baseados na Bíblia.
Mas, de fato, as informações encerradas nos textos sumérios, e apenas essas informações, podem garantir tanto a teoria da evolução, como a veracidade do conto bíblico e mostrar ainda que não há, realmente, nenhum conflito entre as duas.
Os textos sumérios declaram que, quando os Nefilim vieram pela primeira vez à Terra, as artes de cultivo de cereal, de plantação de fruta e de criação de gado ainda não estavam estabelecidas. O relato bíblico coloca, similarmente, a criação do homem no sexto "dia" ou fase do processo evolucionário. O livro do Gênesis, do mesmo modo, faz constar que num prévio estágio evolucionário:
Todos os textos sumérios indicam que os deuses criaram o homem para fazer o trabalho que era deles. A Epopéia da Criação usa palavras proferidas por Marduk para dar a explicação:
Os próprios termos pelos quais os sumérios ou acádios chamavam o "homem" revela-nos seu status e finalidade: ele era um lulu ("primitivo"), um lulu amelu ("trabalhador primitivo"), um awilum ("labutador"). A idéia de o homem ter sido criado para ser um servo dos deuses não chocou em nada os povos antigos, como sendo uma idéia peculiar. Nos tempos bíblicos, a deidade era "senhor", "soberano", "rei", "governante", "dono". O termo normalmente traduzido como "adoração" era, de fato, avod ("trabalho"). O homem antigo e bíblico não "adorava" seu deus - trabalhava para ele.
Mal a divindade bíblica, tal como os deuses dos contos sumérios, acabara de criar o homem, logo essa mesma divindade plantou um jardim e designou o homem para ali trabalhar:
Mais adiante, a Bíblia descreve a Deidade "passeando no jardim à brisa do dia", agora que o novo ser criado estava lá para velar pelo Jardim do Éden. A que distância está esta versão dos já citados textos sumérios que descrevem como os deuses exigiam trabalhadores para que eles pudessem descansar e distrair-se?
Nas versões sumérias, a decisão de criar o homem foi adotada pelos deuses em assembléia. Significativamente, o livro do Gênesis, que pressupostamente exalta as realizações de uma única deidade, usa o plural Elohim (literalmente, "deidades") para denotar "deus", e relata uma espantosa observação:
Façamos o homem à nossa imagem,
E semelhança.
A quem se endereçava a única mas plural deidade e quem eram os "nós" a cuja imagem plural e semelhança plural o homem iria ser feito? O livro do Gênesis não nos fornece a resposta. Depois, quando Adão e Eva comeram o fruto da Árvore da Sabedoria, Elohim emitiu um aviso aos mesmos colegas anônimos: "Observem, o homem tornou-se um de nós, para conhecer o bem e o mal".
Uma vez que a história bíblica da criação, como os outros contos dos primórdios no Gênesis, deriva de raízes sumérias, a resposta é óbvia. Concentrando a multitude de deuses numa só divindade, o conto bíblico não é senão uma versão editada dos relatos sumérios das discussões na assembléia dos deuses.
O Antigo Testamento envidou os melhores esforços para deixar bem claro que o homem nem era um deus nem viera dos céus. "Os céus são os céus do Senhor, ao gênero humano Ele deu a terra." O novo ser foi chamado "o Adão" porque ele fora criado do adama, o sol da terra. Ele era, por outras palavras, o "terráqueo".
À exceção de certo "conhecimento" e de um divino "período de vida", o Adão foi, em todos os outros aspectos, criado à imagem (selem) e semelhança (dmut) do(s) seu(s) criador(es). O uso de ambos os termos nos textos foi propositado para que não restassem dúvidas de que o homem era semelhante ao(s) deus(es) tanto física, como emocionalmente, quer externa, quer internamente.
Em todas as antigas representações pictóricas de deuses e homens é patente esta semelhança física. Embora a admoestação bíblica contra a adoração de imagens pagãs tenha dado origem à noção de que o Deus hebreu não tinha nem imagem nem semelhança, o livro do Gênesis e com ele outros relatos bíblicos atestam o contrário. O Deus dos antigos hebreus devia ser visto face a face, podia-se brigar com ele, ouvi-lo e falar-lhe; tinha cabeça e pés, mãos, dedos e cintura. O Deus bíblico e seus emissários assemelhavam-se a homens e agiam como homens, porque os homens foram criados para se assemelharem com os deuses e como eles agirem.
Mas nesta grande simplicidade reside um grande mistério. Como podia uma nova criatura ser uma virtual réplica física, mental e emocional dos Nefilim? Na verdade, como fora criado o homem?
O mundo ocidental está desde há muito aferrado à noção de que, criado deliberadamente, o homem foi posto sobre a Terra para a submeter e ter domínio sobre todas as outras criaturas. Então, em novembro de 1859, um naturalista inglês de nome Charles Darwin publicou um tratado chamado On the Origin of Species by Means of Natural Setection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life [Sobre a Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural, ou a Preservação das Raças Favorecidas na Luta pela Vida]. Resumindo quase trinta anos de pesquisas, o livro juntava aos pensamentos anteriores sobre a evolução natural o conceito de seleção natural como conseqüência da luta de todas as espécies, tanto da vida vegetal, como da vida animal, pela existência.
O mundo cristão já fora ameaçado em seus alicerces quando, a partir de 1788, notáveis geólogos começaram a exprimir sua crença na grande antiguidade da Terra, muito, muito superior aos aproximados 5.500 anos do calendário hebraico. Nem o conceito de evolução era tão exclusivo como o fato de os estudiosos anteriores terem notado tal processo, e de os eruditos gregos do longínquo século 4 a.C. terem compilado dados sobre a evolução da vida animal e vegetal.
A bomba destruidora de Darwin foi a conclusão de que todas as coisas vivas - incluindo o homem - eram produtos da evolução. O homem, contrariamente à crença até então assumida, não fora gerado espontaneamente.
A reação inicial da Igreja foi violenta. Mas, à medida que vieram à luz os fatos científicos referentes à verdadeira idade da Terra, à genética da evolução e outros estudos biológicos e antropológicos, a disposição crítica da Igreja foi-se alterando. Pareceu, por fim, que as próprias palavras do Antigo
Testamento fizeram a versão do Antigo Testamento indefensável; por que, como poderia um Deus, que não tem um corpo físico e que está universalmente só, dizer, "Façamos o homem à nossa imagem e à nossa semelhança"?
Mas, verdadeiramente, seremos nós nada mais que "macacos nus"? Está o macaco apenas a uma razoável distância evolucionária do homem, e é das árvores o animal um humano que apenas terá ainda de perder a cauda e adquirir a posição vertical?
Como mostramos logo no início deste livro, os cientistas modernos chegaram a questionar as teorias simplistas. A evolução pode explicar o curso geral dos acontecimentos que causaram o desenvolvimento da vida e das formas de vida na Terra, desde a mais simples criatura unicelular até o homem. Mas a evolução não pode explicar o aparecimento do Homo sapiens, que ocorreu (virtualmente) do dia para a noite em relação aos milhões de anos que a evolução requer, e sem provas dos estágios anteriores que indicariam uma mudança gradual desde o Homo erectus.
O hominídeo do gene Homo é um produto da evolução. Mas o Homo sapiens é o produto de um súbito e revolucionário acontecimento. Ele apareceu inexplicavelmente há cerca de 300.000 anos, milhões de anos antes da época provável.
Os estudiosos não têm explicação para este fato. Mas nós temos. Os textos sumérios e babilônicos têm-na. O Antigo Testamento também.
O Homo sapiens, o homem moderno, foi realizado pelos antigos deuses.
Felizmente, os textos mesopotâmicos fornecem uma clara afirmação referente ao tempo em que o homem foi criado. A história do trabalho e conseqüente motim dos Anunnaki informa-nos que “durante 40 períodos eles suportaram o trabalho dia e noite"; os longos anos de sua árdua tarefa eram dramatizados pelos versos repetitivos.
O antigo texto usa o termo ma para denotar "período", e muitos estudiosos traduziram-no como "ano". Mas o termo tinha a conotação de "algo que se completa a si próprio e depois se repete". Para os homens na Terra, um ano equivale a uma órbita completa da Terra à volta do Sol. Como já mostramos, a órbita do planeta dos Nefilim equivalia a um shar, ou 3.600 anos terrestres.
Quarenta shars, ou 144.000 anos terrestres, depois de terem aterrissado na Terra, os Anunnaki protestaram, "Basta!". Se os Nefilim aterrissaram, como concluímos, há cerca de 450.000 anos, então a criação do homem teve lugar há 300.000 anos!
Os Nefilim não criaram os mamíferos, nem os primatas, nem os hominídeos. "O Adão" da Bíblia não era o gene Homo, mas o ser que é nosso antecessor, o primeiro Homo sapiens. Foi o homem moderno tal como o conhecemos que os Nefilim criaram.
A chave para a compreensão deste fato crucial reside no conto de um sonolento Enki, despertado para ser informado de que os deuses decidiram formar um adamu e que era sua tarefa encontrar os meios para tal. Ele replicou:
E ajuntou em seguida: "Apliquem sobre ela", sobre a criatura já existente, "a imagem dos deuses".
Aqui está, então, a resposta para o quebra-cabeça. Os Nefilim não "criaram" o homem do nada; pelo contrário, tomaram uma criatura já existente e manipularam-na, para "aplicar sobre ela" a "imagem dos deuses" .
O homem é o produto da evolução; mas o homem moderno, Homo sapiens, é o produto dos "deuses", uma vez que, em algum lugar há cerca de 300.000 anos, os Nefilim tornaram um homem-macaco (Homo erectus) e implantaram nele sua própria imagem e semelhança.
A evolução e os contos do Oriente Médio sobre a criação do homem não estão de modo algum em conflito. Muito pelo contrário, explicam-se e completam-se mutuamente. Porque, sem a criatividade dos Nefilim, o homem moderno estaria ainda a milhões de anos de distância da sua atual posição na árvore da evolução.
Transportemo-nos até o passado e tentemos visualizar as circunstâncias e os acontecimentos tal como eles se desenrolaram.
O grande estágio interglacial, que começou há cerca de 435.000 anos, e seu ameno clima desencadearam uma proliferação de comida e animais. Esse fato acelerou também o aparecimento e a expansão de um avançado macaco semelhante ao homem, o Homo erectus.
Quando os Nefilim os observaram, viram não só os mamíferos predominantes, mas também os primatas e, entre eles, os macacos semelhantes a homens. Não é possível que os bandos deambulantes de Homo
erectus tenham se aproximado para ver os objetos faiscantes levantando-se para o céu? Não é possível que os Nefilim tenham observado, encontrado e mesmo capturado alguns destes interessantes primatas?
Vários textos antigos atestam que os Nefilim e os macacos semelhantes a homens se encontraram realmente. Um conto sumério abordando os tempos primordiais afirma:
Tal ser "humano" de comportamento animal é também descrito na "Epopéia de Gilgamesh". Aquele texto conta o que Enkidu, o "nascido nas estepes", era antes de se tornar civilizado:
O texto acádio não descreve só o homem-animal. Descreve também um encontro com tal ser:
Porque a dor entrara em sua barriga.
Houve mais que um mero temor depois de o caçador ter observado o "selvagem", este "bárbaro companheiro das profundidades da estepe", uma vez que este "selvagem" interferiu com os objetivos do caçador:
Não podemos pedir melhor descrição de um macaco-homem: cabeludo, hirsuto, um nômade errante que "não conhece nem povo nem terra", vestido de folhas, "como um dos verdes campos", alimentando-se de relva e vivendo entre os animais. Ainda assim ele não estava privado de uma substancial inteligência, uma vez que sabe como reduzir a pedaços as armadilhas e encher os fossos escavados para apanhar os animais. Por outras palavras, protegia seus amigos animais de serem apanhados pelos caçadores estranhos.
Muitos selos cilíndricos foram encontrados descrevendo este hirsuto macacohomem entre seus amigos animais.
Depois, enfrentando a necessidade de mão-de-obra, resolvidos a conseguir um trabalhador primitivo, os Nefilim descobriram uma solução pronta para ser usada: - domesticar um animal adequado.
O "animal" estava à disposição, mas o Homo erectus apresentou um problema. Por um lado, era demasiado inteligente e selvagem para se tornar simplesmente um dócil animal de trabalho. Por outro lado, não era realmente adequado para a tarefa. Sua estrutura física precisava ser mudada: ele tinha de se tornar capaz de segurar e usar as ferramentas dos Nefilim, andar e inclinar-se como eles para que pudesse substituir os deuses nos campos e nas minas. Precisava de um "cérebro" melhor, não como o dos deuses, mas um suficientemente desenvolvido para compreender a fala, as ordens e as tarefas a ele atribuídas. Ele precisava de suficiente inteligência e compreensão para se tornar um obediente e útil amelu, um servo.
Se, tal como o confirmam as antigas provas e a moderna ciência, a vida na Terra germinou da vida do Décimo Segundo Planeta, então a evolução na Terra devia ter prosseguido como prosseguiu no Décimo Segundo Planeta. Indubitavelmente, houve mutações, variações, acelerações e retardamentos causados por diferentes condições locais, mas os mesmos códigos genéticos, a mesma "química da vida" encontrada em todas as plantas e animais vivos na Terra deveriam ter guiado também o desenvolvimento das formas de vida na Terra na mesma direção geral seguida no Décimo Segundo Planeta.
Observando as várias formas de vida na Terra, os Nefilim e seu cientista chefe, Ea, precisaram de pouco tempo para compreender aquilo que se passara. Durante a colisão celeste, seu planeta semeara a Terra com sua vida. Assim sendo, o ser que estava à disposição era realmente semelhante aos Nefilim, embora numa forma menos evoluída.
Um processo gradual de domesticação através de gerações de reprodução e seleção não serviria. Era necessário um processo rápido, algo que permitisse a "produção em massa" dos novos trabalhadores. Assim se colocou o problema a Ea, que viu a resposta de imediato: "imprimir" a imagem dos deuses no ser que já tinha existência.
O processo que Ea recomendou para alcançar um rápido avanço evolucionário do Homo erectus foi, acreditamos nós, a manipulação genética.
Sabemos agora que o complexo processo biológico no qual um organismo vivo se reproduz, criando prole que se assemelha a seus progenitores, tornase possível pelo código genético. Todos os organismos vivos - um verme, um feto, ou o homem - contêm nos cromossomos celulares corpos diminutos em forma de bastão, que guardam todas as instruções hereditárias para esse organismo particular. Quando a célula masculina (pólen, esperma) fertiliza a célula feminina, os dois conjuntos de cromossomos combinam-se e depois dividem-se para formar novas células que mantêm as completas características hereditárias das células de seus pais.
A inseminação artificial de um óvulo humano feminino é agora possível. O verdadeiro desafio reside no cruzamento entre diferentes famílias dentro da mesma espécie ou entre diferentes espécies. A ciência moderna percorreu um longo caminho desde o desenvolvimento dos primeiros cereais híbridos, do
acasalamento de cães do Alasca com lobos, ou da "criação" da mula (o acasalamento artificial de uma égua com um burro), à capacidade de manipular a própria reprodução do homem.
Um processo chamado "reprodução assexuada" (cloning, em inglês, da palavra grega klon - "rebento") aplica aos animais o mesmo princípio que o do corte de uma planta para a reprodução de centenas de plantas similares. A técnica aplicada a animais foi primeiramente demonstrada na Inglaterra, onde o dr. John Gurdon substituiu os núcleos de um ovo fertilizado de sapo pelo material nuclear de outra célula do mesmo sapo. A formação bem-sucedida de sapinhos normais demonstrou que o ovo continuou a desenvolver, subdividir e criar prole não importa de onde tivesse obtido o conjunto correto de cromossomos harmônicos.
Experiências relatadas pelo Instituto da Sociedade, Ética e Ciências da Vida em Hastings-on-Hudson mostram que existem já técnicas para reprodução assexuada de seres humanos. É agora possível tomar o material nuclear de qualquer célula humana (não necessariamente dos órgãos sexuais) e, pela introdução de seus 23 conjuntos de cromossomos completos no óvulo feminino, chegar à concepção e nascimento de um indivíduo "pré-determinado". Na concepção normal, os conjuntos de cromossomos "pai" e "mãe" emergem e depois têm de se dividir para permanecerem em 23 pares de cromossomos, levando a combinações de acaso. Mas na reprodução assexuada os rebentos são uma réplica exata da fonte do conjunto intacto de cromossomos. Possuímos já, escreveu o dr. W. Gaylin no The New York Times, o "formidável conhecimento para fazer cópias exatas de seres humanos", um número sem limite de Hitlers, Mozarts ou Einteins (se tivéssemos preservado seus núcleos celulares).
Mas a arte da engenharia genética não se limita a um único processo.
Pesquisadores em muitos países aperfeiçoaram um processo chamado “fusão de células", que torna possível fundir células em vez de combinar cromossomos dentro de uma única célula. Como resultado de tal processo, células de diferentes fontes podem ser fundidas numa única "super-célula", tendo em seu interior dois núcleos e um conjunto duplo dos cromossomos emparelhados. Quando esta célula se divide, a mistura de núcleos e cromossomos pode dividir-se num padrão diferente daquele de cada célula antes da fusão. Como resultado podem surgir duas células novas, cada uma geneticamente completa, mas cada qual com um conjunto completamente novo de códigos genéticos, totalmente adulterado no que se refere às células dos antecessores.
Isto significa que células de organismos até aqui incompatíveis - digamos, de uma galinha e de um rato - podem ser fundidas para formar novas células com misturas genéticas completamente novas, que produzem novos animais que não são nem galinhas nem ratos, tal como nós os conhecemos. Posteriormente aprimorado, o processo pode também permitir-nos selecionar quais traços de uma forma de vida devem ser comunicados à célula combinada ou "fundida".
Isto levou ao desenvolvimento do largo campo do "transplante genético". É agora possível colher de certa bactéria um único gene numa célula animal ou humana, fornecendo à prole daí derivada uma característica adicional.
Devíamos julgar que os Nefilim - sendo capazes de viagens espaciais há 450.000 anos - eram também igualmente avançados, tendo-nos por comparação, no campo das ciências da vida. Devíamos julgar também que eles tinham consciência das várias alternativas pelas quais dois conjuntos de cromossomos pré-selecionados podiam ser combinados para obter um resultado genético predeterminado, e que, se o processo era semelhante à reprodução assexuada, à fusão de células, ao transplante genético ou aos métodos até agora desconhecidos para nós, eles conheciam estes processos e podiam realizá-los não só em frascos de laboratório, mas também com organismos vivos.
Encontramos uma referência a uma mistura de duas fontes-de-vida nos textos antigos. De acordo com Berossus, a deidade Belus ("senhor") também chamado Deus - produziu vários "seres hediondos, que foram produzidos de um princípio duplo":
Podiam ser vistas outras figuras humanas com as pernas e os chifres dos bodes.
Foram preservados esboços de todos eles no templo de Belus, na Babilônia.
Algumas destas criaturas artificiais podem ter sobrevivido por um momento, mas foram certamente incapazes de se reproduzir. Os enigmáticos homens-touro e homens-leão (esfinges) que adornam os locais dos templos no antigo Oriente Médio podem não ter sido apenas ficções da imaginação de um artista, mas criaturas reais que saíram dos laboratórios biológicos dos Nefilim - experiências malsucedidas comemoradas na arte e em estátuas.
Com este produto final, os Nefilim eram geneticamente compatíveis com as filhas do homem e capazes de casar com elas e delas ter filhos. Mas esta compatibilidade apenas podia existir se o homem se tivesse desenvolvido a partir da mesma "semente de vida" que os Nefilim. Isto, de fato, é o que os antigos textos atestam.
O homem, no conceito mesopotâmico, assim como no bíblico, foi feito de uma mistura de um elemento divino - um sangue de deus ou sua “essência" - e o "barro" da terra. De fato, o próprio termo lulu para "homem", enquanto convenção do sentido de "primitivo", significava literalmente "um que foi misturado". Convocada para idealizar um homem, a deusa-mãe “lavou as mãos, cortou a argila com a ponta dos dedos, misturou-a na estepe". (É fascinante notar aqui as precauções sanitárias tomadas pela deusa. Ela "lavou as mãos". Encontramos também estas medidas clínicas e tais procedimentos noutros textos da criação.)
O uso da "argila" terrena misturada com o "sangue" divino para criar o protótipo do homem é firmemente declarado pelos textos mesopotâmicos.
Que darão ao barro as condições corretas.
O capítulo II do Gênesis oferece esta versão técnica:
Do barro do solo;
E Ele soprou em suas narinas o hálito da vida,
E o Adão tornou-se uma alma viva.
O Antigo Testamento oferece outra pista que sugere o papel do sangue na criação do homem. O termo adama (segundo o qual foi cunhado o nome Adão) significava originalmente não apenas qualquer terra ou solo, mas muito especificamente o solo vermelho-escuro. Tal como a palavra acádia paralela adamatu ("terra vermelho-escura"), o termo hebraico adama e o nome hebraico para a cor vermelha (adom) derivam das palavras para sangue: adamu, dam. Quando o livro do Gênesis dá nome ao ser criado por Deus - "o Adão" -, emprega um jogo lingüístico de significados duplos predileto dos sumérios. "O Adão" podia significar "aquele que é da Terra" (terráqueo), "aquele feito de solo vermelho-escuro" e "o feito de sangue".
A mesma relação entre o elemento essencial das criaturas novas e o sangue está patente nas narrações mesopotâmicas da criação do homem. A casa, semelhante a um hospital, para onde Ea e a deusa-mãe se dirigiram para produzir o homem chamava-se Casa de Shimti. Muitos estudiosos traduzem como "a casa onde são determinados os destinos". Mas o termo shimti deriva, sem dúvida e claramente, do termo sumério SHI.IM.TI, que, tomado sílaba por sílaba, significa "alento-vento-vida". Bit shimti significava, literalmente, "a casa onde o vento da vida é soprado". Isto é virtualmente idêntico à declaração bíblica.
Na verdade, a palavra acádia usada na Mesopotâmia para traduzir o sumério SHI.IM.TI era napishtu - o paralelo exato para o termo bíblico nephesh. E nephesh ou napishtu era "alguma coisa" no sangue.
Quando os deuses decidiram criar o homem, seu chefe anunciou: "Sangue eu juntarei, trarei ossos à vida". "Que os primitivos sejam criados segundo seu padrão", disse Ea, sugerindo que o sangue devia ser tirado de um deus específico. Selecionando o deus:
Enquanto a Deusa do Nascimento está presente,
Que a Deusa do Nascimento crie a prole.
Enquanto a mãe dos deuses está presente,
Que a Deusa do Nascimento crie um Lulu;
Que o trabalhador suporte a fadiga dos deuses.
Que ela crie um Lulu Amelu,
Que ele suporte o jugo.
Aquela que pode criar o gênero humano.
Cria então Lulu, que ele suporte o jugo!
Ea não teve nenhum problema em perceber o que eram esses materiais. Aceitando, ele disse:
Para modelar um homem a partir da argila misturada foi também necessária assistência feminina, a gravidez e certas fases de gestação. Enki ofereceu os serviços de sua própria esposa:
Ninki, minha deusa-esposa,
Será quem terá o trabalho.
Sete deusas do nascimento
Estarão perto para lhe assistir.
Ninki fixará sobre ele a imagem de deus;
E o que ele será é “homem”
O sensato de Eridu, Ea,
Criou-o como um modelo de homens.
Parece que o envolvimento da esposa de Enki no processo de criação de Adapa, o "modelo Adão", criou alguma relação genealógica entre o novo homem e seu deus. Era Ninki quem estava grávida de Adapa!
Ninti abençoou o novo ser e apresentou-o a Ea. Alguns selos mostram uma deusa, flanqueada pela Árvore da Vida e frascos de laboratório, segurando um ser que acabou de nascer.
De acordo com o capítulo I do Gênesis:
O capítulo V, que é chamado o livro das Genealogias de Adão, declara que:
No dia em que Elohim criou Adão,
À semelhança de Elohim
Ele o fez. Masculino e feminino
Ele os criou.
E Ele abençoou-os, e chamou-os “Adão"
No próprio dia de sua criação.
Depois do Adapa/Adão ter provado ser a criatura certa, ele foi usado como modelo genético ou "molde" para a criação de duplicatas, e essas duplicatas não eram só masculinas, como também femininas. Como mostramos anteriormente, a "costela" a partir da qual a mulher foi criada constitui um jogo de palavras com o sumério TI ("costela" e "vida"), confirmando que Eva foi feita da "essência vital" de Adão.
Os textos mesopotâmicos fornecem-nos um relato de testemunha ocular da primeira produção das duplicatas de Adão.
"As sensatas e ensinadas, duas-vezes-sete deusas de nascimento tinham-se reunido", continua o texto a explicar. Em seus ventres a deusa-mãe depositou o "barro misturado". Há insinuações de um processo cirúrgico - a retirada ou o corte do cabelo -, da disponibilidade de um instrumento, um cortador.
Ela cobriu a cabeça, fez o trabalho de parteira.
Ela cingiu a cintura, pronunciou a bênção.
Ela desenhou uma forma; no molde havia vida.
O drama da criação do homem, parece, foi composto por um nascimento tardio. A "mistura" de "barro" e "sangue" foi usada para induzir gravidez em catorze deusas do nascimento. Mas nove meses passaram e começou o décimo mês. "O período de abertura do ventre decorrera." Compreendendo o que era necessário, a deusa-mãe "fez o trabalho de parteira". Um texto paralelo (a despeito de sua fragmentação) revela que ela se envolveu numa espécie de operação cirúrgica:
Ninti... conta os meses...
O destinado décimo mês elas chamam;
A senhora cuja mão abre veio.
Com ela... ela abriu o ventre.
Sua face brilhava de alegria.
Sua cabeça estava coberta;
...Fez uma abertura;
O que estava no ventre veio à luz.
Exultando de alegria, a deusa-mãe deixou escapar um grito.
O texto "Quando os deuses como homens" contém uma passagem cujo fim era explicar por que o "sangue" de um deus tinha de ser misturado ao "barro". O elemento "divino" requerido não era simplesmente o gotejante sangue de um deus, mas algo mais básico e duradouro. O deus selecionado, dizem-nos, tinha TE.E.MA, um termo que as grandes autoridades no texto (W. G. Lambert e A. R. Millard, da Universidade de Oxford) traduzem como "personalidade". Mas o termo antigo é muito mais específico. Ele significa literalmente “aquilo que abriga aquilo que liga a memória". Mais adiante, o mesmo termo aparece na versão acádia como etemu, que é traduzido como "espírito".
Em qualquer das circunstâncias, nós estamos tratando daquela "alguma coisa" no sangue do deus que era o repositório de sua individualidade. Todas estas, estamos certos, são apenas formas de rodeios para afirmar que o que Ea procurava, quando submeteu o sangue do deus a uma série de "banhos purificadores", era o gene do deus.
O propósito da mistura deste elemento divino, integralmente, com o elemento terreno foi também lido em voz alta:
A "Epopéia de Gilgamesh" relata que, quando os deuses decidiram criar uma duplicata para o parcialmente divino Gilgamesh, a deusa-mãe misturou "barro" com a "essência" do deus Ninurta. Mais adiante no texto, a poderosa força de Enkidu é atribuída ao fato de ele ter em si "a essência de Anu", um elemento que adquirira através de Ninurta, o neto de Anu.
Regressamos a um simples e único vocábulo de tradução: gene.
Afirmando repetidamente que a deidade criara Adão à sua imagem e semelhança, o livro do Gênesis descreve mais tarde o nascimento do filho de Adão, Seth, com as seguintes palavras:
E teve um rebento
À sua semelhança e imagem;
E seu nome foi Seth.
Se o "barro" no qual foi misturado o elemento divino era um elemento terreno, como insistem todos os textos, então a única conclusão possível é que o esperma masculino de um deus - seu material genético - foi inserido dentro do óvulo de uma macaca-mulher.
O termo acádio para "barro", ou antes, "barro moldável", é tit. Mas a sua articulação original era TI.IT ("aquilo que está com vida"). Em hebraico, tit significa "lama"; mas seu sinônimo é bos, que partilha uma raiz com bisa ("pântano") e besa ("ovo").
O óvulo de um Homo erectus fêmea, fertilizado pelos genes de um deus, foi então implantado no interior do ventre da esposa de Ea; e, depois de ser obtido o "modelo", duplicatas dele foram implantadas nos ventres das deusas do nascimento, para sofrerem o processo de gravidez e nascimento.
As sensatas e ensinadas,
Duplas-sete deusas do nascimento reuniram-se;
Sete deram à luz machos, Sete deram à luz fêmeas.
O vento do hálito da vida.
Em pares eles foram contemplados,
Em pares eles foram completados na presença dela.
As criaturas eram povo -
Criaturas da deusa-mãe.
O Homo sapiens fora criado.
Estabelecendo paralelo com Adapa, o "modelo" do homem, alguns textos mencionam "sagrada Amama, a mulher da terra", cujo domicílio era no Apsu.
No texto da "Criação do Homem", Enki emite as seguintes instruções para a deusa-mãe: "Mistura a um âmago o barro do alicerce da Terra, logo abaixo do Abzu". Um hino às criações de Ea, que "criou o Apsu como seu domicílio", começa afirmando:
Cortou um pedaço de barro,
Criou Kulla para restaurar os templos.
O hino continua a listar os especialistas de construção, assim como aqueles encarregados dos "abundantes produtos da montanha e do mar" que foram criados por Ea - todos eles, inferimos nós, a partir de pedaços de "barro" cortados no Abzu, a Terra das Minas no Mundo Inferior.
Os textos tornam absolutamente claro que, enquanto Ea construiu uma casa de tijolos à beira da água em Eridu, no Abzu ele construiu uma casa adornada com pedras preciosas e prata. Foi lá que sua criatura, o homem, teve origem:
Construiu sua casa de prata e lápis-lazúli;
Sua prata e lápis-lazúli, como cintilante luz,
O pai adequadamente criou no AB.ZU.
As criaturas de brilhante semblante,
Avançando do AB.ZU,
Perfilavam todas à volta do Senhor Nudimmud.
Procurando restabelecer a "ordem normal", Enlil empreendeu a drástica ação de cortar os contatos entre "céu" (o Décimo Segundo Planeta ou as naves espaciais) e a terra e lançou uma ação drástica contra o local "onde a carne germinava rápido".
Fez com que acontecesse aquilo que é apropriado.
O Senhor Enlil,
Cujas decisões são inalteráveis,
Correu verdadeiramente para separar os céus da terra.
Para que os criados pudessem avançar;Verdadeiramente ele correu para separar a terra dos céus.
No “elo céus-terra" ele deu uma cutilada,
Para que os criados pudessem subir
Do Lugar-Onde-a-Carne-Germinava-Rápido.
Contra a "Terra da Picareta e do Cesto", Enlil criou uma maravilhosa arma chamada AL.A.NI ("machado que produz poder"). Esta arma tinha um "dente" que, "como um boi de um chifre", podia atacar e destruir grandes muros. Por todas as descrições feitas, tratava-se de um tipo qualquer de enorme e poderosa perfuradora montada num veículo do tipo motoniveladora, que esmagava tudo quanto estivesse à frente:
O Senhor convocou o AL.A.NI, deu suas ordens.
Ele colocou o separador de terra como uma coroa sobre sua cabeça,
E guiou-a até ao Local-Onde-a-Carne-Germinava-Rápido.
No buraco estava a cabeça de um homem;
Do solo, povos rompiam na direção de Enlil.
Ele mirou os cabeças pretas de modo resoluto.
Levantaram suas mãos em cumprimentos,
Mitigando o coração de Enlil com orações.
Eles pediam-lhe os de cabeças pretas.
Ao povo dos cabeças pretas,
Eles deram a picareta para segurar.
O livro do Gênesis, de igual modo, informa que "o Adão" fora criado em algum lugar a oeste da Mesopotâmia e depois trazido para leste, para a Mesopotâmia, para trabalhar no Jardim do Éden:
Tradução de ANA PAULA CUNHA
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