23/01/2013

Zecharia Sitchin - A Escada Para o Céu: CAP. 6 - Nos Dias Antes do Dilúvio

Entendendo as enigmáticas palavras gravadas em pedra dos dias antes do dilúvio. Assim afirmou, numa inscrição auto-laudatória, o rei assírio Assurbanipal. De fato, ao longo da diversificada literatura da antiga Mesopotâmia, encontrava-se aqui e ali referência a um dilúvio que varrera a Terra.
Quando os eruditos começaram a encontrá-las, ficaram em dúvida - seria o relato bíblico sobre o dilúvio não um mito ou alegoria, mas o registro de um evento verdadeiro e não recordado apenas pelos hebreus?
Além disso, mesmo essa única sentença na inscrição de Assurbanipal estava cheia de dinamite científica. Ela não somente confirmava que existira um dilúvio como também declarava que por ter sido ensinado pelo Deus dos Escribas, o rei era capaz de ler inscrições antediluvianas, "as enigmáticas palavras gravadas em pedra dos dias antes do dilúvio". Ora, isso só podia significar que mesmo antes do dilúvio já havia escribas e talhadores, idiomas e escrita - que existira uma civilização nos remotos antediluvianos!
Já fora bastante traumático os eruditos serem obrigados a reconhecer que as raízes de nossa moderna civilização ocidental não estavam na Grécia ou Judéia do primeiro milênio a.C., na Assíria e Babilônia do segundo milênio a.C. e nem mesmo no Egito do terceiro milênio a.C., mas na Suméria do quarto milênio a.C. Agora a credibilidade científica teria de voltar ainda mais para trás, para uma época que até os sumérios chamavam de "velhos dias" - para uma enigmática era "antes do dilúvio".

No entanto, todas essas revelações chocantes deveriam ser notícia velha para qualquer pessoa que tivesse se dado ao trabalho de ler as palavras do Velho Testamento dentro de seu verdadeiro significado: depois que a Terra e o cinturão de asteróides foram criados (O Rak'ia, ou Céu do Gênesis), a Terra tomou forma, criou-se "o Adão" e o homem foi colocado no Jardim que ficava no Éden. Todavia, por intermédio das maquinações de uma brilhante "serpente" que se atreveu a desafiar Deus, Adão e sua companheira, Eva, adquiriram um certo conhecimento que não deviam possuir. Diante disso, o Senhor, falando a seres cujos nomes não aparecem na Bíblia, preocupou-se com a possibilidade de o homem, "como já é um de nós", poder também se servir da Árvore da Vida e comer e viver para sempre. Assim:

Ele baniu o homem
E colocou diante do Jardim do Éden
Os Querubins e a chama da Espada Fulgurante
Para guardar o caminho da Árvore da Vida.

Dessa forma Adão foi expulso do maravilhoso pomar que o Senhor plantara no Éden, para daí em diante "comer as ervas do campo" e obter seu sustento "com o suor de seu rosto". E Adão "conheceu Eva, sua mulher; ela concebeu e deu à luz Caim... e também deu à luz Abel, irmão de Caim. Abel tornou-se pastor de ovelhas e Caim cultivava o solo".

Assim, a afirmação que a Bíblia faz sobre uma civilização antediluviana segue duas linhas, começando com a de Caim. Depois de assassinar Abel - existe uma insinuação de homossexualidade como a causa -, Caim foi banido para o leste, para a Terra de Nod, a "Terra das Migrações". Lá sua mulher deu à luz Henoc um nome que significa "fundação". A Bíblia explica que Caim "tornou-se um construtor de cidade" quando seu filho nasceu" e deu à cidade o nome de seu filho, Henoc". (A aplicação do mesmo nome para uma pessoa e a cidade associada a ele foi um costume que prevaleceu ao longo de toda a história da Antiguidade do Oriente Médio.)

A linha de Caim continuou com Irad, Mavíael, Matusalém e Lamec. O primeiro filho de Lamec foi Jubal - nome que no hebraico original (Yuvat) significa "o tocador de flauta". Como explica o Livro do 

Gênesis, ele foi "o pai de todos que tocam a lira e charamela".
Um segundo filho de Caim, Tubalcaim, "foi o pai de todos os laminadores em cobre e ferro". O que aconteceu com esse habilidoso povo do leste na terra de Nod não ficamos sabendo, pois o Velho Testamento, considerando maldita a linha de Caim, perde todo o interesse em dar a lista de sua genealogia e seu destino.
O Livro do Gênesis, em seu Capítulo 5, volta a Adão e ao seu terceiro filho, Set. Adão, somos informados, tinha 130 anos quando Set nasceu e viveu mais oitocentos anos, durando portanto, no total, 930 anos. Set, que foi pai de Enós aos 105 anos, viveu até os 912 anos. Enós teve Cainã aos 90 anos e morreu com 905. Cainã viveu 910 anos. Seu filho Malaleel tinha 895 anos quando morreu. E seu filho, Jared, faleceu aos 962 anos.

Sobre todos esses patriarcas antediluvianos, o Livro do Gênesis fornece um mínimo de informações: o nome de seus pais, a idade que tinham por ocasião do nascimento de seus herdeiros masculinos e ("depois de gerarem filhos e filhas") a idade com que morreram. No entanto, o patriarca que se segue a eles recebe um tratamento especial:

Quando Jared completou 162 anos, gerou Henoc...
Quando Henoc completou 65 anos, gerou Matusalém.
Henoc andou com Deus. Depois do nascimento de Matusalém,
Henoc viveu trezentos anos e gerou filhos e filhas.
Toda a duração da vida de Henoc foi de 365 anos.

E aí segue-se a explicação - uma explicação impressionante - do por que Henoc foi considerado digno de tanta atenção e detalhes biográficos: Henoc não morreu!

Henoc andou com Deus, depois desapareceu,
Pois Deus o arrebatou.

Matusalém foi o patriarca mais longevo; viveu 969 anos e gerou Lamec. Lamec, que viveu 777 anos, gerou Noé, o herói do dilúvio. Neste ponto do Gênesis existem informações mais detalhadas: Lamec deu esse nome ao seu filho porque a Humanidade estava passando por uma época de grande sofrimento e o solo era estéril e improdutivo. Ao chamar o filho de Noé ("Descanso"), Lamec expressou a esperança de que "este nos trará descanso de nossa luta e frustrações na terra que Deus amaldiçoou".

E assim, ao longo de dez gerações de patriarcas antediluvianos abençoados com o que os eruditos chamam de durações de vida "legendárias", a narrativa bíblica chega aos momentosos eventos do dilúvio.
O dilúvio é apresentado no Livro do Gênesis como uma oportunidade aproveitada por Iahweh para fazer "desaparecer da superfície da Terra os homens que criei". Os antigos autores acharam necessário fornecer uma explicação para uma decisão tão drástica. Segundo somos informados, ela teve a ver com as perversões carnais dos homens, especificamente com as relações sexuais entre "as filhas dos homens" e "os filhos de Deus".

A despeito dos esforços monoteístas dos compiladores e editores do Livro do Gênesis, lutando para proclamar a fé numa única deidade num mundo que na época acreditava em muitos deuses, restam numerosos deslizes em que a narrativa bíblica fala de deuses no plural. O próprio termo para "deidade" (quando o Senhor não é especificamente chamado de Iahweh) não é o singular El, mas o plural Elohim. Quando ocorre a idéia de criar Adão, a narrativa adota o plural: "Deus (Elohim) disse: Façamos o homem a nossa imagem, como nossa semelhança". E, depois do incidente com o fruto do conhecimento, Elohim de novo falou no plural, dirigindo-se a seres não identificados.
E agora transpira de quatro enigmáticos versos do Livro do Gênesis, Capítulo 6, que preparam a cena para o dilúvio, que não apenas existiam deidades (Elohim) no plural, como elas até tinham filhos (também no plural). Esses filhos aborreceram o Senhor ao fazer sexo com as filhas dos homens, aumentando seu pecado ao gerarem filhos ou semi-deuses a partir dessa cópula ilícita:

Quando os homens começaram a ser numerosos
Sobre a face da Terra e lhes nasceram filhas,
Os filhos de Deus viram
Que as filhas dos homens eram belas
E tomaram como mulheres
Todas as que mais lhes agradavam.

O Velho Testamento explica ainda:

Ora, naquele tempo (e também depois),
Quando os filhos de Deus se uniam às filhas dos homens e estas lhes davam filhos,
Os Nefilim habitavam sobre a Terra;
Estes eram os Poderosos da Eternidade, o Povo do Shem.

Nefilim - tradicionalmente traduzido "gigantes" - significa literalmente "Aqueles que Foram Lançados Sobre" a Terra. Eles eram os "filhos dos deuses" - o povo do Shem, ou seja, o povo dos foguetes espaciais.

Voltamos, então, à Suméria e aos DIN.GIR, "Os Justos dos Foguetes Espaciais".
Peguemos agora os registros sumérios no ponto onde paramos anteriormente - 450 mil anos atrás.
Foi há cerca de 450 mil anos, afirmam os textos sumérios, que astronautas de Marduk chegaram à Terra em busca de ouro. Precisavam dele não para a confecção de jóias, mas para alguma necessidade premente ligada à sobrevivência no 12º. planeta.

O primeiro grupo de desembarque era composto de cinqüenta astronautas; eles eram chamados Anunnaki - "Os do Céu que Estão na Terra". Esse grupo desceu no mar Arábico e daí foi para o alto do golfo Pérsico, lá estabelecendo sua primeira Estação Terrestre, E.RI.DU - "Lar no Longínquo Construído". O comandante era um brilhante cientista e engenheiro que adorava navegar pelos mares, e cujo hobby era pescar. Ele era chamado E.A. - "Aquele Cuja Casa É Água" - e desenhado como o protótipo de Aquário; mas, por ter liderado a aterrissagem, recebeu o título de EN.KI - "Senhor Terra”. Como todos os outros deuses sumérios, o aspecto que o distinguia era o toucado com chifres.

O plano original, ao que tudo indica, era extrair ouro da água do mar, mas ele provou ser insatisfatório. A única alternativa que restou foi obtê-lo da maneira mais difícil: extrair o minério do sudeste da África, transportá-lo em embarcações até a Mesopotâmia para ali derretê-lo e refiná-lo. Em seguida, os lingotes de ouro eram enviados para o espaço no ônibus espacial, que os deixava numa nave que orbitava a Terra. Ali eles ficavam esperando a chegada periódica de uma nave-mãe, que levava o precioso metal para o planeta dos astronautas.

Para tornar tudo isso possível, mais Anunnaki tiveram de vir à Terra e logo eles eram seiscentos. Outros trezentos cuidavam do ônibus espacial e da estação orbital. Um espaço-porto foi construído em Sippar ("Cidade dos Pássaros"), na Mesopotâmia, num local alinhado com o marco geográfico mais notável do Oriente Médio - os picos do monte Ararat. Outros povoados com várias funções - como o centro de fundição e refinação de Bad-Tibira, um centro médico chamado Suripak - foram instalados de modo a formar um Corredor de Aterrissagem em forma de flecha. No centro exato, NIBRU.KI - "O Lugar do Cruzamento na Terra" (Nippur em acadiano), estabeleceu-se o Centro de Controle da Missão.

O comandante-geral desse vasto empreendimento no planeta Terra era EN.LIL - "O Senhor do Comando". Na escrita pictográfica primitiva dos sumérios, o nome de Enlil e do seu Centro de Controle da Missão eram desenhados como um complexo de estruturas com antenas altas e grandes telas de radar.

Tanto Ea-Emki como Enlil eram filhos do governante do 12º. Planeta na época, AN (Anu em acadiano), cujo nome significava "Aquele dos Céus" e era escrito pictograficamente como uma estrela *. Apesar de ser o primogênito, Ea não era o herdeiro do trono, pois esse direito cabia a Enlil, por ter nascido de uma outra esposa de Anu que também era sua meia-irmã. Talvez devido ao aumento de abrangência do empreendimento, Enlil foi enviado à Terra e tirou o comando de Ea, o chamado Senhor Terra. A situação complicou-se ainda mais com a chegada do Primeiro Oficial Médico -NIN.HUR.SAG ("Senhora do Pico da Montanha") - meia-irmã tanto de Ea como de Enlil, o que estimulou os dois a procurar seus favores, pois um filho de um deles com Ninhursag herdaria o trono. O constante ressentimento de Ea contra o irmão, somado à crescente competição entre os dois, acabou derramando-se sobre seus descendentes e foi a causa subjacente dos muitos eventos que se seguiram.

Com a passagem dos milênios na Terra - embora para os Anunnaki cada 3.600 anos terrestres fossem apenas um de seu próprio ciclo de vida -, esses astronautas sem patente começaram a protestar. Caberia mesmo a eles, como homens ligados a missões espaciais, ficarem cavando minério em túneis quentes, escuros e poeirentos? Ea, talvez evitando atritos com o irmão, passava cada vez mais tempo no sudeste da África, longe da Mesopotâmia. Os Anunnaki que lutavam nas minas dirigiam suas queixas para ele e juntos eles conversavam sobre suas insatisfações mútuas.

Então, um dia, quando Enlil chegou à área de mineração numa viagem de inspeção, foi dado o sinal. Houve um motim. Os Anunnaki saíram das minas, atiraram suas ferramentas no fogo, dirigiram-se para a casa onde Enlil estava e cercaram-na, gritando: "Basta!

Enlil entrou em contato com Anu e ofereceu-se para desistir do comando e voltar ao seu planeta. Anu veio à terra. Montou-se uma corte marcial. Enlil exigiu que o instigador do motim fosse condenado à morte. Os Anunnaki, como um todo, recusaram-se a divulgar sua identidade. Ouvindo os depoimentos, Anu concluiu que, na verdade, o trabalho era duro demais. Mas como interromper a mineração do ouro?

Foi então que Ea ofereceu uma solução. Contou que, no sudeste da África, vagava um ser que poderia ser treinado para executar algumas das tarefas de mineração, desde que a "marca dos Anunnaki" pudesse ser colocada neles. Ea referia-se aos homens e mulheres que tinham evoluído na Terra, mas que ainda estavam num nível de evolução muito distante do atingido pelos habitantes do 12º. Planeta. Depois de muita deliberação, ele recebeu carta branca: "Crie um Lulu, 'um trabalhador primitivo'; que ele suporte o jugo dos Anunnaki".

Ninhursag, na qualidade de Primeiro Oficial Médico, iria ajudá-lo na empreitada. Houve muitas tentativas e erros até se encontrar o procedimento correto. Extraindo o óvulo de uma mulher-macaco, Ea e Ninhursag o fertilizaram com o esperma de um jovem astronauta. Em seguida implantaram esse ovo não no útero da mulher-macaco, mas no de uma astronauta. Finalmente foi conseguido o "Modelo Perfeito" e Ninhursag gritou de alegria: "Eu o criei! Minhas mãos o fizeram!" E levantou para todos verem o primeiro Homo sapiens - o primeiríssimo bebê de proveta da Terra!

Porém, como qualquer outro híbrido, o terráqueo não podia procriar. Para se obter mais trabalhadores primitivos, outros óvulos de mulheres-macacos foram extraídos, fertilizados e reimplantados em úteros de "deusas do nascimento" - catorze de cada vez, das quais sete gerariam homens e sete, mulheres. À medida que os terráqueos começaram a se encarregar do trabalho de mineração no sudeste da África, os Anunnaki que labutavam na Mesopotâmia passaram a invejar seus colegas e começaram a clamar pela ajuda de trabalhadores primitivos. Apesar das objeções de Ea, Enlil apoderou-se de alguns terráqueos e levou-os para E.DIN - "A Morada dos Justos" na Mesopotâmia. O evento está registrado na Bíblia:

"Iahweh Deus tomou o homem e o colocou no Jardim do Éden para cultivar e guardar".

Durante esse tempo todo, os astronautas que tinham vindo à Terra preocupavam-se com o problema da longevidade. Seus relógios biológicos estavam ajustados para seu próprio planeta. O tempo que ele levava para fazer uma órbita completa em torno do Sol era para seus habitantes um ano do ciclo de vida. Todavia, num único ano desses, a Terra orbitava o Sol 3.600 vezes, ou seja, 3.600 anos para a vida originária da Terra. Para manter seus ciclos vitais mais longos na Terra mais veloz, os astronautas consumiam um "Alimento da Vida" e uma "Água da Vida", que vinham do seu planeta natal. Nos laboratórios biológicos de Eridu, cujo emblema era o sinal das Serpentes Enlaçadas, Ea tentava desvendar os segredos da vida, reprodução e morte.

Por que os filhos nascidos de astronautas na Terra envelheciam tão mais rápido do que seus pais? Por que os homens-macacos tinham vida tão curta? Por que o híbrido Homo sapiens vivia bem mais do que o homem--macaco, mas tinha uma existência breve quando comparada com a dos visitantes à Terra? Seria devido a fatores ambientais ou a tendências genéticas?

Realizando novas experiências na manipulação genética de híbridos, e usando seu próprio esperma, Ea encontrou um outro "modelo perfeito" de terráqueo. Adapa, como o chamou, tinha uma inteligência maior e, acima de tudo, a capacidade de procriar, mas não possuía a longevidade dos astronautas:

Com amplo entendimento
Ele o aperfeiçoara...
Para ele dera o Conhecer;
A vida Eterna não lhe concedeu.

Assim Adão e Eva do Livro do Gênesis receberam a dádiva ou fruto não apenas do Conhecimento, mas também do Conhecer - o termo bíblico hebraico para a cópula com a intenção de gerar descendentes. Encontramos esse conto "bíblico" ilustrado num desenho sumério arcaico.

Enlil ficou indignado ao descobrir o que Ea fizera. Jamais se pretendera que o homem fosse capaz de procriar como os deuses. Ficou se perguntando o que viria em seguida. Ea daria ao homem uma vida eterna? No 12º. Planeta, Anu também ficou perturbado. "Levantando-se de seu trono, ordenou: Que tragam Adapa para cá”!

Temendo que seu humano aperfeiçoado fosse destruído na Morada Celestial, Ea instruiu-o para evitar o alimento e a água que lhe seriam oferecidos, pois conteriam veneno. Ele o aconselhou:

Adapa,
Tu estás indo diante de Anu, o Governante.
Tomarás a estrada para o céu.
Quando ao céu tu tiveres subido
E te aproximado do portão de Anu,
Nele encontrarás Tammuz e Gizzida esperando...
Eles falarão com Anu;
Farão com que o rosto benigno de Anu te seja mostrado.
Quando estiveres diante de Anu,
Quando te oferecerem o Pão da Morte,
Tu não o comerás.
Quando te oferecerem a Água da Morte,
Tu não a beberás...

"Então ele o fez tomar a estrada para o céu e para o céu Adapa subiu." Quando Anu viu Adapa, ficou impressionado com sua inteligência e o quanto aprendera de Ea sobre "o plano do Céu e da Terra". "O que faremos com ele?", perguntou aos seus conselheiros, já que Ea o "distinguira fazendo um Shem para ele" - permitindo que Adapa viajasse numa nave espacial da Terra para Marduk.

A decisão foi manter Adapa permanentemente em Marduk. Para ele poder sobreviver, "o Pão da Vida lhe foi trazido", bem como a Água da Vida. Porém, alertado por Ea, Adapa recusou-se a comer e a beber. Quando suas falsas razões foram descobertas, já era tarde demais; a oportunidade de obter a vida eterna havia passado.

Adapa foi devolvido à Terra - uma viagem durante a qual viu o "terrificante" espaço, "do horizonte do Céu ao zênite do Céu". Os deuses o ordenaram como Alto Sacerdote de Eridu e Anu lhe prometeu que dessa data em diante a Deusa da Cura trataria também dos males da humanidade. Porém, a meta máxima do mortal - a vida eterna - não seria mais alcançada.

Daí em diante, a raça humana proliferou. Os humanos não eram mais apenas escravos nas minas ou servos nos campos. Eles executavam todas as tarefas, construíam "casas" para os deuses - que chamamos "templos" - e logo aprenderam a cozinhar, dançar e tocar música para eles. Não demorou muito e os jovens Anunnaki, carentes de companhia feminina, começaram a fazer sexo com as filhas dos homens. Uma vez que todos provinham da mesma primeira semente da Vida e o homem era um híbrido criado com a "essência" genética dos Anunnaki, os astronautas e terráqueas descobriram que eram biologicamente compatíveis "e deles nasceram filhos".

Enlil observava esses eventos com crescente apreensão. O propósito original da chegada à Terra, o sentido da missão, de dedicação à tarefa não existiam mais. A principal preocupação dos Anunnaki parecia ser uma boa vida, e pior, na companhia de uma raça de híbridos!

Foi a própria natureza que ofereceu a Enlil a oportunidade de colocar um fim na deterioração dos costumes e ética dos Anunnaki. A Terra estava entrando numa nova Idade do Gelo e o clima agradável sofria mudanças. À medida que ele ia esfriando, também se tornava mais seco. As chuvas tornaram-se menos freqüentes, as águas dos rios mais escassas. As colheitas fracassaram, a fome se espalhou. A Humanidade começou a enfrentar grandes sofrimentos; filhos escondiam alimentos de seus pais, mães comiam suas crianças. A pedido de Enlil, os deuses evitaram ajudar a Humanidade: "Eles que morram de fome, eles que sejam dizimados", decretou Enlil.

No "Grande Abaixo" - na Antártida - a Idade do Gelo também estava causando mudanças. De ano para ano a calota de gelo que cobria o continente no pólo sul tornava-se mais espessa. Sob a crescente pressão de seu peso, houve um aumento do atrito e calor em sua face interior. Logo a imensa calota flutuava numa placa escorregadia de lama. Na estação orbital veio o alerta: a calota de gelo estava entrando em equilíbrio instável; se ela escorregasse do continente para o oceano a imensa onda causada pelo impacto cobriria toda a Terra!

O perigo era iminente. No céu, o 12º. Planeta estava voltado para seu ponto mais próximo da Terra, entre Júpiter e Marte. Como já acontecera em ocasiões anteriores, sua força gravitacional causaria terremotos e instabilidade nos movimentos da Terra. Calculava-se que essa força gravitacional desencadearia o desligamento da calota polar, inundando a Terra com um dilúvio global. Os próprios astronautas não ficariam imunes à catástrofe.

Enquanto iniciavam-se os preparativos para juntar todos os Anunnaki perto do espaço-porto e deixar prontas as naves que os levariam para o espaço antes de a onda chegar, foram empregadas artimanhas para manter em segredo para a Humanidade o desastre iminente. Temendo a invasão do espaço-porto por uma turba desesperada, todos os deuses foram obrigados a jurar que não revelariam o segredo. "Quanto aos homens", disse Enlil, "eles que pereçam; que a semente do terráqueo seja eliminada da face da Terra.

Em Suripak, a cidade governada por Ninhursag, as relações entre o homem e os deuses tinham atingido seu ponto máximo. Lá, pela primeira vez, um terráqueo atingira a posição de rei. Com o crescimento dos sofrimentos da raça humana, ZI.U.SUD.RA (como os sumérios o chamavam) suplicou o auxílio de Ea. De vez em quando, Ea e seus marinheiros traziam clandestinamente para o rei e seu povo uma carga de peixe. Porém, agora a questão envolvia o próprio destino da Humanidade. Todo o trabalho de Ea e Ninhursag pereceria "e viraria barro" - como Enlil desejava -, ou a semente da Humanidade deveria ser preservada?

Agindo por conta própria, mas atento ao seu voto de guardar segredo, Ea viu em Ziusudra a oportunidade de salvar a raça humana. Assim que o rei voltou para orar e suplicar no templo, Ea começou a sussurrar por trás de uma tela. Fingindo conversar consigo mesmo, deu instruções urgentes a Ziusudra:

Derruba a casa, constrói um barco!
Desiste de tuas posses, procura a vida!
Esquece o que tens, mantém tua alma viva!
Embarca a semente de todas as coisas vivas.
Esse barco construirás
Segundo as medidas.

A embarcação seria uma nave submergível, um "submarino" capaz de suportar a avalanche de água. Os textos sumérios contêm as dimensões e outras instruções estruturais para os vários conveses e compartimentos com tal riqueza de detalhes que é possível desenhar o barco, como o fez Paul Haupt. Ea também forneceu um navegador a Ziusudra, mandando-o dirigir a embarcação para o "Monte da Salvação", o monte Ararat. Sendo a cadeia de montanhas mais alta do Oriente Médio, seus picos seriam os primeiros a emergir da água.

O dilúvio veio como esperado. "Ganhando velocidade enquanto soprava" do sul, "submergindo montanhas, derrubando pessoas como numa batalha." Vendo a catástrofe de cima, enquanto orbitavam a Terra em sua nave, os Anunnaki e seus líderes perceberam o quanto tinham se enamorado da Terra e da Humanidade. "Ninhursag chorou... os deuses choraram com ela pela Terra... Os Anunnaki, tristonhos, sentavam e choravam" amontoados, gelados e famintos, em seu ônibus espacial.

Quando as águas abaixaram e os Anunnaki começaram a aterrissaram no Ararat, ficaram encantados ao descobrir que a semente da Humanidade estava salva. Porém, quando Enlil chegou, enfureceu-se ao ver que "uma alma viva escapara". Foram necessárias muitas súplicas dos Anunnaki e o poder de persuasão de Ea para fazê-lo entender seu ponto de vista - se a Terra ia ser repovoada, os serviços do homem seriam indispensáveis.

E foi assim que os filhos de Ziusudra e suas famílias foram enviados para povoar as cadeias de montanhas que flanqueavam a planície dos dois rios, esperando a hora quando essa área estivesse suficientemente seca para ser habitada. Quanto a Ziusudra, os Anunnaki:

A vida de um deus lhe deram;
Hálito eterno, como o de um deus, lhe concederam.

Isso foi conseguido através da troca do "Hálito da Terra" de Ziusudra pelo "Hálito do Céu". Então eles levaram Ziusudra, "o preservador da semente da Humanidade", e sua mulher, para "residirem no lugar longínquo".

Na Terra da Travessia,
Na Terra de Tihnun
No lugar onde Utu se eleva,
Eles o fizeram habitar.

Torna-se evidente, portanto, que as lendas sumérias sobre os deuses do Céu e da Terra, da criação do homem e do dilúvio foram a fonte da qual outras nações do antigo Oriente Médio extraíram seu conhecimento, crenças e "mitos". Já vimos como as crenças egípcias combinavam com as sumérias, como sua primeira cidade sagrada recebeu o nome em homenagem a An, como o Ben-Ben se assemelhava ao GIR sumério, e assim por diante.

Também é geralmente aceito nos dias de hoje que os relatos bíblicos sobre a Criação e os eventos que levaram ao dilúvio são versões hebraicas condensadas das tradições sumérias. O herói bíblico do dilúvio, Noé, era o equivalente do Ziusudra sumério (chamado de Utnapishtim nas versões acadianas). Todavia, enquanto os sumérios afirmavam que o herói do dilúvio fora tornado imortal, nada na Bíblia é dito a esse respeito sobre Noé. A imortalização de Henoc também recebe pouca atenção, ao contrário dos contos sumérios sobre Adapa e outros textos tratando da ascensão de escolhidos. Porém, essa abrupta atitude bíblica não foi capaz de impedir a disseminação, ao longo de milênios, de lendas sobre os heróis bíblicos e sua estada no paraíso ou seu retorno a ele.

Segundo lendas muitas antigas, que sobreviveram em várias versões originárias de uma composição com quase 2 mil anos de idade chamada O Livro de Adão e Eva, Adão adoeceu depois de completar 930 anos. Vendo o pai "enfermo e sofrendo dores", seu filho Set ofereceu-se para ir "até o portão do paraíso mais próximo... e lamentar e suplicar a Deus; talvez ele me ouvirá e enviará Seu anjo para me trazer a fruta pela qual tu tanto ansiaste" - o fruto da Árvore da Vida.

Mas Adão, aceitando sua sina de mortal, só desejava alívio para as dores lancinantes. Assim, pediu a Eva, sua mulher, para ir em companhia de Set até "as vizinhanças do paraíso", para lá pedirem não o Fruto da Vida, mas uma única gota do "óleo da vida", que escorria da árvore sagrada, "para ungir-me com ele, de modo que eu possa ter alívio destas dores".

Tendo feito como Adão pediu, Eva e Set chegaram aos portões do paraíso e rogaram ao Senhor. Finalmente, o anjo Miguel apareceu para eles anunciando que a súplica não seria atendida. "O tempo da vida de Adão terminou", disse o anjo; sua morte não devia ser evitada ou adiada. Seis dias depois, Adão morreu.

Até mesmo os historiadores de Alexandre criaram um vínculo direto entre suas aventuras e Adão, o primeiro homem que viveu no paraíso e era prova de sua existência e poderes de conceder vida. Esse vínculo era uma pedra, única de seu tipo, capaz de emitir luz. Dizia-se que ela fora tirada do Jardim do Éden por Adão e daí passada de geração em geração até chegar às mãos de um faraó imortal, que a dera ao rei da Macedônia.

Essa trama de paralelos torna-se mais densa à medida que vamos tomando consciência da existência de outras lendas, como o antigo conto judaico que afirmava que o cajado, com o qual Moisés realizou muitos milagres, inclusive a separação das águas do lago de Juncos, foi trazido por Adão do Jardim do Éden. Adão deu-o a Henoc que por sua vez passou-o para seu bisneto Noé, o herói do dilúvio. Em seguida ele foi repassando-o pela linha de Sem, de geração em geração, até chegar a Abraão (o primeiro patriarca hebreu pós-diluviano). O bisneto de Abraão, José, levou o cajado consigo quando foi ao Egito, onde alcançou a mais alta posição na corte do faraó. Lá o cajado permaneceu entre os tesouros do reino e foi assim que chegou às mãos de Moisés, pois este foi criado na corte e vivia como um príncipe egípcio antes de fugir para a península do Sinai. Numa versão dessa lenda, o cajado era feito de uma única pedra; em outra, de um galho da Árvore da Vida que crescia no Jardim do Éden.

Nesses relacionamentos entrelaçados, voltando aos mais primevos dos tempos, também existiam lendas ligando Moisés a Henoc. Um conto judaico, chamado "A Ascensão de Moisés", fala que quando o Senhor chamou Moisés no monte Sinai e encarregou-o de levar os israelitas para fora do Egito, este resistiu à missão por vários motivos, entre eles sua fala vagarosa e pouco eloqüente. De terminado a acabar com essa humildade, o Senhor decidiu mostrar a Moisés "os anjos", os mistérios do céu e o lugar onde ficava seu trono. Então "Deus ordenou a Metatron, o Anjo da Fisionomia, para conduzir Moisés até as regiões celestiais". Apavorado, Moisés perguntou a Metatron: "Quem és tu?" E o anjo (literalmente: "emissário") respondeu: "Sou Henoc, filho de Jared, seu ancestral". Acompanhado pelo angélico Henoc, Moisés viajou pelos sete céus, viu o inferno e o paraíso e em seguida foi devolvido ao monte Sinai, onde aceitou sua missão.

Um outro livro muito antigo lança mais luz sobre as ocorrências relacionadas com Henoc e sua preocupação com o iminente dilúvio e seu bisneto Noé. Chamado de "Livro dos Jubileus", ele também era conhecido na Antigüidade como o "Apocalipse de Moisés", pois teria sido escrito por este no monte Sinai enquanto um anjo lhe ditava as histórias do passado. (Os eruditos, contudo, acreditam que a obra foi composta no segundo século a.C.)

O relato segue de perto as narrativas bíblicas do Livro do Gênesis, mas fornece mais detalhes, como os nomes das mulheres e filhas dos patriarcas pré-diluvianos, e amplia os eventos experimentados pela Humanidade nessa época distante. A Bíblia nos informa que o pai de Henoc era Jared ("Descida"), mas não por que ele recebeu esse nome. O Livro dos Jubileus nos esclarece a respeito. Diz que os pais de Jared lhe deram esse nome:

Pois em seus dias os anjos do Senhor desceram à Terra –
Aqueles que são chamados de "Os Observadores" –
Para instruir os filhos dos homens
E implantar o julgamento e a retidão na Terra.

Dividindo as eras em "jubileus", o Livro dos Jubileus continua narrando que "no 11º. jubileu, Jared tomou para si uma esposa; Baraka ("Clarão do Raio") filha de Rasujal, uma filha do irmão de seu pai... e ela lhe deu um filho e chamou-o Henoc. Ele foi o primeiro entre os homens nascidos na Terra que aprendeu a escrita, o conhecimento e a sabedoria, e escrevia os sinais do céu de acordo com a ordem de seus meses num livro, para os homens poderem conhecer as estações do ano segundo a ordem de seus meses".

No 12º. jubileu, Henoc tomou por esposa Edni ("Meu Éden"), filha de Dan-el. Ela lhe deu um filho, Matusalém. Depois disso Henoc "esteve com os anjos de Deus por seis jubileus de anos e eles lhe mostraram o que existe nos céus e na Terra... e ele escreveu tudo".

Mas, àquela altura, a situação se complicava. O Gênesis conta que antes do dilúvio "os filhos dos deuses viram que as filhas dos homens eram belas e tomaram como mulheres todas as que mais lhes agradavam... Deus arrependeu-se de ter feito os homens... e Deus disse: farei os homens desaparecerem da face da Terra”.

Segundo o Livro dos Jubileus, Henoc desempenhou algum tipo de papel nessa mudança de atitude do Senhor, pois "testemunhou sobre os Observadores que tinham pecado com as filhas dos homens; ele testemunhou contra todos". E foi para protegê-lo da vingança dos Anjos do Senhor pecadores que "ele foi retirado de entre os filhos do homem e levado ao Jardim do Éden". Especificamente mencionado como um dos quatro lugares de Deus na Terra, o Jardim do Éden foi o lugar onde Henoc se escondeu e escreveu seu Testamento.

Noé, o homem íntegro escolhido para sobreviver ao dilúvio, nasceu depois desses acontecimentos. Seu nascimento, ocorrido em épocas conturbadas, quando os "filhos dos deuses" relacionavam-se sexualmente com as mortais, causou uma crise conjugal na família. Como o Livro de Henoc nos conta, Matusalém "escolheu uma mulher para seu filho, Lamec, e ela engravidou e deu à luz um filho". Porém, quando o bebê - Noé - nasceu, havia algo de incomum:

Seu corpo era branco como a neve e vermelho como o desabrochar de uma rosa; seus cabelos e longos cachos eram brancos como a neve; seus olhos eram belos.
Quando ele abriu os olhos, iluminou a casa toda como o sol e a casa ficou muito brilhante.
Quando a parteira o ergueu, ele abriu a boca e conversou com o Senhor da Justiça.

Chocado, Lamec correu para seu pai, Matusalém, e falou:

Gerei um filho estranho, diferente do homem e parecido com os filhos do Deus do Céu, sua natureza é diversa, ele não é semelhante a nós...
E parece que não se originou de mim, mas dos anjos.

Desconfiando de que sua mulher fora impregnada por um dos anjos, Lamec teve uma idéia: Já que seu avô, Henoc, estava morando entre os filhos dos deuses, por que não lhe pedir para ir ao fundo da questão? Então, dirigindo-se a Matusalém, rogou: "E agora, meu pai, peço-te e imploro que procures Henoc, teu pai, e dele fique sabendo a verdade, pois sua morada é entre os anjos".

Matusalém atendeu ao pedido de Lamec e, ao chegar à Morada Divina, chamou Henoc e contou-lhe sobre o nascimento daquele menino incomum. Depois de fazer algumas indagações, Henoc garantiu a Matusalém que Noé era realmente filho de Lamec e que seu aspecto incomum anunciava que algo estava por vir: "Haverá um grande dilúvio e uma enorme destruição durante um ano, e só esse filho, que deverá receber o nome de Noé ("Descanso"), e sua família serão salvos". Esses acontecimentos do futuro, explicou Henoc ao seu filho, Eu li nas tábulas celestiais.

 O termo empregado nessas escrituras antigas, mesmo que ex-bíblicas, para designar os "filhos dos deuses" envolvidos em bobagens antediluvianas, é Observadores. Trata-se do mesmo termo, Neter, que os egípcios usavam para os deuses e é o significado exato do nome Shumer, o local de sua aterrissagem.
Os vários livros antigos que lançam essa nova luz sobre os dramáticos eventos antediluvianos foram preservados em várias versões que são todas apenas traduções (diretas ou indiretas) de originais hebraicos há muito perdidos. No entanto, sua autenticidade foi confirmada pela famosa descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, acontecida há poucas décadas, pois entre eles havia fragmentos de pergaminhos que sem dúvida eram parte dos originais em hebraico dessas "memórias de patriarcas".

De particular interesse para nós é um fragmento que trata do nascimento de Noé, do qual podemos aprender o termo original hebraico que tem sido traduzido como "Observadores" ou "Gigantes", não apenas em versões antigas, mas até mesmo por eruditos modernos, como T. H. Gaster (The Dead Sea Scriptures) e H. Dupont-Sommer (The Essene Writings from Qumran). Segundo esses estudiosos, a coluna II desse fragmento começa assim:

Veja, pensei em meu coração que a concepção era de um dos Observadores, um dos Santos, e (que a criança realmente pertencia) aos Gigantes.
E meu coração mudou dentro de mim por causa da criança.
Então eu, Lamec, apressei-me e fui a Bath-Enosh (minha) mulher, e lhe disse:
[Quero que jures] pelo Altíssimo, pelo Senhor Supremo, o rei de todos os mundos, O governante dos Filhos do Céu, que tu me contarás com verdade se...

No entanto, quando examinamos o original em hebraico, vemos que ele não diz "Observadores", mas Nefilim - o exato termo usado no Livro do Gênesis, Capítulo 6.

Assim, textos e lendas antigas confirmam-se uns aos outros: A época antes do dilúvio foram os dias em que "Os Nefilim estavam sobre a Terra - os Poderosos, o Povo dos Foguetes".

Nas palavras das Listas de Reis Sumérios, o dilúvio "varreu" a Terra 120 shars (120 órbitas de 3.600 anos) depois da primeira aterrissagem dos astronautas, o que o coloca a cerca de 13 mil anos atrás. Foi exatamente a época quando a última Idade do Gelo terminou abruptamente, quando começou a agricultura; 3.600 anos depois veio a Nova Idade da Pedra (como a chamam os eruditos), a idade da cerâmica. Então, 3.600 anos depois, a civilização em seu todo desabrochou na "planície entre os rios", na Suméria.

"Todo o mundo se servia de uma mesma língua e das mesmas palavras", diz o Livro do Gênesis. Porém, logo que o povo se estabeleceu no país de Sennar (Suméria) e construiu casas de adobe, ele conspirou para "construir uma cidade e uma torre cujo ápice penetre nos céus".

Os textos sumérios dos quais foi extraído esse relato bíblico ainda não foram encontrados. No entanto, encontramos alusões ao evento em várias lendas sumérias. O que emerge é um aparente esforço por parte de Ea para conseguir o apoio da humanidade com o objetivo de assumir o controle das instalações espaciais dos Nefilim - mais um incidente do feudo entre os dois irmãos, que a essa altura propagara-se para seus descendentes. Como resultado desse evento, segundo nos conta a Bíblia, Deus decidiu dispersar a humanidade e "confundir" suas linguagens, ou seja, dar-lhe civilizações diferentes e separadas.
 
As deliberações dos deuses na era que se seguiu ao dilúvio são mencionadas em vários textos sumérios. A chamada Epopéia de Etana declara:

Os Grandes Anunnaki que decretam o destino ficaram trocando opiniões a respeito da Terra.
Eles que criaram as quatro regiões, que fundaram as povoações, que supervisionam a Terra, estavam altos demais para a Humanidade.

A decisão de estabelecer quatro regiões separadas na Terra foi combinada com a resolução de instalar intermediários (reis-sacerdotes) entre os deuses e a Humanidade. E assim "novamente a realeza foi descida à Terra, vinda do céu".

No esforço - que provou ser inútil - para pôr um fim ou diminuir as desavenças entre as famílias de Ea e Enlil, os deuses fizeram um sorteio entre elas para determinar quem ficaria com o domínio de cada região. Como resultado, a Ásia e a Europa foram entregues a Enlil e seus descendentes, e Ea recebeu a África.

A primeira região da civilização foi a Mesopotâmia e as terras adjacentes. A área montanhosa onde começou a agricultura e o povoamento, os países que vieram a ser conhecidos como Elam, Pérsia e Assíria, foram concedidos ao filho de Enlil, NIN.UR.TA, seu herdeiro e "Principal Guerreiro". Alguns textos sumérios contam os heróicos esforços desse deus para represar os desfiladeiros e garantir a sobrevivência de seus súditos humanos nos duros tempos que se seguiram ao dilúvio.

Quando as camadas de lama que cobriam a planície entre os dois rios secou o suficiente para permitir o repovoamento, a Suméria e as terras que daí se estendiam para o oeste, até o Mediterrâneo, foram entregues a um outro filho de Enlil, NAN.NAR (Sin em acadiano). Um deus benevolente, ele supervisionou a reconstrução da Suméria, reedificando as cidades antediluvianas em seus locais originais e fundando outras. Entre estas últimas estava sua favorita, Ur, a cidade onde nasceu Abraão. Nannar era sempre desenhado acompanhado pelo símbolo da lua crescente, a sua "contraparte" celestial. Ao filho mais novo de Enlil, ISH.KUR (que os acadianos chamavam de Adad), coube as terras a noroeste, a Ásia Menor e as ilhas do Mediterrâneo, de onde a civilização - "realeza" - acabou espalhando-se para a Grécia. Tal como veio acontecer com Zeus na Grécia, Adad era retratado montando um touro e segurando um feixe de raios.

O Deus do Céu e da Terra

1. Enlil 2. NinurtaI 3. Nannar/Sin 4. Ishkur/Adad  5. Nergal   6. Gibil
7. Marduk
Inana/Ishtar como Grande Dama (8),   Feiticeira (9),   Guerreira (10),   Piloto (11)


Ea também dividiu a segunda região, a África, entre seus filhos. Sabe-se que um deles, chamado NER.GAL, reinou sobre as áreas mais meridionais do continente. Um outro filho, GI.BIL, aprendeu com o pai as artes da mineração e metalurgia, e assumiu o controle das minas africanas. Um terceiro filho, o favorito de Ea, recebeu dele o nome de MAR-DUK, em homenagem ao seu planeta natal, e aprendeu com o pai todo o conhecimento das ciências e astronomia. (A cerca de 2.000 a.C., Marduk usurpou a soberania da Terra e foi declarado Deus Supremo da Babilônia e "dos Quatro Cantos da Terra".) E, como já vimos, um quarto filho de Ea, cujo nome egípcio era Ra, presidiu a implantação do núcleo básico dessa região, a civilização do vale do Nilo.

A terceira região, como foi descoberto há apenas cinqüenta anos, ficava no subcontinente da Índia. Lá também uma grande civilização cresceu na Antiguidade, cerca de mil anos depois da Suméria. Ela é chamada de civilização do vale do Indo e seu centro era uma cidade real desenterrada num local chamado Harapa. Seu povo prestava homenagem não a um deus, mas a uma deusa, retratando-a em estatuetas de gesso como uma mulher sedutora, enfeitada com colares e os seios salientados por faixas que cruzavam seu corpo.

Como a escrita da civilização do Indo permanece indecifrada, ninguém sabe por que nome os harapanos chamavam sua deusa ou quem ela era exatamente. Concluo, porém, que ela era a filha de Sin, a quem os sumérios chamavam de IR.NI.NI ("A Dama Forte e Perfumada") e os acadianos de Ishtar. Os textos sumérios falam do domínio dessa deusa sobre um país longínquo chamada Arata, uma terra com colheitas de grãos e celeiros, tal como Harapa para onde ela fazia viagens aéreas, vestida de piloto.
Foi a necessidade de um espaço-porto que resultou na separação de uma quarta região para uso exclusivo dos Grandes Anunnaki. Todas as instalações espaciais da época em que tinham chegado à Terra - o espaço-porto em Sippar, o Centro de Controle da Missão em Nippur - foram arrastadas pelo dilúvio. A planície da Mesopotâmia ficava numa área de baixa altitude e continuaria lamacenta por milênios, impedindo a reconstrução desses complexos vitais. Um outro lugar, mais elevado porém adequado, afastado porém acessível, tinha de ser encontrado para o espaço-porto e suas instalações auxiliares. Seria uma "zona sagrada" - uma área restrita, na qual só se entraria com permissão especial. Em sumério ela era chamada de TIL.MUN - literalmente, a "Terra dos Mísseis".

Quem ficou à testa desse espaço-porto pós-diluviano foi o filho de Sin, e assim neto de Enlil, um irmão gêmeo de Irnini/Ishtu. Seu nome era UTU ("O Brilhante") - Shamash em acadiano. Foi ele que liderou com sucesso a Operação Dilúvio - a evacuação de Sipar. Sendo o chefe dos homens do espaço baseados na Terra, os "Águias", ele orgulhosamente usava seu uniforme de águia nas ocasiões formais.

Nos dias antes do dilúvio, segundo diziam as tradições, alguns poucos mortais escolhidos tinham conseguido decolar do espaço-porto:
  • Adapa, que perdeu a oportunidade de se tornar imortal,
  • Enmeduranki, a quem os deuses Shamash e Adad transportaram à Morada Celestial para ser iniciado nos segredos sacerdotais (e depois devolvido à Terra),
  • E também Ziusudra ("Seus Dias de Vida Prolongados"), herói do dilúvio, que, junto com sua mulher, foi levado para viver em Tilmun.

Na época pós-diluviana, diziam os registros sumérios,

  • Etana, um dos primitivos governantes de Kish, foi levado de Shem para a Morada dos Deuses, onde lhe seria concedida a Planta do Rejuvenescimento e Nascimento (mas ele também ficou assustado demais para completar a viagem).
  • E o faraó Tutmés III afirmava em suas inscrições que o deus Ra o levara para o alto, mostrara-lhe os céus e depois o devolvera à terra:

  1. Ele me abriu as portas do Céu.
  2. Abriu para mim os portais de seu horizonte.
  3. Voei para o firmamento como um falcão divino...
  4. Para poder ver seus misteriosos modos no Céu...
  5. Saciei-me com a compreensão dos deuses.

Nas lembranças posteriores da Humanidade, o Shem foi venerado como um obelisco e o foguete espacial saudado por "Águias" deu lugar a uma sagrada "Árvore da Vida". Mas na Suméria, onde os deuses eram uma realidade presente - tal como no Egito, quando reinaram os primeiros faraós -, Tilmun, a "Terra dos Mísseis", era um lugar real, um lugar onde o homem podia encontrar a imortalidade.

E lá, na Suméria, eles registraram a história de um homem que, sem ser convidado pelos deuses, partiu para reverter seu destino, apesar de tudo.

Fonte: A Escada para o Céu (O Caminho Percorrido pelos Povos Antigos para Atingir a Imortalidade) e Bibliotecapleyades

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor: não perturbe, nem bagunce! Apenas desejamos que seja amigo com os demais! Seja paciente, humilde e respeitoso com os outros leitores. Se você for ofendido, comunique-se conosco. Obrigado!

COMPartilhe isso:

Precauções

Preocupações: essas são nossas regras para os leitores:

Não seja rude com os outros: apenas transmita palavras de amizade, agrados e compaixão. Não perca seu tempo criticando o blog, porque não faremos o mesmo com você, seja educado! Não usaremos de métodos ofensivos com a imagem de terceiros. Assim como você também; não criticando ou ofendendo as postagens (matérias), não serão permitidos (aceitos) aqui » Agreções, baixarias, gracinhas, palavrões, piadas, ofensas, infantilidades e xingações de qualquer modo - não toleraremos. Não use das suas crendices, ceticismos ou superstições para desinformar os outros leitores. Queremos que seja claro e objetivo com tudo que comentar no blog...

SE VOCÊ VISITOU NOSSO BLOG: não gostou? Com paciência 'agradecemos' a sua vinda até nós. Nós aceitamos a sua presença independente de comentar ou não; e acima de tudo das suas crenças (religiosas). Porque acima de tudo: nós somos humanos...

Não Queremos Moderar Seus Pensamentos: A responsabilidade de tudo que você comentar é extremamente sua e de mais ninguém neste local. Não iremos contra o modo que se expresse com seus pensamentos aqui. Obrigado de coração!

-----------------------------------------------------------------TANTETTAUS-----------------------------------------------------------------

SE VOCÊ AINDA NÃO ACESSOU A NOSSA PÁGina INICIAL: nao perca nossos artigos, não fique por fora do que é 'notícia de responsabilidade' não vista nos meios de comunicações legais. Pense bem! Visite para mais informações » Clique.

Não perca nossos diversos assuntos, tratando de temas que falam a respeito e (sobre) os Anunnaki, OVNIs, UFOs, Extraterrestres e Zecharia Sitchin entre outros. Não se engane fácil com as mentiras e; com os erros que foram impostos e bem direcionados nas histórias contadas erroneamente para nós!

Tenha uma mente aberta: apenas seja apto e rápido, obtenha bons conhecimentos; pesquisando, estudando e desvendando os enigmas do desconhecido, conhecimentos que são desconhecidos para nós. Porque durante 'Eras e Eras' foram negados e estão escondidos ao longo do tempo para o mundo. Mantenha-se... e continue com a mente livre. É discernindo (que aprenderá a dividir o certo do errado) para ficar por dentro de tudo que é interessante para todos (hoje, amanhã e sempre - para sempre).
-----------------------------------------------------------------TANTETTAUS-----------------------------------------------------------------
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...