão. Onde pessoas simples, sinceras, são influenciadas pelos vídeos,depoimentos e reportagens sobre essa temática. Incorporando gradativamente uma “mentalidade criativa” sobre as manifestações. Ao que tudo indica, a escalada da ufologia no mundo é seguida por três níveis de observação.
A evolução nas manifestações, a mudança de mentalidade da populações e adulteramento nos depoimentos. O relato de uma pessoa com bom nível de cultura pode conter maiores detalhes da observação, mais a narração de um humilde caboclo livre dos fatos da mídia, contém uma “pureza” de detalhes, sensações essenciais para credibilidade numa investigação. Como vemos, é sempre necessário buscar essas vertentes para a pesquisa e aprofundamento do assunto. Hoje, principalmente nas grandes cidades, no acesso a internet, somos bombardeados por falsas impressões, relatos, vídeos e tudo que pode aumentar o questionamento para a veracidade dos fatos. São muitas as informações que se misturam com o próprio imaginário das populações. Com o tempo, o real e o fantasioso se entrelaçam, dificultando a sua separação. Caminho cada vez mais “espinhoso” e movediço.
Um fato que chama atenção, e hoje é motivo de piada, críticas e muitas fraudes, são os chamados círculos em plantações. Existe até sites que ensinam como produzir o seu “próprio círculo”. Mas não quero entrar nesta questão. Se fôssemos investigar com profundidade, certamente a maioria estariam ligados a grupos ou seitas ufológicas com desvio de conduta ou fanatismo. Mas prefiro analisar pela possibilidade de serem reais estas ocorrências. Que finalidade mais bizarra para uma “civilização avançada”!. Que ótica estariam tendo estes supostos seres de nossa humanidade?. Seria necessário usar a linguagem dos símbolos, desenhos para nos comunicar!. Aqui na terra os homens das cavernas utilizavam as pinturas rupestres para expressar suas fantasias, ações de rotina, cultos etc.
Diante de tamanhos recursos de comunicação, estariam “eles” nos primórdios da evolução de linguagem. Mesmo que já tenham abandonado a forma verbal de comunicação, outros meios seriam mais interessantes. Na atualidade até um mudo e surdo consegue falar através de simuladores eletrônicos ou programa de computador. Acredito que um “Picasso intergaláctico” usaria meios mais modernos para expressar sua arte, mesmo dispondo de uma tecnológica totalmente antagônica a nossa da atualidade. Fatos estes que merecem razões para questionar.
Exite também algo que me incomoda a um certo tempo. Talvez muitos pesquisadores se deixaram embalar pelos vídeos e relatos inusitados que foram mostrados ao longo das décadas. Onde objetos luminosos exibem verdadeiros “show pirotécnico”. Luzes piscantes, seqüenciais,alternadas, indicando ser mais um efeito de impressão do que evolução. Se muitos alegam a procedência destes engenhos serem de origem não terrestre, haveria sentido em tamanho efeito de manifestação. Sabemos que as cores exercem certos efeitos no corpo (cromoterapia), e muita dessas supostas “naves” parecem mais um brinquedo para impressionar crianças do que tecnologia de fato. Na natureza, é fato comprovado que muitos animais, insetos e aves utilizam-se das cores como efeito de atração e estratégia de ataque e conquista. Mas acho que não somos vistos como animais ou outra coisa qualquer. Será!?
È até compreensivo que em certos relatos, as testemunhas alegam terem visto procedimentos semelhantes a uma aeronave convencional (luzes piscarem). Talvez com o objetivo de confundir o observador. Também fato aceitável são outras mais intensas que na maioria dos casos aparecem em forma de cone projetado sobre a pessoa. Algumas com efeito de paralisia ou outra coisa qualquer.
Acredito que esse é um ponto importante para questionamento. Será que nossos filmes de ficção influenciaram esses supostos engenhos, ou vice-versa? Ou será que nossos desejos íntimos de um contato padrão foram descobertos por tais objetos?. O certo é que as cores estão presentes em nossas vidas. A casa, o carro dos sonhos, as roupas, objetos pessoais etc. Talvez o próximo recurso utilizado por esses engenhos sejam a tonalidade de sua estrutura, vencendo a aparência metálica cinza-prateado por uma cor chamativa. Só que levaremos um certo tempo para descobrir se era um desejo da coletividade planetária ou algo a ser projetado em nossa futura (sub) consciência. Assim como o arco-iris espera pela chuva leve ou garoa para projetar-se em suas cores distintas, será necessário aguardar o momento certo para decompor as facetas de uma possível e aguardada verdade.
- Por Flávio Tobler
Logo abaixo, segue com outro artigo interessante da revista UFO: Questões e meditações comuns da Ufologia contemporânea - Ainda estamos com mais perguntas do que respostas sobre a notória presença alienígena na Terra:
O que é ser contemporrâneo? - Christine Gruwez: Esta instigante pergunta enseja muitas e diferentes respostas. Contudo, a verdadeira integração do indivíduo na contemporaneidade não significa apenas desfrutar da evolução tecnológica, cultivar necessidades de consumo ou atentar ao desenvolvimento científico. Ser contemporâneo implica numa consciente compreensão do próprio papel, aqui e agora, num mundo em constante efervescência política, econômica e sociocultural. Assumir inequívoca e segura presença nesse mundo conturbado é o que se propõe aqui, com base num verdadeiro autodesenvolvimento interior.
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