Esta imagem combina a vista a partir do telescópio Hubble e o Observatório Keck-II para mostrar uma galáxia de primeiro plano (uma espiral visualizada de lado) e um anel quase completo: borrado de uma fusão, além da formação de estrelas.
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Crédito: ESO / NASA / ESA / w. M. Keck
Observatory |
A figura luminosa que você viu acima, além de mostrar uma colisão entre duas galáxias distantes, representa a melhor imagem já obtida de um evento como esse.
E isso não é tudo: segundo o site
Universe Today, a “
trombada” cósmica ocorreu quando o universo tinha apenas metade da idade que tem hoje e, para gerar a foto, um time internacional de astrônomos utilizou imagens de vários telescópios do planeta - e até de fora dele!
Além disso, um dos fatores mais importantes na observação da colisão foi o alinhamento das galáxias que, por pura sorte, permitiu que o evento fosse observado de maneira mais detalhada.
Conforme explicou Hugo Messias, astrônomo da Universidad de Concepción, no Chile, e do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa, em Portugal, o raro alinhamento das galáxias com relação à Terra criou uma espécie de lente cósmica.
Telescópio cósmico
Esse efeito visual provocado pelo alinhamento das galáxias se chama lente gravitacional e se forma graças a uma distorção no espaço-tempo ocasionada pela força gravitacional de corpos massivos - como as galáxias, por exemplo - que desviam a luz de objetos que se situam atrás deles com relação aos observadores aqui na Terra. Uma das características desse efeito é a ampliação da luz emitida por astros muito distantes.
Contudo, para que os astrônomos possam tirar proveito da lente gravitacional, os dois objetos - a galáxia-lente e o astro que se encontra atrás dela - devem estar perfeitamente alinhados, e isso, como você deve imaginar, é extremamente raro e difícil de identificar. Segundo Messias, alguns experimentos provaram que é mais fácil se deparar com esses objetos se eles forem observados com infravermelho.
Galáxia lente
Pois a galáxia H1429-0028 - que se situa diante do evento - é um desses casos. Embora pareça com um objeto pouco brilhante no cosmos, quando observada em determinados comprimentos de onda do infravermelho, se torna um dos objetos mais brilhantes que já foram encontrados.
No caso da colisão observada, além de tirar proveito da galáxia que funciona como lente gravitacional, os astrônomos também se basearam em dados obtidos por telescópios como o ALMA, Observatório Keck, Karl Jansky Very Large Array e o Hubble, entre outros, que foram posteriormente combinados para que os cientistas pudessem descobrir mais detalhes sobre o que estavam observando.
Revelações
Assim, usando as informações combinadas, os astrônomos descobriram que a H1429-0028 - que se encontra em primeiro plano - tem forma de espiral, enquanto o objeto que foi observado ao fundo é, na verdade, uma colisão entre duas galáxias. Além disso, uma das “envolvidas” mostra indícios de rotação, o que levou os pesquisadores a deduzir que, antes de colidir, se tratava de uma galáxia na forma de espiral, ou seja, com formato semelhante à Via Láctea.
Segundo o Universe Today, esse sistema de galáxias se parece bastantecom as Galáxias Antena, localizadas mais próximo da Terra. Neste caso, trata-se de um sistema formado depois de uma colisão entre as galáxias NGC 4038 e NGC 4039, sendo que há algumas centenas de milhares de anos as duas se encontram em uma espécie de abraço rodopiante conforme vão se fundindo em uma só.
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