Os registros continuam aumentado nos mais diversos lugares, e Portugal é um dos que contribuem com os incríveis casos no seu céu. Mas desta vez: não se encaixa no que pode ser descrito como OVNI, mas sim, do fenômeno conhecido por
TGFs.
Dados sobre o evento:
- Localização - Évora “Alentejo”
- Data, hora - 22/04/2014 - 22:30h
- Testemunha - Sr. Luís Miguel + 5
De acordo com o relato da testemunha...
- Vi qualquer coisa e não sei o que pode ter sido. Ontem dia 22 de Abril de 2014 por volta das 22:30 da noite, fui escovar os dentes para depois ir dormir. A janela do meu WC estava aberta e o que vi acabou de alguma forma por me despertar atenção. Pela janela reparei numa luz a cima das nuvens que me deu a estranha sensação de projectar luz para o solo.
Era uma luz muito forte com uma tonalidade rosa, branca e azul. Pensei ser um helicóptero mas estranhamente, não ouvi qualquer ruído lá fora. “Era uma luz fixa”, completamente imóvel. Instintivamente peguei no meu telemóvel (celular) e consegui realizar as três fotografias que vos envio em anexo.
Enquanto peguei no telemóvel (celular) chamei a minha esposa que também presenciou o mesmo. Segundos depois de ter feito as fotos, estava a preparar o meu telemóvel (celular) para o modo vídeo e o objecto nesse mesmo momento fez um clarão parecendo seguir a grande velocidade na vertical desaparecendo do nada. Foi ai que ouvimos um som de um objeto a rasgando o céu, mas sem barulho de motor, como de avião ou helicóptero.
Parecia o som de um projétil. Foi nesse momento que ouvi vozes abaixo da minha casa, vozes de espanto ou susto, não sei precisar. Espreitei pela janela e abaixo vi quatro dos meus vizinhos que também estavam vendo o mesmo que eu e com os telefones apontados na misteriosa luz.
Não sei se pode ou não ser um OVNI, ou mesmo algum fenômeno natural. Se for natural desconheço e gostaria de encontrar uma resposta para o que vi. Penso que a duração não foi além de uns míseros segundos ou mesmo a um minuto. Quando vi a luz ela já estava lá.
Moro na Rua de Timor, o objeto foi focado ao Sul, segundo a minha localização. O equipamento de registo é um Samsung S3. Falei com os meus vizinhos mas infelizmente devido à posição em que se encontravam não conseguiram registar nada.
Nunca na minha vida vi uma coisa desta, sendo eu um pouco Cético nestes assuntos dos OVNIs. Mas depois de ver este fenômeno terei de dar o braço a torcer se não for um fenômeno natural explicável. Gostaria de fazer um apelo a quem tenha observado o mesmo que eu. “Se viram o mesmo digam o que viram e se tiverem fotos ou vídeos partilhem”.
Agradecia qualquer informação a respeito sobre este fenômeno nos céus de Portugal.
Após uma verificação, foi possível averiguar alguns voos sobre Évora na hora mencionada. Voos que não se manteram estáticos, mas sim em andamento. Um helicóptero tem a capacidade de produzir o respetivo efeito, mas será possível ouvir o ruído provocado pelo rotor “motor” do mesmo. O fenômeno natural existe, mas não será possível registar com uma câmera convencional.
“Um fenômeno majestoso que ocorre nas nuvens permanecia há vários anos envolto em uma aura de mistério. O esclarecimento da situação veio por meio do trabalho de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco.
Sobre as nuvens de tempestades já foram descobertos inúmeros fenômenos luminosos. Mas, em 1994, astrônomos da NASA (Agência Espacial Norte-Americana), por meio do Observatório Compton de Raios Gama, descobriram mais um fenômeno intrigante: os TGFs (do inglês, Flashes Terrestres de Raios Gama).
Os TGFs são pulsos muito breves (da ordem de milissegundos) de raios gama (a radiação mais energética do espectro eletromagnético), explicados, até então, como provenientes da colisão, contra moléculas de nitrogênio e oxigênio da atmosfera, de elétrons relativísticos (aqueles que viajam com velocidades próximas à da luz, ou seja, 300 mil km/s).
Esses choques geram uma avalanche de elétrons acelerados por campos elétricos remanescentes de intensos relâmpagos das nuvens de tempestade (ver ‘Eletricidade e poluição no ar: como as queimadas afetam as nuvens de tempestade e os relâmpagos’ em CH 252). A média diária desses eventos no planeta parece estar na casa dos 50, localizados entre 15 km e 20 km do solo.
Até aí, a ciência conhecia. Mas permanecia um mistério sondando esse fenômeno atmosférico. Qual a origem desse mecanismo de avalanche de elétrons? E como essas partículas atingiam velocidades iniciais tão altas, a ponto de desencadear a formação de raios gama no choque com as moléculas de ar?
A resposta veio das pesquisas de Gerson Paiva, Antonio Pavão e Cristiano Cordeiro, do Departamento de Química Fundamental da UFPE. O trio propôs que esses elétrons relativísticos têm origem na ‘decomposição’ (decaimento) de Múons contidos nos raios cósmicos, essa ‘chuva’ de partículas provenientes do Sol e de regiões remotas do universo, que constantemente bombardeia a atmosfera terrestre.
Os Múons (primos dos elétrons, com a mesma carga, porém mais pesados) seriam freados pelo campo elétrico remanescente dos relâmpagos de nuvens de tempestade, decaindo naturalmente em elétrons acelerados e seus respectivos neutrinos (partículas sem carga), que seguem em todas as direções. Os elétrons que se deslocam para cima formam os TGFs.
O estudo dos brasileiros, publicado em Fevereiro no Journal of Geophysical Research, mostrou o mecanismo por completo dos TGFs, esclarecendo-o para a comunidade internacional.
Porém, há outros enigmas que rondam o fenômeno recém-descoberto. Para tentar entendê-los, está previsto, para o ano que vem, o lançamento do satélite Firefly, pela NASA”.
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