02/02/2013

O Patriarcado

Os Patriarcas eram ao mesmo tempo, Sacerdotes, Juízes e chefes Militares. O primeiro patriarca, ABRAÃO, foi substituído pelo seu filho ISAAC, e este por JACÓ, que teve seu nome mudado para ISRAEL que significava “forte com Deus”.

Essa é a razão de o povo hebreu ser conhecido como israelita ou povo de Israel.

Por volta de 1700 a.C., a PALESTINA enfrentou uma grande crise de fome, causada pela seca que assolou a região. Sob o comando de JACÓ uma parte das tribos hebraicas migrou para o Egito onde havia alimentos, estabelecendo-se numa região do delta do rio Nilo.

Permaneceram neste país cerca de quatrocentos anos. Alguns hebreus chegaram a ocupar altos cargos no governo. A presença dos hebreus no Egito coincidiu com a invasão dos hicsos.

*Nesta foto podemos observar o Muro das Lamentações, única parte que restou do Templo de Jerusalém, construído por Salomão. No mapa, Israel entre seus seculares inimigos.*

O relato bíblico nos informa que JOSÉ era filho predileto de JACÓ e, por isso seus irmãos o invejavam. Um dia, quando estavam no campo cuidando dos rebanhos, os irmãos de José planejaram matá-lo. Entretanto, graças a um deles, RUBEM, acabaram desistindo, mas venderam-no a uma caravana de mercadores que se dirigia ao Egito.
No país do Nilo, JOSÉ foi vendido como escravo, mas graças a sua inteligência, atingiu altos postos. Ganhou fama pelas interpretações que fazia dos sonhos.

Certa vez foi chamado para interpretar dois sonhos do faraó. No primeiro, o faraó havia visto, perto do Rio Nilo, sete vacas gordas e belas serem devoradas por sete vacas magras e feias. No segundo, vira sete espigas grossas serem comidas por sete espigas finas.

A interpretação que José deu foi a que haveria no Egito sete anos de fartura seguidos por sete anos de miséria e fome.

Então, sugeriu ao faraó que armazenassem os alimentos produzidos nos anos de fartura, para suprir as necessidades do povo nos sete anos de miséria. Satisfeito, o faraó escolheu JOSÉ para administra o palácio.

*Templo de Jerusalém. Foi possível reconstruir este templo, levantado por Salomão, graças à descrição do profeta Ezequiel*

Durante longo tempo, os hebreus gozavam de liberdade no Egito. Viviam unidos, preservando seus costumes e tradições. Contudo essa situação mudou após a expulsão dos hicsos. Os hebreus passaram a ser perseguidos, perderam seus bens e foram escravizados.

Por volta de 1250 a.C., sob o comando de MOISÉS, conseguiram sair do país, acontecimento conhecido como ÊXODO.

Ainda segundo a bíblia, após a saída do Egito, MOISÉS, recebeu de Deus, no alto do MONTE SINAÍ, as Tábuas da Lei. Eram os mandamentos que deveriam nortear o comportamento do povo em relação a DEUS e à comunidade. Os hebreus vagaram quarenta anos pelo deserto. Moisés morreu antes de chegar à PALESTINA e foi substituído por JOSUÉ.

A Bíblia nos informa que um Faraó teve medo de que o povo de Israel tornasse numeroso e dominasse o Egito. Por isso ordenou que todos os recém-nascidos judeus do sexo masculino fossem mortos. Para salvar seu filho, uma judia colocou-o num cesto e lançou-o no rio Nilo. O menino foi encontrado e criado por uma filha do faraó, foi chamado de Moisés que significa “salvo das águas”.

Durante a juventude Moisés viveu na corte do faraó. Descobrindo sua origem, revoltou-se contra a opressão ao seu povo e o conduziu de volta a Canaã.

O Juizado

Josué liderou a luta de seu povo pela reconquista da Palestina que estava ocupada por vários povos. Essa luta levou o fortalecimento dos chefes militares, que assumiram o comando político e religiosos e são conhecidos como juízes. Dentre eles destacaram-se: GEDEÃO, SANSÃO, SAMUEL, OTONIEL e DÉBORA. Esses juízes, além de combaterem os filisteus, tiveram que lutar contra os amonitas, povos que se estabeleceram na Transjordânia. Embora os juízes comandassem de forma enérgica quanto ao cumprimento dos costumes religiosos, não contavam com uma estrutura administrativa regular.

Então disse Samuel a todo o povo: "Vedes a quem o Senhor escolheu pois em todo o povo não há nenhum semelhante a ele. Então todo o povo rompeu em gritos exclamando: Viva o rei!” (I Samuel, 10,24.).

Após a reconquista da Palestina, o território foi dividido entre doze tribos de Israel. Com o objetivo de manter a unidade do povo e garantir a defesa do território, Samuel, o último juiz por volta de ano 1000 a.C., instituiu a monarquia.

*O gigante Golias é derrotado por Davi.*

A Monarquia

A monarquia durou um século. O rei centralizava todo o poder, sendo ao mesmo tempo chefe religioso, político e militar. O primeiro rei foi SAUL. Em seu governo, os filisteus atacaram e derrotaram os hebreus. Para não cair em mãos inimigas, o rei suicidou. Seu sucessor foi DAVI, que unificou as tribos e se estabeleceu em Jerusalém. Fez inúmeras campanhas expandindo o território da Palestina. Os SALMOS, poemas contidos na BÍBLIA são atribuídos a DAVI. Na tradição judaica, Davi era um jovem soldado que, inspirado por Deus, derrotou o gigante Golias o feroz guerreiro dos filisteus.

Em 966 a.C., foi sucedido por seu filho SALOMÃO, que herdou uma monarquia consolidada. Em seu governo houve grande desenvolvimento do comércio, do artesanato e das construções públicas. O governo de Salomão, filho de Davi, marcou o apogeu da monarquia. Salomão fortaleceu o poder, criou uma administração organizada e eficiente, promoveu a expansão do comércio com outros povos do Oriente e construiu palácios e templos.

Nessa época foi construído o TEMPLO DE JERUSALÉM, um santuário onde deveria ficar a ARCA DA ALIANÇA, uma urna com as TÁBUAS DA LEI. Para cobrir os gatos com a realização dessa obra, houve significativo aumento dos impostos, o que descontentou o povo, além disso, os camponeses eram recrutados à força para trabalhar nas obras públicas. Tais medidas geraram descontentamento e acarretaram revoltas sociais. Com a morte de Salomão em 935 a.C. instalou-se uma crise politica-sucessória que levou à divisão entre as tribos. Assim formaram-se dois estados: o REINO DE ISRAEL, constituído pelas tribos do norte lideradas por JEROBOÃ, com capital em SAMARIA; e o REINO DE JUDÁ governado por ROBOÃO filho de Salomão. Esse episódio ficou conhecido como o Cisma, os habitantes do Reino do Norte (Israel) passaram a ser chamados de israelitas, e os do Reino do Sul (Judá) tornaram-se conhecidos como judeus.

Foram instituídas várias festas religiosas como:

  • SABBAT: comemoração do sétimo dia da criação
  • PÁSCOA: comemoração do Êxodo
  • PENTECOSTE: comemoração do recebimento das Tábuas da Lei
  • TABERNÁCULOS: comemoração da permanência no deserto

A separação enfraqueceu o povo hebreu, que acabou sendo dominado pelos povos conquistadores do oriente Próximo. Em 722 a.C., o Reino de Israel, foi dominado pelos assírios, chefiados por SARGÃO II, em 586 a.C., o Reino de Judá caiu nas mãos dos caldeus comandados por NABUCODONOSOR. Muitos habitantes foram aprisionados e levados a BABILÔNIA (CATIVEIRO DA BABILÔNIA).

Em 539 a.C., quando o rei CIRO da PERSIA, dominou a MESOPOTÂMIA, libertou os hebreus e permitiu que voltassem a Palestina. Posteriormente, a Palestina foi conquistada por ALEXANDRE da MACEDÔNIA - 333 a.C.,- e pelos romanos - 63 a.C. Em 70 d.C. os romanos destruíram o TEMPLO DE JERUSALÉM, provocando a revolta dos hebreus. A cidade de Jerusalém foi arrasada pelos invasores.

Mais tarde, em 131 d.C., o Imperador Romano Adriano empreendeu violenta repressão aos hebreus, levando-os a dispersar pelo mundo; esse episódio é conhecido como DIÁSPORA.

Durante muitos anos os judeus viveram em diferentes países, mas conseguiram manter a sua unidade cultural. Isso se deve a principalmente à religião, que os une. Após a Segunda Guerra Mundial, muitos judeus conseguiram retornar à Palestina. Em 1948 foi criado e reconhecido o ESTADO DE ISRAEL. Porém com a criação de Israel provocou conflito com os palestinos, populações de origem árabe que havia séculos ocupavam a região - e esse problema perdura até os dias atuais.

*Esta é uma gravura do século
XVI da nossa era
representando as 10 tribos de
Israel e as 2 tribos de Judá.
*

Assim expressou o Deputado do Conselho Nacional Palestino Hassan El- Emleh:

Diz a lenda religiosa que Deus prometeu aos judeus um lar na Palestina. Mas nunca teria prometido expulsar os árabes Cananeus da palestina, nem tampouco falou com Moisés, nem com Abraão para matar os palestinos ou os árabes Cananeus. Por isso, eu não concordo com a história que diz que eles são donos da Palestina, pois ficaram pouco tempo nela, especialmente em Jerusalém, e nunca ocuparam toda região”.

Fonte: A Mesopotâmia e Seus Povos (João Lourenço da S. Netto)

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