A percepção dos olhos humanos nos impede de observamos a realidade no brilho dos objetos celestes - aparentado outra forma: devido as células sensíveis que existem; e nos faz enxegar uma distorção que aumenta o tamanho do alvo em foco.
Quando observado a olho nu, Vênus aparenta ter uma “coroa radiante” que a faz parecer oito a dez vezes maior do que Júpiter.
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Vênus, acima, e Júpiter, abaixo, aparecem na noite de Londres, na Inglaterra. Foto: Getty Images |
O planeta Vênus está mais próximo da Terra do que Júpiter e brilha mais forte que o astro gasoso durante a noite. Entretanto, este fato, por si só, não explica todo o seu destaque no céu.
Há uma razão perfeitamente plausível para entendermos como os olhos percebem a luz em comparação com a realidade óptica de um telescópio, de acordo com o jornal The Independent.
Quando observado a olho nu, Vênus aparenta ter uma “
coroa radiante” que a faz parecer oito a dez vezes maior do que Júpiter.
O astrônomo italiano Galileu Galilei foi o primeiro a perceber que esta “coroa” estaria relacionada à percepção humana ou, como ele descreveu, um “impedimento dos olhos”, a qual seria eliminada pelos telescópios.
Mas, para ele, este impedimento seria uma interferência no modo como as luzes das estrelas são processadas pelo olho humano.
Entretanto, cientistas agora mostram que este efeito é causado pela forma como células sensíveis à luz nos olhos respondem às imagens de intensidades diferentes em um cenário escuro. Vênus aparece maior porque sua imagem é exagerada pelo centro visual do cérebro. Assim, é criada uma “coroa radiante” mais resplandecente que de Júpiter, segundo o estudo publicado pela National Academy of Sciences.
Eles acreditam que o efeito influencia o modo como enxergamos porque a retina humana e o cérebro estão sintonizados para responder aos contrastes de objetos de luz contra um fundo escuro.
“Galileu foi o primeiro a afirmar que nosso olho distorcia a realidade. Ele conseguia ver que Vênus parecia ser muito maior que Júpiter quando visto a olho nu - e que o oposto seria verdadeiro quando visto através de um telescópio”, disse Jose-Manuel Alonso, da New York College of Optometry.
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