A pré-história brasileira como no resto mundo, é escondida; sufocada para não derrubar os parâmetros estabelecidos a sociedade. Há fortes evidências: se refere a etapa da História do Brasil que se inicia com o primeiro povoamento do território.
Atualmente compreendido pelas fronteiras do Estado Nacional brasileiro (iniciado, acredita - se hoje, há 60 000 anos), e termina no ano de 1500, canonicamente estabelecido como o “descobrimento do Brasil”.
Existem diversos problemas relativos a essa periodização convencional e aos nomes com os quais ela opera. Em primeiro lugar, Pré-História é um termo combatido hoje em dia pelos acadêmicos, pois parte de uma noção eurocêntrica de mundo, na qual os povos sem escrita seriam povos sem história (o prefixo “pré” traduz a ideia de anterioridade, ou seja, a Pré-História seria o período “Anterior à História”).
No Brasil, essa situação é ainda mais grave, uma vez que a História é normalmente vinculada à chegada do colonizador europeu, desta forma ignorando que os indígenas tivessem uma história própria - wikipedia.
Veja:
Atualmente, a teoria mais aceita sobre a conquista do território americano diz que o primeiro homem a descobriu há 14 mil anos, aproveitando a queda do nível do mar durante a Era Glacial. Entretanto, outros estudos demonstram evidências da presença humana no território, atualmente brasileiro, 36 mil anos antes.
A reserva natural
Parque Serra das Capivaras, no estado do
Piauí, guarda o que para muitos arqueólogos representa uma das chaves para a compreensão da história do homem na América.
Durante a década de 70, uma equipe de cientistas, sob a direção da arqueóloga brasileira Neide Guidon, começou a fazer escavações ao longo dos 100 mil hectares na região desértica do sertão, declarada pela UNESCO como Patrimônio Natural da Humanidade em 1991.
Ali, registraram o encontro de pinturas rupestres com ilustração de animais, cenas de caça, corpos celestes, guerras e até mesmo ilustrações de sexo, entre objetos de cerâmica e pedras entalhadas.
Além disto, encontraram restos humanos com idade estimada de 12 mil anos, segundo análise de laboratórios europeus e norte-americanos.
Outra descoberta surpreendente foram os restos de fogueiras feitas há mais de 50 mil anos, fato que confronta a Teoria de Clóvis, que mantém que os primeiros habitantes do continente americano procediam da Sibéria e haviam alcançado a
América através do
Estreito de Bering.
Os restos arqueológicos encontrados no
Brasil se somam às evidências encontradas na Argentina e no Chile, onde os vestígios da cultura humana remontam a 12 mil e 33 mil anos, respectivamente.
Segundo especialistas, muitos interesses giram em torno da hipótese que aponta a chegada do homem na América pelo norte do continente. A fim de contribuir com dados que favoreçam o debate, a UNESCO, em colaboração com a União Européia, organizou uma serie de conferencias durante os meses de outubro e novembro em
Brasília.
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