Nick Pope |
A tentação inicial provavelmente seria a de perguntar ‘grandes questões’ - algumas vagas, outras específicas. As vagas sem dúvida incluiria “Qual é o sentido da vida?”, enquanto as específicas poderiam ser “Deus existe?” ou “A consciência sobrevive a morte?”.
Poderíamos escolher de perguntar algo a respeito dos próprios extraterrestres e sobre o cosmos de forma mais geral, em busca do conhecimento sobre o mundo deles e outras civilizações; perguntas como “O que há lá fora?”. Seria particularmente interessante se a pergunta pudesse nos ensinar algo útil e relevante sobre nossa própria situação, assim boas perguntas poderiam incluir “Que linhas existenciais vocês tiveram que encarar e como as superaram?” (ou algo mais auto-focado, “Qual é a maior ameaça atual para o planeta Terra?”), ou “Quais estruturas políticas são melhores para assegurar uma sociedade justa, tolerante, feliz e próspera?”.
Inevitavelmente, as questões iriam em direção à uma lista de desejos almejada à resolução dos problemas que enfrentamos: “Como se cura o câncer e outras doenças?”, “Como podemos melhor alimentar o mundo e eliminar a pobreza?”, “Como podemos combater o aquecimento global?” e “Existe uma forma segura de gerar energia limpa, segura e renovável, suficiente para as nossas necessidades?”.
Uma outra categoria de questões seriam relacionadas à ciência e à tecnologia; grandes questões que também teriam grandes implicações práticas. Exemplos incluem: “Poderia uma máquina se tornar auto-ciente?”, “Como é que a vida começou?” e “A viagem no tempo é possível?”.
Os físicos, sem dúvida, perguntariam sobre a ‘Teoria de Tudo’ - uma teoria unificada que combina a relatividade geral com mecânica quântica, a qual explicaria a verdadeira natureza do Universo. Esta deveria - teoricamente - responder uma gama de outras perguntas, tais como: “Como começou o Universo?”, “Há outros Universos?” e “Qual é o destino final do Universo?”.
Uma estratégia alternativa seria baseada na suposição de que os extraterrestres teriam nos estudado cuidadosamente e poderiam possuir o conhecimento sobre nossa história e a própria humanidade. Poderíamos perguntar “Qual é a característica mais importante dos seres humanos e da nossa sociedade, quando comparados com outras formas de vida inteligentes?”, “O que vocês consideram como nosso maior feito?”, ou “Como são os humanos considerados moralmente, comparados com outras civilizações?”. Poderíamos até chegar a nossos mistérios interessantes ou questões históricas, tais como: “O Bigfoot existe?”, “Quem foi Jack o Estripador?”, “O que foi que se acidentou em Roswell?”, “Houve uma conspiração para matar JFK?” ou “O que aconteceu com Jimmy Hoffa?”.
E finalmente, há aquelas pegadinhas, tais como “Qual seria a pergunta mais inteligente que poderíamos perguntar a vocês?”, ou “Que ação fácil não estamos fazendo, como uma sociedade, que poderia ser mais produtiva?”. Estas são questões que poderiam nos levar a lugares interessantes, mas que ainda não pensamos em ir.
Dentro disso tudo, devemos lembrar de três coisas.
Primeiro, o que eles nos falarem não seria necessariamente a verdade. Os humanos algumas vezes mentem e não podemos presumir que os extraterrestres não mintam. Considere as declarações de contactados, abduzidos e pessoas que tiveram experiências similares. Mesmo se uma pessoa aceitar estes fatos e presumir que não sejam mentira, há sequer um único fato verificável lá? Estas mensagens nos disseram qualquer coisa que já não sabíamos? As equações de Stan Romanek podem servir de exemplo - ser forem confirmadas - mas este tipo de material é raro na ovniologia. A maioria da ‘mensagens’ dos alienígenas são reflexos de clichês das preocupações culturais atuais. Nas décadas de cinquenta e sessenta, estávamos sendo alertados quanto aos perigos da guerra nuclear. Mais recentemente, os alertas dos extraterrestres têm focado nas mudanças climáticas e na ecologia. A dedução lógica, é claro, é que estas mensagens não tenham vindo dos alienígenas, mas de nós mesmos.
Segundo, é uma razoável presumir que as percepções irão variar, tanto entre indivíduos de uma civilização extraterrestre em particular, quanto entre diferentes civilizações alienígenas. Um habitante pobre de Zeta Reticuli 2, Planeta 4, sem dúvida irá te contar uma história diferente do que sua contraparte rica. Os povos de Tau Ceti podem detestar os povos de Epsilon Eridani. Outras tensões e preconceitos podem ser fatores, tais como aqueles que poderão surgir de diferenças entre as formas de vida biológica e pós-biológica (por exemplo, inteligência de máquina). Uma máquina pensante imortal poderá responder nossas questões de forma diferente de uma entidade biológica - e não devemos presumir que aqueles mais parecidos conosco nos darão as melhores respostas.
Terceiro, é que deveríamos lembrar que temos que desconfiar quando todas as respostas são dadas gratuitamente. Civilizações provavelmente são como indivíduos, pois serão mais espertos e mais maduros se tiverem solucionado seus próprios problemas, ao contrário de terem recebido tudo de bandeja.
Isto posto, uma coisa é declinar a cura do câncer e dizer que nós mesmos descobriremos, mas outra coisa totalmente diferente é se tal cura salvasse um ente amado com uma enfermidade crítica. Deixando de lado a filosofia moral, o ponto permanece, se for oferecido para a humanidade uma ‘enciclopédia galáctica’, devemos provavelmente pensar muito antes de aceitá-la. Talvez o velho ditado seja verdadeiro: “Não existe almoço de graça”.
Nota: Nick Pope é um ex-funcionário do Ministério da Defesa do Reino Unido. De 1991 a 1994 ele gerenciou o projeto de OVNI do governo britânico e recentemente esteve envolvido em um programa de cinco anos para a desclassificação e liberação de todos estes arquivos sobre OVNIs.
E você? O que perguntaria a um alienígena se tivesse a chance de fazê-lo? N3m3
Fonte: http://ovnihoje.com
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