Quem diria que isto poderia ser possível? E exposto em forma de artigo pela NASA, onde a agência reuniu e trouxe ao público um rico amontoado de acontecimentos relacionados aos OVNIs. Mas aos objetos que foram relatados no passado.
Leia:
Abaixo, é apresentado de forma reduzida um trabalho que (surpreendentemente) pode ser encontrado no site da NASA (em inglês). O trabalho fala a respeito dos avistamentos de OVNIs durante a antiguidade, e inclui alguns relatos muito interessantes.
Porém, possivelmente mais interessante do que os relatos em si (os quais comprovam a veracidade do fenômeno dos OVNIs desde a antiguidade) é o fato da NASA publicar esta literatura em um de seus sites, na página do Instituto Goddard para Estudos Espaciais.
No trabalho foram incluídos trechos de relatos romanos, onde o autor descreve como “altamente acreditáveis“, devido ao tempo e esforço que os romanos investiam questionando as testemunhas. Estes exemplos são retirados de registros governamentais romanos oficiais, que podem ser considerados similares aos boletins de ocorrências da polícia hoje, ou das investigações Congressionais.
Veja:
OBJETOS VOADORES NÃO IDENTIFICADOS NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA
Uma abordagem histórica e científica é aplicada aos relatos antigos do que hoje poderiam ser chamados de objetos voadores não identificados (OVNIs). Muitos dos fenômenos convencionalmente explicáveis podem ser deixados de lado, restando um pequeno resíduo dos relatos intrigantes. Estes encaixam de forma perfeita em algumas das categorias de relatos modernos de OVNIs, sugerindo que o fenômeno OVNI, seja lá o que ele for, não tem mudado muito durante dois milênios.
Os seguintes três relatos foram feitos sob a considerável pressão da Segunda Guerra Púnica, quando os prodígios eram provavelmente procurados de forma mais frequente e cuidadosa do que o normal. Os observadores são desconhecidos, mas seguramente muitos em número, o que pode explicar o pico de relatos de prodígios nessa época. Não há razões convincentes para inferir uma epidemia de alucinação em massa na parte central da Itália, embora Livy apontou uma medida de histerismo em massa, e até mesmo histeria contagiante entre a população, devido a aproximação da ameaça Cartaginesa.
Roma, inverno de 218 AC “um espetáculo de navios (navium) brilhou no céu (Liv. 21.62.4). Franklin Krauss, por falta de uma explicação alternativa, especulou que os “navios ” eram nuvens ou miragens, embora formações de nuvens sugestivas já eram reconhecidas e familiares por muito tempo.11
Em 217 AC “em Arpi, escudos redondos (parmas) foram vistos no céu” (Liv. 22.1.9; Orosius 4.1). Um parma era um escudo pequeno e arredondado, feito parcialmente ou completamente de ferro, bronze ou outro metal; não sabemos se o lustro destes escudos (e não somente seu formato) foi intencionado de ser um elemento da descrição. Sóis falsos são uma improvável explicação, já que nas listas de prodígios romanos estes eram descritos de forma rotineira como “sóis em dobro” ou “sóis em triplo” (e.e. dois sóis falsos em ambos os lados do Sol real”.
Em 212 AC “em Reate, uma enorme rocha (saxum) foi vista voando ao redor da região” (Liv. 25.7.8). As implicações seriam de que objeto em questão tinha uma cor de pedra acinzentada; o fato de que foi relatada como se movendo de forma irregular (voltaire) deixa aberta a possibilidade de que o objeto que Livy descreve era um pássaro ou algum tipo de entulho suspenso no ar.
Relatos esporádicos de objetos similares continuam a aparecer após este nas listas de prodígios romanos. As fontes imediatas são novamente Livy e seus extratores Pliny, Plutarch, Obsequens e Orosius.
Em 173 AC “em Lanuvium, um espetáculo de uma grande frota foi vista no céu” (Liv. 42.2.4).
Em 154 AC “em Compsa, armamentos (arma) apareceram voando no céu” (Obsequens 17). O termo se refere aos armamentos defensivos, especialmente escudos.
Em 104 AC “as pessoas de Ameria e Tuder observaram armamentos no céu, voando juntos do leste para o oeste, aqueles do oeste sendo afugentados”. Assim Pliny (Nat. 2.1.4.8) que usa o termo arma; a versão de Obsequens (43) é essencialmente a mesma. Plutarch (Mar. 17.4) chama os armamentos de “lanças de fogo e escudos retangulares”, mas podiam ser meramente brilhantes e em expansão; já que ele apontou o horário como sendo à noite, o fenômeno em questão poderia ser proveniente da aurora boreal.
Em 100 AC, provavelmente em Roma, “um escudo redondo (clipeus), queimando e emitindo faíscas, cruzou o céu do oeste para o leste, ao por do Sol”. Assim Pliny (Nat. 2.100), embora Obsequens (45) chamou o fenômeno de “um objeto circular, como um escudo redondo”. O clipeus era um escudo redondo, similar ao parma, contudo maior. Seneca (nat. 1.1.15; 7.20.2), citando Posidonius (Primeiro Século AC), referiu-se à uma classe de clipei flagrantes, dizendo que eles persistiram por mais tempo do que estrelas cadentes.12 Nada nos relatos antigos nega que estes fossem bólidos espetaculares, que cruzavam o céu mais vagarosamente do que as estrelas cadentes ordinárias, mas enormemente mais rápidos do que cometas genuínos, que são vistos por dias ou semanas.13
Em 43 AC, em Roma “Um espetáculo de armas ofensivas e defensivas (armorum telorumque species) foi visto se elevando da Terra para o céu, com um som confrontador”. 14 Pode ser que fosse a visualização neste relato de um bólido explodindo enquanto subia sobre o horizonte.
Historicamente, a “arma celeste” mais famosa apareceu na primavera de 65 AC, sobre a Judeia. O historiador Josephus reportou: “No dia 21 do mês Artemisium, apareceu um fenômeno miraculoso, ultrapassando a crença. Deveras, o que estou prestes a relatar seria, eu imagino, comparável à uma fábula, não fosse pelas narrativas de testemunhas e das calamidades subsequentes, que mereceram assim ser sinalizadas. Pois, antes do por do Sol, por todas as partes do país, charretes foram vistas no ar e batalhões armados cortando as nuvens e abrangendo as cidades”.15 Embora Josephus provavelmente viu o fenômeno por si mesmo e aparentemente o pesquisou, ele apela aos relatos de testemunhas para aumentar sua credibilidade. O fenômeno não parece ter sido uma aurora, padrões de nuvens ou meteoros, mas sim lembra uma “batalha aérea” de OVNIs modernos.
Richard Sthothers, escritor do artigo, ainda enumera muitos outros relatos da antiguidade em seu trabalho e finaliza com o seguinte pensamento:
…Se preferir pensar em termos de visões universais recorrentes do inconsciente coletivo, interpretações erradas de objetos ordinários, efeitos atmosféricos incomuns, fenômenos físicos desconhecidos ou visitações extraterrestres, aquilo que hoje chamaríamos de OVNI possuí um interesse intrínseco que tem transcende a passagem do tempo e o aumento do conhecimento humano.
n3m3
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