*Se um homem furar o olho de um homem livre terá o seu olho também furado.
*Se furar o olho de um escravo pagará metade do seu valor.
*Se um médico tratou a ferida grave de um homem com faca de bronze e ele morrer, o médico terá suas mãos cortadas.
*Se um homem arrancar os dentes de outro homem livre, seus próprios dentes serão também arrancados.
*Se um arquiteto construir uma casa e ela cair matando o dono, o arquiteto poderá ser morto.
*Se o filho do dono da casa morrer, o filho do arquiteto também será morto.
*Se um homem roubar uma casa, será morto no local onde praticou o roubo.
Ficamos sabendo ao estudar essas leis, que as leis que regiam o Império Babilônico eram muito semelhante às que Moisés outorgou ao hebreu.
Hamurabi também empreendeu uma ampla reforma religiosa, transformando o deus MARDUC da Babilônia no principal deus da Mesopotâmia, mesmo mantendo as antigas divindades. A Marduc foi levantando um templo, junto ao qual foi erguido o zigurate da BABEL, citado pelo LIVRO GÊNESIS (Bíblia) como uma torre para se chegar aos céus.
que disciplinam A VIDA EM SOCIEDADE. Nesse sentido amplo nenhuma
sociedade funcionaria sem a adoção de um mínimo de regras de Direito. Por
isso os antigos romanos afirmavam: onde houver sociedade, ai estará o direito
-"Ubi societas, ibi jus"
Os hititas eram de origem indo-européia e haviam chegado à Ásia Ocidental no princípio do segundo milênio. Percorreram durante algum tempo extensas regiões, estabelecendo transitoriamente na Mesopotâmia; mas acabaram preferindo radicar-se no centro da meseta da Anatólia, no país que depois chamou Capadócia. Ali fundaram sua capital HATI, onde começaram a se estender em diversos sentidos; não tardou que se chocassem com os egípcios, iniciando-se uma série de lutas em que estes últimos levaram a melhor, devido a sua aliança com os mitanianos, os assírios, e os babilônicos.
Contudo no século XIV os hititas conseguiram algumas vantagens por causa da crise interna que debilitou o poderio egípcio; de modo que as forças chegaram a contrabalançar-se. Em tais circunstância eis que irrompeu um novo povo que lhes invadiu os territórios, ameaçando a ambos que, então resolveram se unir. Ao que parece os hititas alcançaram grande poderio militar já nos princípios do segundo milênio a.C.. Já haviam feito conquistas no norte da Síria antes de destruírem Babilônia por volta de 1600 a.C., e deixaram os destroços aos cassitas porque lhes era impossível manter o domínio a tão longa distância. Só porém depois do século XV Hati tornou-se uma grande nação imperial. Como seus predecessores, os hititas davam muita importância à religião. Seu governantes era um rei-sacerdote e o clero tinha grande influência. O deus principal era TESHUB o deus da tempestade, às vezes montado num touro. Outra divindade principal era a deusa-mãe a que se associava um jovem deus masculino. Seu emblema era o leão sobre o qual divindades representando regiões favorecidas e forças da natureza, e uma das poucas conhecidas da literatura hitita são as ORAÇÕES NO TEMPLO DA PESTE, dirigida por MURSILIS II ao deus-tempo.
O domínio hitita trouxe consigo duas invenções de importância fundamental para o progresso da humanidade: a utilização do ferro e o uso do cavalo. Esse animal era muito ágil para o transporte veloz de carros de guerra, construídos não mais com rodas cheias já conhecidas pelos sumérios, mas rodas com raios mais leves e de fácil manejo. Por diversos meios os hititas deixaram sua marca imprensa nos registros da história: pelos trabalhos pioneiros no uso do ferro; por seu grande império, que tão fortemente influenciou o curso da história no segundo milênio a.C., por sua adaptação e transmissão das realizações de outros povos asiáticos e por originais contribuições nas artes.
O rei hitita era chefe do exército, juiz supremo e sacerdote. As rainhas dispunham de certo poder. Apesar da decadência, o Império Hitita durou em torno de 1200 a.C., certos elementos do mundo hitita sobreviveram três séculos nos pequenos reinos situados no sudeste da Anatólia e no norte da Síria.
Os fenícios também eram de origem semita e estavam estabelecidos na costa do Mediterrâneo desde épocas remotas. Ficaram submetidos a diferentes senhores que dominaram aquelas regiões, mas sem prejuízos disso, realizaram intensa atividade comercial em suas cidades entre as quais foram de maior importância naquela época SIDON e BIBLOS.
Biblos foi a primeira cidade fenícia que alcançou certo esplendor. Esteve em estreita relação comercial com o Egito e caiu sob sua dependência aumentando-lhe então as possibilidades mercantis, porque muitos produtos egípcio se vendiam quase que exclusivamente por seu intermédio. Biblos, não pode manter sua hegemonia na fenícia; outra cidade Sidon principiou a desenvolver-se e obscureceu a sua rival.
Sidon foi uma das principais posições egípcia na época das guerras da Síria, porém o seu verdadeiro esplendor foi atingido quando começou a explorar o comércio marítimo, que antes era realizado pelos cretenses. Com efeito, após 1400 quando Creta caiu ante os ataques dos aqueus, os fenícios de Sidon aproveitaram as circunstâncias favoráveis para dominar as regiões do cobre e para açambarcar o intercâmbio comercial das ilhas do Mar Egeu e essencialmente a de Creta e das cidades das costas da Síria e da África.
No período de sua independência, os fenícios desenvolveram extenso e lucrativo comércio, especialmente por mar, através do Mediterrâneo, levando mercadorias e idéias das terras civilizadas do Oriente, para os povos atrasados da Europa e do Ocidente. Entre as suas mais velhas estações comerciais e coloniais havia GADES (CADIS) na costa atlântica da Espanha, ÚTICA no litoral mediterrâneo da África e próxima de Cartago, que se tornou sua maior colônia.
Felizmente, os fenícios tinham algo melhor do que sua religião para oferecer à civilização. Sua maior realização foi o alfabeto, que começaram a usar por volta de 1500 a .C., provavelmente como um aprimoramento dos símbolos egípcios. Entre os povos a que os fenícios ensinaram seu alfabeto estavam os gregos do Egeu, que o aperfeiçoaram acrescentando-lhe vogais - os próprios fenícios só usavam consoante.
*Embarcação com a qual os fenícios cruzavam o Mediterrâneo para transportar mercadorias. Eles dominavam todo o comércio na região.*
Juntamente com a nova escrita veio o uso do papiro e da tinta que lhes haviam ensinado os egípcios e que se mostrou um sistema muito menos incômodo do que a escrita em pedras ou tabuinha de barro.
Os fenícios eram hábeis na navegação, tinham adquiridos conhecimentos astronômicos dos babilônicos e usavam as estrelas, especialmente a estrela POLAR, para a orientação nas viagens a noite.
Riquezas e glórias foram conseguidas pelos fenícios através do comércio e pelos comércio a Fenícia aumentou o seu poder. Aos poucos o comércio marítimo foi-se transformando na principal atividade econômica dos fenícios.
A escrita fenícia teve como base social os comerciantes. Os fenícios negociavam com artigos baratos. Este comércio requeria uma série de pequenas transações que deviam ser registradas. Assim o alfabeto fenício foi inventado principalmente para facilitar o comércio.
Ficaram muito conhecidos na engenharia e na produção de jóias. Entre as obras de engenharia, destacam-se a famosa canalização de água para abastecer a população das cidades como, por exemplo, TIRO e a construção do templo de JERUSALÉM, na época de SALOMÃO; além disso, muitos dos principais artífices e técnicos especializados eram fenícios. Os produtos comercializados pelos fenícios iam desde os navios, tecidos, madeiras, azeite, jóias, vidro (transparente ou colorido), até os mais diversos artigos que conseguiam com outros povos como escravos. Ficaram famosos os tecidos tingidos na Fenícia com um molusco o múrice de cor viva, conhecido como "púrpura de TIRO", usado especialmente pelas altas camadas sociais dos grandes impérios da Antiguidade. O próprio nome fenício, da palavra grega phoinix, significa púrpura.
Os arameus semíticos, valeram-se da queda dos antigos impérios a fim de mudar-se do deserto para o norte da Síria. Embora facilmente dominassem ou expulsassem os nativos dos locais em que se estabeleceram, tiveram depois dificuldades com os hebreus, que eram vizinhos. Conquistados e incorporados ao Império Hebreu pelo rei Davi, mais tarde recuperaram a independência. No século VIII a.C., foram conquistados pelos assírios e daí por diante não recobraram a liberdade. A civilização aramaica contudo, não desapareceu, mas continuou sob dominação alheia.
A carreira cultural dos arameus nos séculos após a sua derrota foi parecida à dos fenícios, com exceção de que, em vez de se voltarem no rumo do oeste, pelo mar, desenvolveram um comércio terrestre para o Oriente. Adotaram o alfabeto fenício e transmitiram aos povos orientais: assírios, persas e indianos, assim como os vizinhos hebreus. Sua escrita simplificada e seu amplo e valiosos comércio tornaram-nos e a sua língua, conhecidos em toda a parte do Oriente Próximo.
A assíria ficava na Alta mesopotâmia na região leste. A parte ocidental do apís era altiplano ondulado, ao passo que a área a leste do rio Tigre, estendendo-se até as montanhas do Zagros era terra de colinas, matos e grandes rios. Ali haviam estabelecidos os semíticos assírios antes do meado do terceiro milênio a .C, e haviam avançado ainda mais longe, enquanto seu domínio se ia estendendo de Élan até as fronteiras do Egito.
O Império Assírio chegou ao ápice sob SARGÃO II (722-705 a.C.). Derrotou-o os israelitas e todos os outros inimigos, incluindo os egípcios, mas quando revoltas irromperam em ELÃ e BABILÔNIA os egípcios se valeram da oportunidade para recobrar sua independência.
A Assíria estava localizada em um lugar de fácil acesso e possuía muitos atrativos, por isso sofreu ataques de muitos invasores. Foi talvez o perigo constante de invasões que despertou no povo assírio um feroz espírito de guerra.
Os assírios organizaram um dos primeiros exércitos permanentes do mundo. Comandados por reis como Sargão II, Senequerib e Assurbanipal, os assírios fizeram grandes conquistas militares e construíram um dos maiores impérios da antiguidade.
*Cidade assíria de Madaktu; alto relevo do século VII a.C.*
Em suas campanhas, os assírios deliberadamente recorriam a uma política de aterrorização. Não só matavam ou escravizavam seus inimigos e devastavam-lhes as terras, como se vangloriavam com o maior sangue-frio de suas atrocidades. Cidades eram arrasadas ou destruídas por meio do fogo e inundações. As cabeças dos cadáveres eram cortadas e amontoadas em pirâmide, ou fincadas em seteiros. Vítimas eram esfoladas vivas, cegadas, empaladas ou sepultadas vivas. Outras eram mutiladas e deixadas ao sol para morrer lentamente. Faziam-se holocausto de jovens virgens e para culminar, os reis registravam seu prazer em face do sofrimento e do temor que causavam, cortavam orelhas, órgãos genitais e narizes daqueles que ousassem ameaçar seu domínio, buscando a total intimidação dos conquistados.
Era o elemento mais importante da vida econômica dos Assírios.
Nunca foram tão importantes para a economia assíria. Essas fontes de riqueza eram deixadas a escravos e estrangeiros, como os arameus, que obtinham muitos lucros comerciando. A mineração porém, era fonte de riqueza que interessava aos reis do mesmo modo que a guerra, que também na Assíria era quase negócio.
A integridade da família era muito respeitada pelos assírios. Por essa razão, os escravos raramente eram separados de seus parentes próximos. As mulheres todavia, ficavam sob absoluto controle de seus maridos, considerados proprietários legais das esposas.
Os Assírios adotaram os deuses sumérios, mas praticavam sacrifícios humanos, principalmente de crianças, pois acreditavam que o mundo era habitado por demônios e, com essa prática, podiam acalmá-los.
A vida futura era concebida como tediosa como também era por outros semitas. Grande grupo de sacerdotes existia para a realização dos ritos de adoração nos templos. Outros sacerdotes serviam como interpretes da vontade divina, oráculos do futuro e senhores de encantamento mágico que afastariam as forças maléficas.
No ano de 722 a.C, um chefe militar de gênio poderoso apoderou-se do trono assírio e adotou o nome de Sargão em memória do famoso patesi de Agadé. Na foto observamos o Palácio de Sargão II sobre as bases das ruínas que se descobriram perto da antiga Nínive, os arqueólogos reconstituíram o grande palácio. Chegava-se a ele por rampas e estava rodeado por uma muralha fortificada dentro da qual havia diversos recintos; ao fundo se vê o templo de sete andares - o zigurate babilônico - dedicado aos deuses e onde se observava os astros.
Asurnasirpal III................... aprox 884-860 a . C
Salmaneser III…................... morto em 825 a . C
Tiglath-Pilese III…...........…..........745-728 a . C
Salmaneser IV .............................728-722. a . C
Sargão II.......................................722-705 a . C
Senaqueribe...................................705-687 a . C
Esar-Haddon.................................681-668 a . C
Assurbanipal.........................aprox. 669-626 a .C
A arquitetura era imponente e ornamentada. Vastos palácios foram construídos de tijolos e madeira sobre alicerce de pedra e decorados com relevos, estátuas de metal, pintura nas paredes e trabalhos coloridos de esmalte. Intrincados arranjos de pátios, salas, escadarias, corredores e jardins, davam-lhes grandes qualidades de grandeza. As abobadas e portas arqueadas aparecem assim como colunas.
de 22 mil tabletes de argila contendo grande parte da literatura
mesopotâmica, e outros conhecimentos científicos. Nesta foto o Rei Assírio
Assurbanipal - 668-62 a.C.- lutando contra um leão.*
"Contra seus 20.000 guerreiros e 5 reis eu batalhei, e os venci. Fiz que o sangue deles se derramasse nos vales e nas planícies. Cortei-lhes as cabeças e empilhei-as como montes de trigo diante das suas cidades. E as suas cidades eu as incendiei, as demoli, as arrasei. (Inscrição narrando às vitórias de Teglatefalasar III rei cujos exércitos conquistaram a Babilônia e a Síria). Esse expansionismo assírio começou no século VIII a.C.”
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