Este é um fenômeno entóptico (se caracteriza por uma estimulação visual dos nossos próprios olhos), sendo seguido pela sensação de ver manchas luminosas, causada pela estimulação mecânica, elétrica ou magnética da retina ou do cortex visual.
Um exemplo de fosfeno são os padrões luminosos que aparecem quando a pálpebra é esfregada com bastante pressão. A curta fixação de uma fonte luminosa forma um fosfeno multicolorido que persiste durante 3 minutos no campo visual, tanto com os olhos abertos como fechados - wikipedia.
Não há absolutamente nenhuma unidade nos testemunhos sobre os OVNIS porque provêm de fontes diferentes, contudo o estudo do Fosfenismo…
OVNIS
Os OVNIS (objetos voadores não identificados) são os fenómenos aéreos apercebidos por testemunhas ou registados sobre diferentes apoios e que não podem ser identificados. É impossível afirmar que todos os fenómenos têm uma mesma origem. Não há absolutamente nenhuma unidade nos testemunhos porque provêm de fontes diferentes.
Estas observações inexplicadas podem ter por fonte: • Erros de interpretação: identifica-se sem razão um objeto assim como uma nave extraterrestre. Em geral, estes objetos são:
- O planeta Vênus, meteoros, nuvens lenticulares, aviões, balões/sondas, lasers de discoteca, etc.
- Ilusões de ótica: sóis duplos ou parhélias, miragens de calor, etc.
- Alucinações: o sujeito apercebe patologicamente, uma imagem que não existe realmente.
- Fabulações: o sujeito mente de maneira voluntária.
- Falsas lembranças: o sujeito imagina que viu um objeto.
- Fenômenos naturais raros: red spritos, blue jets, relâmpago em bola, etc.
- Imagens mentais: o sujeito tem uma visão que interpreta como um objeto voador.
- Visitantes vindos de outro planeta.
As duas causas mais misteriosas necessitam explicações suplementares.
1) Visitantes vindos de outro planeta
Embora romanesca e atrativa, esta teoria seja pouco plausível. Primeiro, a teoria da relatividade não permite considerar a viagem a velocidades superiores à da luz. Seria necessário por conseguinte séculos para viajar através cosmos. Seguidamente, é surpreendente que não se encontrou o mínimo vestígio material (objeto ou produto manufaturado) deixado pelos viajantes interstelares enquanto milhares de pessoas afirmam terem sido sequestrados pelos extraterrestres, ou ter visto OVNIs aterrar.
A generalização dos telefones portáteis equipados com máquinas fotográficas deveria provocar um recrudescimento das observações dos OVNIs. Ora, não é o caso. Para concluir, certos cientistas como o professor Meesen tomou a iniciativa de estudar os dados dos radares militares e civis e de os comparar com as observações dos OVNIs, em especial durante as «grandes vagas de OVNIs» como a que aconteceu na Bélgica em 1990. Ele não descobriu nenhuma correlação entre as observações dos OVNIs e os ecos não identificados detetados pelos radares.
Nenhuma destas explicações enterra completamente a teoria das visitas extraterrestres, mas é necessário confessar que parece mais fantasista.
2) Visões ou imagens mentais
Diferentes alucinações ou outros fenómenos patológicos, as imagens mentais ou visões continuam a ser misteriosas ao ver da ciência atual. As descobertas em fisiologia cerebral do Doutor Francis Lefebure, médico e investigador francês, permitem compreender estes mecanismos de maneira científica. Graças ao estudo dos fosfénos, o Doutor Lefebute pôde destacar certos mecanismos cerebrais responsáveis da criação das imagens mentais (visões hipnagógicas que surgem ao adormecer, sonhos, visões místicas). Os fosfénos são todas as sensações luminosas subjetivas quer dizer as que não são causadas diretamente pela luz que estimula a retina.
Empreendeu um estudo completo do prodígio solar que aconteceu em Fátima (Portugal) no dia 13 de Outubro de 1917. Entre os testemunhos, podemos citar a perceção por numerosos testemunhos de uma bola de luz que atravessava o céu ou ainda a perceção de pequenas bolas de luz que caíam do céu como flocos de neve e desapareciam ao contacto do solo ou nas mãos das pessoas que procuravam apanha-las.
O Doutor Lefebure considera que estas perceções são ligadas aos ritmos dos fosfénos e explica em detalhe estes fenómenos no seu livro: Fosfenismo, nova explicação da origem das religiões.
« O maior milagre da Igreja romana foi o prodígio solar de Fátima que se desenrolou em frente de 70.000 pessoas. Durante dez minutos, a multidão viu o sol apresentar movimentos anormais. Primeiro, pôs-se a tremer, seguidamente escureceu. Seguidamente, começou a balançar-se no céu, a vira voltar sobre ele mesmo, os seus raios que giravam como os raios de uma roda, seguidamente pareceu de cair sobre a multidão aterrorizada e subiu ao céu. E isto várias vezes de seguida. Numerosas pessoas tiveram visões durante estes dez minutos. Chovia antes do acontecimento. Ora, após este prodígio, a lama do caminho e os vestuários ficaram milagrosamente secos. Um tenente da marinha fez uma fotografia sobre a qual se constatou a presença de objetos que não existiam fisicamente.
Um professor de Ciência, que estava na sua varanda, disse: “Vi, mas não o explico”. Um diretor de jornal antirreligioso ficou convencido e escreveu artigos entusiastas.
Ora, basta reunir todas as características dos fosfénos para encontrar o grande milagre de Fátima: a multidão crê ver movimentos no sol porque confunde com o seu próprio fosféno. O tremor do sol, é o ritmo do sexto de segundo. A sua ocultação, é o fosféno negativo que se apresenta desde o início, em vez do fim, devido à brutalidade do choque luminoso.
Os balanços do sol, correspondem ao ritmo de dois segundos do fosfeno que pode frequentemente desencadear-se sem balanço de cabeça, porque a Conjugação às vezes é suficiente para o provocar. Sob o efeito de outros exercícios de Conjugação acontece às vezes que o fosféno se ponha quer a girar, quer a dar a impressão que avança ou que recua.
Por outro lado estes movimentos diversos do fosfeno solar desencadeiam-se mais facilmente ainda se, em vez olhar o sol, olhar ligeiramente ao lado e se nos momentos que precedem, praticar balanços laterais da metade superior do corpo, fixando ao mesmo tempo o Sol.
A maior parte da multidão apercebeu estes ritmos intensamente, devido ao seu entusiasmo por ressonância telepática.»
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Fotografia de um fosfeno (luz difusa ou OVNI?) |
A Luz difusa, última fase do fosféno, apresenta propriedades notáveis. Pode ser fotografada e permite ver na obscuridade os objetos físicos que a atravessam. Tem uma importância capital na produção das visões. A Luz difusa aparece como uma nuvem branqueada com os contornos pouco definidos. Segundo os videntes, é esta nesta nuvem que aparecem nas visões ou «flashes» de vidência. É também o que contaram os pastorinhos de Fátima. A «Senhora» apareceu-lhes numa nuvem que se assemelhava com o fumo branco.
No livro A iniciação Pietro, o Doutor Lefebure faz uma aproximação entre os fenômenos Fosfeênicos e os OVNIs.
« Cada vez são mais numerosas as pessoas que acreditam que os factos extraordinários de Fátima devem ser atribuídos aos discos voadores. Encontram-se mesmo padres para pretender que a Santa-Virgem utilizou um disco voador para se manifestar.
É necessário em primeiro lugar observar que a presença discos voadores em Fátima, discos considerados como embarcações dos extraterrestres, não alteraria nada ao nosso ponto de vista: que seja a Santa-Virgem, disco voador ou uma força cerebral humana que foi o motor principal do prodígio solar e os factos adicionais, o ponto importante para nós é que a relação entre a fonte original do fenómeno e a consciência humana foi a substância Fosfênica gerada pela fixação do Sol.
Mas é necessário reconhecer que se classifica sob o vocábulo disco voador fenômenos muito díspares, entre os quais se encontram talvez vários fenómenos desconhecidos e de natureza diferente. Ora, obrigamo-nos reconhecer certas semelhanças entre descrições de discos voadores e o que conhecemos da substância Fosfênica.
Por exemplo:
“Este objeto, que podia ter 25 a 30 metros de diâmetro, balançava-se nos ares e oscilando ao mesmo tempo vinha direito sobre nós, num silêncio absoluto.” Os Polícias correndo constataram que ‟a coisa que planava a uma centena de metros acima deles balançava-se”. Vários outros testemunhos que não se tinham concertado viram dirigir-se para eles, “girando e ondulando como uma folha caindo devagar de uma árvore”. Por último, o campo circundante coloriu-se de vermelho vivo e as paredes brancas das quintas agrícolas também.
Não se pode negar que esta descrição assemelha-se muito, embora mais pequena, à do sol de Fátima: movimentos giratórios e balanços, luz colorida no solo.
Podemos por conseguinte questionar-nos se certos fenômenos classificados como discos voadores não seriam realmente nuvens de substância Fosfenica.»
As explicações do Doutor Lefebure, aplicadas aos OVNIs, juntam-se às de certos autores como Bertrand Méheust que fala de maravilha tecnológica ou como C.G. Jung que fala de mito moderno. Com efeito, as visões de carros de fogo voadores ou anjos com asas brancas são tantos símbolos da viagem e a comunicação entre os planos. Do ponto de vista moderno substituem-se naves espaciais a este tipo de imagens e estas visões de discos voadores também não são metáforas da viagem entre planos espirituais, o céu e o plano material?
Exercício com a luz difusa:
Faça um fosféno fixando a lâmpada Fosfenica durante 30 segundos. Ponha a venda ocular. Observe as diferentes cores do fosféno até à sua extinção. Ao fim de cerca de um quarto de hora aparece a luz difusa como uma nuvem branqueada com os contornos mal definidos. Concentre a sua atenção sobre um detalhe da nuvem. Este vai ficar mais nítido, mais luminoso e vai expandir-se. Se continua a ficar concentrado sobre um detalhe na mesma região, será provavelmente surpreendido pelo aparecimento de uma imagem muito nítida e muito curta.
Esta nuvem, chamada luz difusa pelo Dr. Lefebure, apercebe-se muito bem com os olhos abertos e é facilmente transmissível por telepatia...
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